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A bem da Nação

O “MOVIMENTO” TERRORISTA ISIS REMONTA À ÉPOCA DE MAOMÉ

 

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A Força islâmica nos Séculos VII e XXI: Violação, Violência, Roubo, Assassínio e Esperteza

 

Quem conhece a História e sabe que o exército de Maomé agiu há 1400 anos exactamente como o ISIS age hoje, pode compreender melhor que as raízes do Islão são completamente diferentes das de outras religiões.

 

O que o ISIS faz, não é outra coisa senão o regresso nostálgico aos tempos e às práticas de Maomé! Para um muçulmano, Maomé é o modelo de vida a imitar em todos os aspectos. O seu estilo de vida, a sua crueldade, as suas preferências e ódios são normativos para o comportamento dos fiéis. (Por exemplo, Maomé gostava de gatos e detestava cães, detestava música e o tocar dos sinos; esta atitude modelou as predilecções de muitos muçulmanos. O ISIS imita o comportamento do seu profeta, na luta contra os "infiéis" assassinando e decapitando os inimigos de sexo masculino e dando as mulheres dos vencidos aos seus soldados como escravas sexuais. (Existem no Corão 27 apelos a matar, dois deles à decapitação.)



Mamé, uma vez, até massacrou uma tribo judaica inteira, que se tinha rendido e apesar disso assassinou todos os homens e apoderou-se das mulheres. Também o ISIS obriga crentes de outras religiões a professar o credo islâmico ameaçando-os com homicídio ou assassinato de seus filhos no caso de o não fazerem. Muitos recitam a crença no Islão e são mesmo assim assassinados ou os seus filhos. Também nisto rompem com as regras tal como fazia Maomé!



A judia Safiyya, da tribo dos judeus que se tinham rendido às tropas de Maomé, foi tomada por ele como esposa, depois de ele ter assassinado o marido e o irmão dela no mesmo dia. É óbvio que neste “casamento” se trata de uma violação.



O muçulmano e perito em estudos islâmicos, Prof. Dr. Hamed Abdel-Samad escreve no seu livro "Maomé " que a razão do sucesso do Islão no século 7 vinha do facto de Maomé prometer, aos seus combatentes, as mulheres como despojos de guerra, ou seja, os maridos e os pais eram mortos e suas mulheres e crianças eram escravizadas. O Corão não impressionava quase ninguém, pelo contrário experimentava rejeição. Por isso, Maomé não tinha escrúpulo em empregar a violência e em incluir no seu exército bandos criminosos. Segundo relata o autor, não era o Corão a força que atraia os lutadores da época, mas outros incentivos: as mulheres, as propriedades dos vencidos e o poder.


Um Paraíso sem Deus mas com Sexo sem fim

 

Quem não tem sorte e morre em batalha adquire o estado de mártir, sendo recompensado com 72 virgens que têm, por sua vez, 70 escravas, cada uma; isto soma um total de 5040 mulheres para cada lutador. É um Paraíso concebido como "bordel celeste", como escreve Hamed Abdel-Samad e onde não há rasto de Deus. (O paraíso para as mulheres será: estarem à disposição dos homens sem as limitações da menstruação e da gravidez - as virgens, depois de terem tido as relações sexuais com os homens, ficam, de novo, virgens (1).

 

Astúcia da Política de Casamento para eternizar o Islão

 

Cientistas do Islão estão de acordo entre si afirmando que o Islão só sobreviveu após a morte de Maomé, também porque os apóstatas eram executados. E uma vez que a religião do Islão se herda automaticamente de pai para filho e os filhos não se podem desligar do Islão, está garantida a sua expansão; por outro lado está proibido às mulheres muçulmanas casarem com homens não muçulmanos. Um muçulmano pode casar-se com uma mulher não muçulmana mas um homem não muçulmano que queira casar uma muçulmana tem de se converter primeiro ao Islão. Esta estratégia ainda hoje em vigor concorre para o espalhar progressivo do Islão.



Se, no século 7 o Islão, a promessa feita de inúmeras mulheres aos combatentes, como despojos de guerra e a entrega efectiva dessas mulheres a eles, já tornou o Islão tão forte, mais ainda em relação a outros espólios de guerra e ao negócio monetário com a venda das restantes mulheres "capturadas" como escravas; por aqui se pode ver e compreender onde assenta o profundo desprezo pelas mulheres na sociedade árabe e arabizada e como com o seu menosprezo e o comércio com elas contribuiu para o recrutamento de grande número de homens combatentes que viam na sua pilhagem uma grande fonte de poder e riqueza.

 

A diferença entre a táctica de Maomé e o ISIS: O ISIS vende mulheres cristãs, Jesides, e prisioneiras xiitas com numeração através da Internet. Mohammed ainda não tinha estas vantagens técnicas. Estas mulheres sequestradas são violadas todos os dias dezenas de vezes e, em seguida, são consideradas "impuras" e "inúteis", razão pela qual elas podem ser vendidas. O ISIS, tal como o regime muçulmano do século VII financia-se também com a pilhagem de materiais de suas conquistas. Se observamos a grande parte da história muçulmana, esta passa-se em conquistas religiosas.


O facto de crentes de outras religiões poderem ser crucificados, está previsto no Corão: "O salário, daqueles que travam guerra contra Alá e contra o Seu Mensageiro (Maomé) e se esforçam por espalhar a corrupção no país, deve ser: que sejam mortos ou crucificados ou que as mãos e os pés lhes sejam cortados alternadamente (primeiro o braço depois a perna oposta seguindo-se o outro braço e a outra perna) ou que eles sejam expulsos do país” (Sura 5, 33-34).Também é ordenada a decapitação: " E quando encontrardes os incrédulos, então fora com a cabeça até terdes feito uma matança entre eles; em seguida, amarrai a quadrilha! (Sura 47: 4-5).


A base do surgimento expansivo do Islão e do ISIS é o assassinato, a escravidão e o roubo. Entre Maomé e o aparecimento do ISIS ficam 1.400 anos em que o Islão se afirmou e manteve com o fomento do medo conseguindo chegar hoje a quase 1,5 mil milhões de fiéis!


