Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi.
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Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi.
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Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei.
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Andei longes terras Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimoréis; Vi lutas de bravos, Vi fortes - escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés.
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E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz.
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Aos golpes do imigo, Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri.
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Meu pai a meu lado Já cego e quebrado, De penas ralado, Firmava-se em mi: Nós ambos, mesquinhos, Por ínvios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui!
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O velho no entanto Sofrendo já tanto De fome e quebranto, Só qu’ria