Sem uma análise crítica de Maomé, impede-se o desenvolvimento do Islão e consequentemente o progresso de uma grande parte da humanidade. Continuar a manter a mulher como um meio para atingir um fim significa degradá-la ao papel de vítima ao longo de toda a História, significa oprimir metade da humanidade, significa impedir o desenvolvimento da humanidade, significa impedir a interacção equilibrada e justa entre os seus dois princípios da feminilidade e da masculinidade. Neste sentido e não primeiramente devido aos muçulmanos, também a sociedade ocidental, embora proclame alto a igualdade de homem e mulher, concebe-a, porém, em termos de sociedade de matriz masculina. A sociedade muçulmana perpetua o patriarcalismo, e a sociedade ocidental aposta na masculinidade (Só que não está consciente disso, tal como acontece com a sociedade muçulmana não consciente do seu patriarcalismo exacerbado).

 

O caminho mais nobre para o indivíduo e para as instituições, embora espinhoso, é a procura da verdade. Tenho esperança que, com o tempo, se chegue a um estado de consciência em que o lobo e o cordeiro bebam da mesma água e se banhem juntos no mesmo ribeiro.

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 António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

 

(1). Os imãs e peritos islâmicos, para poderem acompanhar o tempo terão de recorrer à interpretação do Corão no contexto do tempo em que foi compilado e declarar muitas das passagens como alegorias. Naturalmente um tal empreendimento não será fácil dado o Corão ser considerado, no islão, a inlibração de Deus, o que fundamenta a posição dos extremistas. Os imãs muçulmanos que são cada vez mais na Europa, em contacto com uma sociedade aberta, não poderão continuar a pregar um islão próprio de sociedades homogéneas fechadas. Consequentemente o islão terá de permitir para a sua religião uma teologia de mãos dadas com a filosofia, tal como é tradição no mundo cristão.

 

Bibliografia:

Entre outra: O Corão traduzido para alemão (por Muhammad Rassoul).

Hamed Abdel Samad: “Mohamed”, 2015. - “Der islamische Faschismus: Eine Analyse”, 2014. - „Der Untergang der islamischen Welt: Eine Prognose“.

Mark A. Gabriel (antigo imã da mesquita Al Aksha e antigo professor da Universidade de Al Aksha em Cairo): “Islam and terrorism” e “Jesus and Muhammed”.

 

AS FASES HISTÓRICAS DO PROFETA MAOMÉ

 

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(...) a cronologia das suras, de acordo com o estudo de Theodor Nöldete, apresentado em 1864 e tornado clássico nos meios dos teólogos muçulmanos, [são] distribuídas em quatro períodos históricos de Maomé: os três primeiros no tempo de Maomé e de Meca, o primeiro entre os anos 610 e 615, o segundo entre os anos 615 e 619, o terceiro entre os anos 619 e 622 e o quarto, já em Medina, entre os anos 622 e 632. O autor aprecia as suras, misturadas compulsivamente pela redacção final, de acordo com a literatura intrínseca à língua árabe, número de versículos, dados históricos e revelação contínua confrontada com o mundo politeísta, judaico e cristão com quem Maomé se confrontou.

 

A página que descreve o último período, o de Medina, é deveras ilustrativa: «O quarto grupo de suras pertence ao período de Medina e resulta facilmente identificável. Os versículos são menos fluidos e a prosa mais discursiva. Quanto aos conteúdos, devemos ter em conta que Maomé já não é apenas Profeta mas exerce a “chefia do Estado”. Há uma mudança nos temas; aparecem novas leis para a organização da sociedade, formação de alianças entre tribos e redacção de contratos; normas sobre o matrimónio e as heranças, sobre a pureza ritual e a forma de praticar o culto; novas prescrições para o pagamento do imposto para atender às pessoas necessitadas dentro da comunidade, a prática do Ramadão, a peregrinação a Meca no caso de se dispor de meios para o fazer e a sexta-feira como o dia dedicado à oração comunitária. O aspecto jurídico tem uma importância especial e a normativa torna-se cada vez mais complexa e minuciosa. Apresento três exemplos: a redacção de contratos no caso de dívidas (2, 282), os impedimentos para se poder casar (4, 23) e a herança (4, 11).

 

As suras do período medinense caracterizam-se pela rigidez no tratamento dos muçulmanos que renunciam à fé. Uma vez que se abraçou o Islão, nunca mais se pode abandonar. Quem o fizer, é considerado definitivamente perdido (3, 85-91) e “incorrerá na ira de Deus e terá um castigo terrível” (16, 106): será atirado para a geena (4, 115). Deus não perdoa a quem morrer como infiel (47, 34). Contra eles penderá um castigo doloroso.

 

Há uma mudança de atitude para com os judeus e, em parte, também para [com] os cristãos. Agudizam-se as diferenças. O Alcorão acusa-os de terem modificado as Escrituras (2, 42. 75. 146. 159. 174; 3, 78, 4, 46). Isto explica as mudanças que se produzem em determinadas práticas religiosas, como seja a direcção da oração (2, 142 e ss.) e o mês do jejum (2,183). Depois da Hégira, os muçulmanos rezavam voltados para Jerusalém, como faziam os judeus de Medina de acordo com as normas veterotestamentárias (1Rs 8, 44; Dn 6, 11). Porém, um ano depois, devido às discussões com os judeus, os muçulmanos decidiram, como alkibla, rezarem voltados para a Kaaba (2, 142. 177). Determina-se com precisão a moral muçulmana e critica-se o apego excessivo aos bens terrenos.

 

Nem sempre resulta fácil identificar o período em que foi revelada cada sura. Nalguns casos há desacordo entre os especialistas. E também deveremos dizer que nem todos os versículos duma mesma sura pertencem necessariamente ao mesmo período.»

 

 

InDEUS EXISTE? – Uma viagem pelas religiões”,

P. Joaquim Carreira das Neves.png P. Carreira das Neves, Editorial Presença, 4ª edição, Setembro de 2013, pág. 312 e seg.

MAOMÉ PROFETA EM MECA E GUERREIRO EM MEDINA

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Uma Solução para o Futuro: Identificar os dois Rostos do Corão

 

Para tentar resolver o conflito inerente ao Corão (1) e às Hadith (1) e possibilitar a sua interpretação pacífica no Islão, peritos da religião muçulmana defendem que será indispensável conhecer e reconhecer os dois rostos de Maomé: o do seu período de profeta e o do seu período de guerreiro (chefe de estado), ambos incluídos no Corão. Só assim se poderá ordenar e compreender as revelações ocasionadas pelo arcanjo Gabriel que Maomé teve durante 23 anos e que se dividem nas suras de Meca e nas suras de Medina. Em Meca, Maomé acreditava poder convencer as tribos árabes que praticavam o politeísmo em torno da Caaba e poder reuni-las sob a religião do seu livro em elaboração para o povo Árabe, um livro à semelhança da Bíblia do povo judeu e do povo cristão. Os mequenses não aceitaram a sua mensagem, obrigando-o a abandonar Meca com os seus sequazes. Depois da Hégira para Medina, (Hégira = fuga de Maomé de Meca para Medina, que marca o início (622) do calendário islâmico). Em Medina, Maomé organizou-se como homem de Estado conseguindo subjugar Meca e alargar o islão. Serve-se das revelações de Medina para vincular no Corão a união de Estado e Religião. Esta estratégia revelou-se muito profícua para a época, contribuindo para a expansão do Islão em períodos posteriores.

 

Os Conteúdos das Suras do Corão nas Épocas de Meca e de Medina

 

O Corão é formado por Suras/versos que se dividem em revelações do tempo de Meca e em revelações do tempo de Medina. As suras de Meca eram curtas e dirigidas principalmente aos mequenses; as suras de Medina eram longas e dirigidas principalmente aos habitantes de Medina. Há critérios que os imames usam para distinguir umas das outras. As de Meca ocupam-se com a reverência, o temor de Deus, o castigo de Deus para os pecadores, as provas da existência de Deus, a vida depois da morte, as histórias de Maomé e eventos de gerações passadas e as suras de Medina tratam das normas da sharia, direito civil e de culto, de assuntos de governo/estado, da adesão ao Corão e da luta por Alá (jihad) e da lida com a guerra e seus despojos.

 

Segundo a análise da maioria dos estudiosos muçulmanos as suras de Medina são as seguintes: 2, 3, 4, 5, 8, 9, 24, 33, 47, 48, 49, 57, 58, 59, 60, 62, 63, 65, 66, 110. As restantes 82 suras são as revelações de Meca com excepção de 9:42 revelada em Tabuk e de 43:42, revelada em Jerusalém. Quanto às suras 1, 13, 55, 61, 64, 83, 97, 98, 99, 112, 113, 114 os peritos do Islão não estão certos se são suras das revelações de Meca ou de Medina.

 

O conteúdo entre as suras (revelações) de uma época e da outra são tão contraditórias que literatos chegam a afirmar que Deus mudou de opinião.

 

O antigo imame e professor de história islâmica da Universidade do Cairo Al-Azhar, no seu livro “Islam and Terrorism” adverte, sob o pseudónimo Mark A. Gabriel, que os imames recebem instruções para, na apresentação do Corão, darem mais relevo às suras de Maomé como guerreiro (as suras de Medina).

 

O Islão com a sua reivindicação de validade universal atrai intolerância fomentando a radicalidade dentro da comunidade islâmica em relação aos de fora do islão e, como reacção, a intolerância dos de fora em relação ao Islão. O perito em estudos islâmicos DR. Abdel-Hakim Ourghi apela aos muçulmanos para não esconderem os aspectos violentos de Maomé (Corão). Segundo refere ele, no Bonner General-Anzeiger, Maomé podia ser considerado profeta fundador de uma religião na sua fase de Meca, entre 610 e 622. "Após a sua emigração de Meca para Medina, temos a ver com um estadista que repetidamente tomou medidas violentas contra outras religiões, contra judeus e cristãos".

 

De facto, o Corão e a Sharia precisam de ser submetidos a uma análise histórico-crítica para possibilitar nele um rosto mais pacífico, a valorização do indivíduo e o reconhecimento do próximo (não muçulmano) como ser com igual dignidade. Uma cultura que subjugue o indivíduo e não reconheça a igualdade da dignidade de homem e mulher, está condenada a ficar presa em estruturas sociológicas do passado, tendo de empregar a violência ad intra et ad extra para poder subsistir. Tudo o que não serve o Homem e a Humanidade tornar-se-á supérfluo. O desenvolvimento e a excelência de uma sociedade pode ser comprovado através da maneira como tratam a mulher e o indivíduo.

 

O mundo islâmico, principalmente através de emigração de seus fiéis em massa para a Europa, experimenta um choque de culturas, que vai, pouco a pouco, provocando, no seu meio, a autorreflexão do Islão e o surgir de pessoas como o DR. Ourghi que conseguem elevar a discussão do Corão e da Sharia a um nível filosófico, antropológico e sociológico abertos. Muitos estudiosos do Islão na Europa procuram ultrapassar uma interpretação, até agora limitada à jurisprudência e à história, para possibilitarem a criação de uma ciência teológica no sentido de iniciarem uma teologia muçulmana baseada numa abordagem científica histórico-crítica possibilitadora do seu desenvolvimento no sentido de um Islão com um novo rosto adaptado à realidade circundante e ao tempo e que possibilite uma imagem de Deus/Alá não só ligado a uma cultura mas aberto à globalidade e à multiplicidade das culturas. Para o cientista islâmico DR. Ourghi, uma renovação só poderá ser conseguida "quando o Islão não se compreender como comunidade militante que luta pelo domínio sobre todo o mundo" como apregoam as revelações e os ditos de Maomé de Medina.

 

O permanecer na insistência e alegação de o Islão ser o possuidor e senhor da verdade universal, (e até legitimar com ela a violência contra outras crenças) além de fomentar a intolerância, dá perenidade à perseguição e à guerrilha islâmica impedindo um diálogo aberto e não fingido com outras religiões. De facto, a grande maioria dos peritos e representantes do Islão entrincheiram-se em citações de lindas e poéticas revelações do Corão, calando a verdadeira realidade de uma estratégia baseada no Maomé de Medina. A secundar esta ideia está a prática islâmica de que uma mentira em benefício do Islão é considerada uma verdade ao serviço de Alá.

 

O muçulmano Ourghi critica também a hipocrisia reinante em sociedades islâmicas, atestando de moral dupla estados que têm o Islão como religião de estado, dizendo: “O 'Islão cruel' e a Sharia são válidos apenas para a população pobre, os dominantes não se comportam segundo o Islão.

 

No terceiro „Phil.Cologne“ da cidade de Bona na Alemanha, Ourghi também se expressou criticamente, sobre os organismos de tutela muçulmana na Alemanha. Segundo testemunhou as organizações coordenadoras dos diferentes grupos islâmicos, tal como a União Turco-Islâmica, são controladas por órgãos governamentais dos países de origem.

 

De facto, tabém isto constitui um grande problema porque impede a capacidade de integração de muçulmanos noutros países que se sentem obrigados a terem de se afirmar em contraposição às culturas de acolhimento. A abundância de dinheiro concedida por países islâmicos e magnates para a construção de mesquitas e instituições fomentadoras do islão no estrangeiro torna os países de acolhimento cegos na concessão de direitos para tais planos. Catar e a Arábia Saudita investem centenas de milhões na implantação do islão mais radical na Europa.

 

A ambivalência de Maomé de ser profeta para os de dentro e guerrilheiro para os de fora, possibilitou-lhe a conquista e consequente construção de um grande império muçulmano, vendo-se este hoje obrigado a procurar as melhores suras do Corão para demonstrar o seu espírito pacífico. Esta estratégia torna-se ineficiente num tempo em que cada pessoa passa a ter acesso à formação, à informação e à cultura. A evolução dos povos e das armas de combate na disputa entre religiões e culturas já não é a mesma que no passado, o que pressupõe uma mudança de estratégia. A expansão do Islão no mundo ocidental revelar-se-á como precário dado combater o saber global e, de momento, contar apenas com o apoio de forças políticas e económicas europeias que se vêem obrigadas a engolir cobras e lagartos para poderem captar o capital árabe, mas, numa outra conjuntura, facilmente mudarão de estratégia. As resoluções da Cimeira G7, na sua decisão de até ao fim do século reduzir as energias fósseis determinarão o total enfraquecimento económico dos países produtores de petróleo e de carvão.

 

Em tempos de globalização, manter-se preso no tempo e na cultura árabe impossibilita o desenvolvimento e a adaptação ao Homem e ao tempo; a cultura árabe, para poder acompanhar a mudança de paradigma da sociedade ocidental terá de submeter a sua religião a um aferimento científico que a torne capaz de dar resposta ao desenvolvimento do cidadão e poder viabilizar o seu contributo indispensável para a sociedade ocidental que precisa urgentemente de correcções que a civilização árabe poderia ajudar a efectivar.

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António da Cunha Duarte Justo

Teólogo

OS SAIS DE LITIO

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Conheci intimamente um xeque venerável, grande sábio em ciências religiosas, mestre de prodigiosa memória que recitava sem esforço trechos da tradição e que consultava quotidianamente o Corão de que foi um exegeta avisado. Era um homem todo ele prudência, gradação e subtileza nas suas interpretações quando se encontrava num estádio médio, longe das aflições melancólicas da depressão e não encorajado pela excitação colérica do maníaco. Mas bastava que a regulação química se perturbasse e que à aproximação da sua fase maníaca os sais de lítio mal doseados não conseguissem aplainar as asperezas que conduzem o indivíduo à crise, para que nele o regime da referência corânica mudasse. O xeque já não evocava então os versículos delicados, tolerantes, cheios de compaixão pelo outro na fé; era incitado pela parte guerreira e redutível do Corão, começava a zurzir os vestígios de jâhiliyya e a idolatria que perturbam ainda a idade contemporânea. Se o tivéssemos deixado agir, teria destruído os vestígios arqueológicos, estátuas ou outros sinais de qualquer culto pagão das imagens. Na sua excitação, atingia o mesmo estado que levou os talibãs a destruir os budas de Bamiyan bem como as peças arqueológicas conservadas no museu de Cabul.

 

Este retrato deverá ser entendido como uma alegoria que revela a dupla face que a palavra corânica encerra e que confirma que a doença do Islão se referencia a partir da figura do maníaco.

 

Deste ponto de vista, o Corão é um livro análogo à Bíblia tal como a redescobre Voltaire no seu Tratado sobre a Tolerância.

 

Existe nas revelações monoteístas uma parte guerreira, fanática, violenta, redutível. É esta face que a doença favorece. E a doença assinalada por Voltaire entre os seus correligionários releva, também ela, do estado maníaco:

 

«A melhor forma de diminuir a quantidade de maníacos, para não ir mais longe, é a de entregar esta doença do espírito ao regime da razão, que ilumina lenta mas infalivelmente os homens.»

 

(...) O zelo fanático dos [almóadas] está provavelmente na origem da extinção do cristianismo autóctone no Magrebe[1] que era tão antigo e estava tão enraizado quanto o cristianismo copta do Egipto, ou árabe, sírio e caldeu do Próximo Oriente.

 

E é sempre o mesmo trecho corânico que é invocado por aqueles que instauram o fanatismo e a intolerância no coração do Islão deles[2].

 

 Abdelwahab Meddeb

 Abdelwahab Meddeb

 

In “A DOENÇA DO ISÃO” – ed. Relógio D’Água Editores, Março de 2005, pág. 186 e seg.

 

[1] -Lembremo-nos de que Santo Agostinho era tunisino.

[2] - Corão (2:191-193)

O MENDIGO DE TAMESLOHTE

 

 

As pessoas da elite espiritual são reconhecíveis até nos nossos dias. O viajante pode encontrá-las nas sociedades do Islão que conservam os traços da tradição, como em Marrocos. Aí, reconheci um deles, em Tameslohte, a meio caminho entre Marrakech e o Atlas, uma noite, sob os andrajos de um mendigo, nessa aldeola marcada pela santidade, sob a arcada do pórtico que precede a casbá dos chorfas. A atmosfera estava impregnada pelo odor acre do óleo que emana dos moinhos. Estávamos na época da apanha: a floresta de oliveiras que envolve o aglomerado oferecia uma rica colheita. Bela barba, aspecto robusto, o mendigo que vinha em minha direcção tinha como que escapado de A Morte da Virgem, pintado por Caravaggio; era tão humilde, tão robusto quanto uma das personagens que rodeiam os restos mortais da santa defunta, nesta obra que recentemente voltei a ver no Louvre.

 

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Chegando perto de mim, procurou os meus olhos na penumbra e, tão singelo quanto solene, executou dois gestos que resumiam a sua condição, o seu empenho, o seu itinerário. Com a mão esquerda, indicou-me a terra e o desprezo que ela lhe suscitava e ergueu a mão direita num gesto que oferecia o seu assentimento ao céu; um concentrado de energia empertigava o corpo dele que repentinamente se encontrava como que pronto para a ascensão.

 

Com este encadeamento de mímicas teatrais, parecia querer dizer: nada existe aqui em baixo, lá em cima está o Ser. Tal é a eloquência muda do mendigo aristocrático marcado pela ignorância, pertencente à elite da elite que ilumina o não-saber, irmão e émulo tanto do mestre de Bistâm como do homem de Tabriz, sobrevivente no nosso século das preservadas terras dos petrodólares e do wahhabismo.

 

Foi esta distinção entre elite e vulgo que se manifestou sob a pressão de uma democratização sem democracia, generalizando, pelo seu populismo, o ensino, sem considerar a qualidade e sem readaptar o princípio hierárquico para constituir uma elite republicana ou democrática. É então que se dá o triunfo do vulgo o qual, ao adquirir o domínio de uma técnica, passa da alfabetização à especialidade sem se adestrar à experiência do antigo, relativamente ao saber a que noutros tempos se designava por humanidades e que nos nossos dias se associa à inutilidade.

 

Nesta forma de inculcar o ensino de uma especialização num espírito amnésico ou virgem, descubro um sinal suplementar que confirma a americanização do mundo. Deste modo, o vulgo, ainda que mestre de uma especialidade técnica, não se transformou em figura aristocrática pela simples razão de que é o produto de uma instrução sem cultura. São os instruídos incultos que mais arruínam os homens.

 

Sem hesitar, prefiro os iletrados de elevada cultura, à semelhança do mendigo de Tameslohte.

 

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Abdelwahab Meddeb

 

BIBLIOGRAFIA:

A DOENÇA DO ISLÃO, Abdelwahab Meddeb, “Relógio d’Água Editores”, Março de 2005, pág. 148 e seg.

CUIDADO!!!

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Os radicais muçulmanos interpretam o Corão à letra

 

Quando os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os (…)

Corão, 9ª Surata, versículo 5

 

 

Eis algumas frases «simpáticas» de um dos teólogos muçulmanos mais radicais:

 

“É da natureza do Islão dominar, não ser dominado, impor a sua lei a todas as Nações e fazer alastrar o seu poder ao planeta inteiro”

 

“O punhal, o veneno e o revólver… Estas são as armas do Islão contra os seus inimigos”

 

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Sheick Hassan al-Banna (1906-1949)

 

 

CLARO COMO LAMA

 

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Você está confuso acerca do que se está a passar no Médio Oriente? Deixe-me explicar.

 

Nós apoiamos o governo Iraquiano na sua luta contra o Estado Islâmico (EI). Nós não gostamos do EI, mas o EI é apoiado pela Arábia Saudita, de quem nós gostamos.

 

Não gostamos do Presidente Assad da Síria. Nós apoiamos a luta contra ele, mas não o EI que também luta contra ele.

 

Não gostamos do Irão, mas o Irão apoia o governo Iraquiano contra o EI. Assim, alguns dos nossos amigos apoiam os nossos inimigos, alguns dos nossos inimigos são nossos amigos e alguns dos nossos inimigos lutam contra outros inimigos nossos, que nós queremos ver derrotados, embora nós não queiramos que os nossos inimigos que lutam contra os nossos inimigos vençam.

 

Se aqueles que nós queremos ver derrotados forem, de facto, derrotados, poderão ser substituídos por outros de quem ainda gostamos menos. E tudo isto começou quando invadimos um país para expulsar terroristas que, de facto, não estavam lá, até nós irmos lá para os expulsar. Percebe agora?

AUBREY BAILEY, Fleet, Hants.

 

Manuel Caldeira Coelho.jpg Tradução de

Manuel Caldeira Coelho

ISLÃO – PENSADORES

 

O mundo confronta-se hoje, e desde há mais de treze séculos com um perigo maior que o Ébola, a gripe espanhola no fim da I Guerra, a peste do século XV, os genocídios constantes – Arménios, Holodomor, Holocausto, Biafra, etc. – talvez só inferior à galopante concentração de riqueza na especulação financeira, que sufoca o crescimento.

 

No mundo há cerca de um bilhão e meio de muçulmanos. Não se sabe quantos são “pessoas normais”, pacíficas, certamente mais de 99,7%. Como é que permitem que um punhado de bandalhas, os restantes 0,3% lhes estrague as vidas? Com este terrorismo absurdo, não é só o ocidente que vive com o terror; são também aqueles que seguindo sem perturbar a lei de Maomé se vêm ameaçados e por todos os lados. Os “infiéis” desconfiam de todos e os terroristas não hesitam em matar também aqueles que não os seguirem, sejam eles quem forem.

 

Quando um chefe terrorista se lembra de “lançar uma jihad” pobres daqueles que não o seguirem.

 

É bom meditar sobre os escritos abaixo que vêm desde o século XIII.

 

Maomé seduziu os povos com promessas de volúpias carnais, com desejos de posse da concupiscência da carne. Deixando o freio à volúpia, ele ordenou os seus mandamentos de acordo com as suas promessas, aos quais os homens podem facilmente obedecer.

 

Na verdade ele só prometeu facilidades a atingir por qualquer espírito mediocremente aberto. Pelo contrário, misturou as verdades do seu ensinamento com fábulas e doutrinas falsas.

 

Não apresentou nenhuma prova sobrenatural, que são as únicas provas que provem a origem duma inspiração divina.

 

Uma prova sobrenatural (um milagre) é uma obra visível que não pode ser se não obra de Deus que prova que o homem que fala em nome de Deus é visivelmente inspirado por Deus.

 

Maomé pretendeu, muito pelo contrário que ele era enviado por Deus porque tinha armas. As provas pelas armas só valem aos tiranos e bandidos. Aliás, os que primeiro acreditaram em Maomé não foram nem os sábios ou estudiosos das ciências divinas ou humanas, mas homens selvagens dos desertos, completamente ignorantes de toda a ciência de Deus, à sombra de Seu grande nome, o ajudou, pela violência das armas a impor a sua lei a outros povos. Nenhuma profecia divina testemunha em seu favor; muito pelo contrário deforma os ensinamentos do Antigo e do Novo Testamento com histórias lendárias, como é evidente para quem estuda a sua lei.

 

Do mesmo modo, por um meio cheio de astúcias, ele proíbe aos seus discípulos de ler o Antigo e Novo Testamento que os poderiam convencer da falsidade da sua doutrina.

É evidente que aqueles adicionam a fé à sua palavra, o fazem de ânimo leve, irreflectida.

  (S. Tomás de Aquino – 1225/1274)

 

Islão! Esta religião monstruosa tem por base a ignorância, para persuasão a violência e tirania, para todo o milagre as armas, que estão ameaçando o mundo para restaurar pela força, em todo o universo, o Império de Satanás.

Islão-Bossuet.png (Jacques Bossuet /1627-1704. Bispo de Condom e escritor).

 

Todos os germes da destruição social estão na religião de Maomé.

Islão-Chateaubriand.png (François René de Chateaubriand / 1768-1848. Escritor).

 

A religião de Maomé, a mais simples nos seus dogmas... parece condenar à escravidão, a uma incurável estupidez, toda a vasta porção da Terra por onde estendeu o seu império.

Islão-Condorcet.png (Condorcet - Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat, marquês de Condorcet / 1743-1794).

 

O Corão, esse livro malvado, foi o suficiente para fundar uma grande religião, satisfazer durante 1200 anos as necessidades metafísicas de milhões de homens; ele deu um fundamento à sua moral, inspirando um singular desprezo pela morte e um entusiasmo capaz de enfrentar guerras sangrentas, e de usurpar as mais vastas conquistas. Nós encontramos aí a mais triste e mais pobre forma de teísmo... Eu não consigo descobrir nele uma só ideia mesmo pouco profunda.

Islão-Schopenhauer.png (Arthur Schopenhauer / 1788 -1860. Filósofo).

 

O Corão é a poligamia, o sequestro de mulheres, a ausência de toda a vida pública, um governo tirânico e desconfiado que obriga a esconder a vida e rejeita todos os afectos do coração do lado de dentro da família.

(...)

Eu estudei muito o Corão... Confesso que sai deste estudo com a convicção que tinha havido no mundo, em todos os tempos, poucas religiões tão funestas aos homens como esta de Moamé. Ela é, segundo a minha opinião, a principal causa da decadência hoje tão visível no mundo muçulmano... e a vejo como um decadência muito mais do que um progresso.

Islão-Tocqueville.png (Alexis de Tocqueville / 1805-1859. Escritor e político).

 

Se alguém prefere a vida à morte, deve preferir a civilização à barbárie. O islamismo é o culto mais imóvel e o mais obstinado; é bem preciso que aqueles que o professam desapareçam se não mudam de culto.

Islão-de Vigny.png (Alfred de Vigny / 1797-1863. Escritor).

 

Aquele que pretende ser o profeta de Alá deveria ter credenciais, quer dizer, profecias, milagres e a integralidade do conjunto da sua vida. Nada disto se encontra em Maomé, este homem de pilhagem e de sangue que prega a sua doutrina a golpes de cimitarra, prometendo a morte sobre um terço do mundo conhecido.

Islão-Mgr Pavy.png (Monseigneur Louis Pavy, Évêque d’Alger / 1805-1866).

 

O Islão é contrário ao espírito científico, hostil ao progresso; há nos países que ele conquistou um campo fechado à cultura racional do espírito.

Islão-Renan.png (Joseph Ernest Renan / 1823-1892. Filósofo, historiador e crítico).

 

A influência desta religião paralisa o desenvolvimento social dos seus fiéis. Não existe maior força retrógrada no mundo. Se a cristandade não for protegida pelos braços fortes da ciência, a civilização da Europa pode cair, como caiu a de Roma antiga.

Islão-Churchill.png (Winston Churchill / 1874-1965).

 

Eu fiquei impressionado com a semelhança do nacional socialismo, o nazismo, com o Islão e esta impressão só tem se confirmado e reforçado cada vez mais.

Islão-Keyserling.png (Hermann Von Keyserling / 1880-1946. Filósofo).

 

Os nazis são os melhores amigos do Islão.

Islão-Mufti.png (O grande Mufti de Jérusalem em 1943: Mohammed Amin al-Husseini)

 

Não tenho nada contra o Islão, porque esta religião se encarrega, ela mesmo, de instruir os homens, prometendo-lhes o céu se eles combaterem com coragem e forem mortos nos campos de batalha: em breve será uma religião muito prática e sedutora para os soldados.

 Islão-Himmler.png (Heinrich Himmler, Comandante da SS / 1900-1945).

 

O grande fenómeno da nossa época é o aumento da violência islâmica. Subestimada pela maioria dos nossos contemporâneos, este crescendo do Islão é analogicamente comparável ao princípio do comunismo da era Lenine. As consequências deste fenómeno são ainda imprevisíveis. No princípio da revolução marxista acreditava-se ser capaz de deter a maré por soluções parciais. Nem o cristianismo nem as organizações patronais ou de trabalhadores não encontraram resposta. Tal como hoje o mundo ocidental não parece minimamente preparado para enfrentar o problema do Islão.

Em teoria, aliás, a solução parece extremamente difícil.

Talvez seja possível na prática, se nós, para nos limitarmos à questão aos franceses, se uma atitude positiva for pensada e executada por um verdadeiro homem de Estado.

Os dados actuais do problema levam a crer que de várias formas a ditadura muçulmana vai-se estabelecer sucessivamente através do mundo árabe. Quando eu digo muçulmano penso menos nas estruturas religiosas do que nas temporais que derivam da doutrina de Maomé.

Talvez soluções parciais sejam suficientes para conter a corrente do Islão, se elas forem aplicadas a tempo. Actualmente é já demasiado tarde.

Os «miseráveis» terão pouco a perder. Eles preferem manter a sua miséria no interior duma comunidade muçulmana. A sua sorte não mudará muito. Nós temos deles uma concepção demasiado ocidental.

Às vantagens que nós lhe poderemos proporcionar eles preferem o futuro da sua raça.

A África negra ficará muito tempo insensível a este processo. Tudo o que nós podemos fazer é tomar consciência da gravidade do fenómeno e tentar retardar a evolução.

Islão-Malraux.png (André Malraux, 3 de Junho de 1956. Escritor e pensador)

 

Pois é. Até o Obama diz que a luta contra este terrorismo pseudo-religioso vai durar mais do que uma geração.

 

Só uma?

 

16/02/2015

 

Francisco Gomes de Amorim, Junho 2013, Lisboa.jpg

Francisco Gomes de Amorim

ISLÃO – CORÃO

 Islão.png

Um pouco de História

 

Eu tenho um amigo muçulmano, marroquino, a quem por graça trato por “primo” porque nasceu em Al Jadida, a antiga Mazagão, por onde terão andado antepassados meus. Eu posso ser e continuarei a ser seu amigo. Mas pode ele ser meu amigo, sem contrariar a “lei”? Vejamos, a sura 5:51:

 

“Ó fiéis, não tomeis os judeus e os cristãos como aliados. Na verdade são aliados um do outro. E quem é aliado a eles entre vós, em seguida, na verdade, ele é um deles. Com efeito, Deus não encaminha o povo iníquo.”

 

Em português comum isto significa: Tu não deves tomar os não-muçulmanos como amigos.

 

Ou a sura 4:89:

 

Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor.

 

E até hoje não entendo porque não posso ser amigo de qualquer um que tenha um sentido de religião diferente!

Logo no começo Maomé já era um “homem do bem”:

 

Em Khaybar, Maomé tomou Safiya como saque e como sua escrava sexual. Segundo Bukhari (2:14:5:68, p. 35; 4:52:74:143, p. 92; 4:52:168:280, p. 175), e Tabari (39:185), Safiya bint Huyayy era uma cativa de Maomé com quem ele se casou depois de matar o seu pai, irmão, marido e todos os homens da sua comunidade judaica de Khaybar.

 

Como é evidente não se podem aceitar, nem conceber algumas das “leis” que mandam nos “fiéis”, não só as anteriores como:

 

3:19 - Para Deus a religião é o Islão. E os adeptos do Livro só discordaram por inveja, depois que a verdade lhes foi revelada. Porém, quem nega os versículos de Deus, saiba que Deus é Destro em ajustar contas.

 

3:42 a 52 - Os anjos disseram: Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! Ó Maria, consagra-te ao Senhor! Prostra-te e genuflecte, com os genuflexos! Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Mensageiro). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavam presentes quando rivalizavam entre si. E quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os dilectos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: Seja! e é. Ele lhe ensinará o Livro, a sabedoria, a Tora e o Evangelho. E ele será um Mensageiro para os israelitas, (e lhes dirá): Apresento-vos um sinal do vosso Senhor: plasmarei de barro a figura de um pássaro, à qual darei vida, e a figura será um pássaro, com beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos, com a anuência de Deus, e vos revelarei o que consumis o que entesourais em vossas casas. Nisso há um sinal para vós, se sois fiéis. (Eu vim) para confirmar-vos a Tora, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim com um sinal do vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me.

 

Sabei que Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois. Essa é a senda reta. E quando Jesus lhes sentiu a incredulidade, disse: Quem serão os meus colaboradores na causa de Deus? Os discípulos disseram: Nós seremos os colaboradores, porque cremos em Deus; e testemunhamos que somos muçulmanos!

 

Dificilmente dá para acreditar nesta apologia de Cristo! Sobretudo porque remata com um testemunho dos muçulmanos! E continua:

 

4:84 - Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos.

 

Mais adiante desmente tudo e começa a cizania:

 

9:30 - Os judeus dizem: Ezra é filho de Deus; os cristãos dizem: O Messias é filho de Deus. Tais são as palavras de suas bocas; repetem, com isso, as de seus antepassados incrédulos. Que Deus os combata! Como se desviam!

 

4:151 - Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso. Sua morada será o fogo infernal. Quão funesta é a morada dos iníquos!

 

4:24 - Também vos está vedado desposar as mulheres casadas, salvo as que tendes à mão. Tal é a lei que Deus vos impõe. Porém, fora do mencionado, está-vos permitido procurar, munidos de vossos bens, esposas castas e não licenciosas.

 

4:101 - Quando viajantes pela terra não sereis recriminados por abreviardes as orações, temendo que vos ataquem os incrédulos; em verdade, eles são vossos inimigos declarados.

 

5:82 - Constatarás que os piores inimigos dos fiéis, entre os humanos, são os judeus e os idólatras. Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afecto dos fiéis são os que dizem: Somos cristãos, porque possuem sacerdotes e não ensoberbecem de coisa alguma.

 

Será por estarem “mais próximos” que os matam e perseguem?

 

7:166 - E quando, ensoberbecidos (os judeus), profanaram o que lhes havia sido vedado, dissemos-lhes: Sede símios desprezíveis!

 

8:12 - E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos!

 

9:4 e 5 - Cumpri o ajuste com os idólatras, com quem tenhais um tratado, e que não vos tenham atraiçoado e nem tenham secundado ninguém contra vós; cumpri o tratado até à sua expiração. Sabei que Deus estima os tementes. Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat (imposto), abri-lhes o caminho. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

 

Por aqui se pode imaginar quanto o Islão tem de religião de paz. Infelizmente. Islão não é uma religião mas uma lei, só uma lei, em que se fala de Alá, Deus, para que todos a aceitem, com medo, obrigando os incautos a guerrearem para tomar conta do mundo e a seguir se matarem uns aos outros.

 

Por muito que queiramos disfarçar, e até procurar manter amigos que há anos ou por tradição são muçulmanos, a verdade é que esta escalada do extremismo está a dividir o mundo, semeando o terror e a desconfiança entre todos e por todos os continentes.

 

Há dias mais um vídeo dos selvagens mostrava a decapitação de vinte e um cristãos coptas do Egipto. Só porque eram cristãos! Um horror. Devem ser eles, coptas, quem nos dias de hoje mais ataques sofrem dos fundamentalistas, sem que o “mundo” se manifeste. Finalmente o novo presidente, general Al-Sisi, decidiu começar a pôr cobro à perseguição e morte de egípcios por egípcios e outros.

 

Por todo o lado os ataques à liberdade, de imprensa, de estudar, das mulheres, às sinagogas e às igrejas que sobram em territórios de maioria muçulmana, se intensificam.

 

Quando isto vai parar? Pelas atitudes que se têm visto tomar pelos políticos de todo o lado... NUNCA.

 

No “politicamente correcto”, nos “direitos humanos”, a covardia é evidente.

 

Para França, por exemplo, foram milhares de imigrantes portugueses. Que problema causaram no país? Nenhum. Enquadraram-se, mesmo tendo saído dum país católico aceitaram o laicismo francês.

 

O que é verdade é que os princípios de cultura vinham da mesma fonte: greco-romana e cristã. Os que lá chegam agora, imbuídos desta “lei” do “mata o outro”, dificilmente se irão adaptar e serão sempre os que irão abrir a porta para a invasão dos extremistas terroristas.

 

Os judeus, nas suas colónias, dificilmente se integram à cultura dos países onde vivem, mas não perturbam. Seguem, quase totalmente endógamos fechados nos seus princípios e no Live and let live.

 

Ainda mais um pouco sobre o islamismo na Índia de que já tanto escrevi:

 

No ano 986 um sultão muçulmano, Sabutkin, devastou as províncias de Kabul e Panjab; as suas forças “massacraram os infiéis”. Como os hindus eram “infiéis” o sultão ordenou o massacre com o argumento de que “Alá mandou matar os infiéis todos, e a ordem de Alá não se muda”.

 

Em 1018 voltou a atacar povos indianos e regressou com um espólio de vinte milhões de dirhams (algo como 60 toneladas de prata) e 13000 escravos.

 

Em 1210 atacaram a cidade de Varanasi, demoliram os ídolos de milhares de templos, e dali levaram 1400 camelos carregados com os tesouros roubados.

 

Em 1527 Zahir-ud-in-Muhamad, Babur, para reconquistar o Rajasthan, declarou que a guerra era santa, a jihad, e assim fez mais uma carnificina de 15000 indianos.

 

Em 1909 quando era grande a movimentação para se abolir o colonialismo inglês, os muçulmanos queriam fazer eleições separadas para o Congresso. Queriam mais um dar-ul-islam, um “mundo do Islão” separado, o que veio a acontecer com a separação do Paquistão e depois com o Bangladesh.

 

Se não fosse a presença britânica, o que é hoje a Índia teria ficado um retalho de pequenos estados, que aliás se guerrearam até ao finalzinho do século XX. Indus com muçulmanos, estes e aqueles com siques, e todos com todos. E continua hoje uma grande tensão nas fronteiras Índia-Paquistão!

 

(É de notar que na Alemanha pré nazista, e ainda no começo desse horrível tempo, os judeus também não se consideravam alemães, mas “parte do povo judeu vivendo na Alemanha!”)

 

Se ninguém quer abdicar da sua religião, por tradição ou receio de ficar isolado, pior ainda no Islão de poder ser condenado à morte, poderiam seguir o princípio elementar do siquismo (sikhismo):

 

A religião não assenta em palavras vazias.

É religioso quem considera todos os homens e mulheres seus iguais.”

 

É um desastre esta escalada do terror. Que não pode ficar sem resposta e vai obrigar a que sejam os civis, muçulmanos ou não, os principais sacrificados.

 

E como vai reagir a Europa, sobretudo a Itália, França, Bélgica e Grã-Bretanha, com esta invasão imparável dos que diariamente atravessam o Mediterrâneo?

 

18/02/2015

Francisco Gomes de Amorim Francisco Gomes de Amorim

A PIRA DAS «MIL E UMA NOITES»

  

Mulheres sauditas.jpg

 

País perfeitamente pró-ocidental nas suas alianças e americanizado nas suas paisagens urbanas, a Arábia Saudita prega, contudo, um Islão que nada tem a ver com a tradição culta mas sim uma lei que passou por um regime de primarismo que o deixou rude e boçal.

 

Um Islão que refaz a sua crença na negação da civilização que ele próprio criou, que conduz uma guerra contra tudo aquilo que se realizou de importante na sua brilhante história, contra tudo aquilo que foi concebido sem prejudicar a palavra mas não fazendo dela uma leitura hermética, literal, é levado a proibir o estudo dos teólogos mais ou menos antigos que ousaram pensar audaciosamente, destrói toda a literatura, persegue todos os pensadores islâmicos livres desde o século VIII até à actualidade.

 

Este Islão, rude e magro, historicamente saudita, age sobretudo contra o Islão que foi rico e erudito, fundamento duma civilização que foi brilhante. Mas, paradoxalmente, a Arábia Saudita faz coabitar a regressão ao arcaísmo com a técnica mais moderna numa rota inexpugnável e claramente sem saída, portadora de duas essências incompatíveis. E essa via absurda faz com que uma mulher saudita seja punida severamente por conduzir um automóvel ou sair de casa sem autorização do marido mas a Força Aérea do país tem mulheres no seu quadro de pilotos de combate.

mulher-piloto saudita.jpg

  

Todo o actual arcaísmo saudita nasceu pela mão de Ibn ‘Abd al-Wahhab (1703-1792) e é a Arábia Saudita que vem financiando o proselitismo deste Islão wahhabita que impele à prática do terrorismo.

 

E a questão que se coloca agora com o novo rei saudita é a de saber se vai haver alguma mudança a favor do esclarecimento desta aliança absurda entre arcaísmo e modernidade. Vai prevalecer a pira das «Mil e uma noites» ou vão as mulheres piloto passar também a poder guiar automóveis? E se elas vingarem entre as nuvens, que alvos vão atacar às ordens de algum emir arcaico?

 

Na dúvida, não nos fiemos naqueles petrodólares.

 

Fevereiro de 2015

 

Henrique em Angkor Wat.JPG

 Henrique Salles da Fonseca

 

 

BIBLIOGRAFIA:

A DOENÇA DO ISLÃO”, Abdelwahab Meddeb, Relógio d’Água Editores, Março de 2005, pág. 47 e seg.

Wikipédiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Muhammad_ibn_Abd_al-Wahhab

YouTubehttps://www.youtube.com/watch?aUm=&feature=youtu.be&v=6qikawjSiAE&app=desktop

 

 

 

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  273. D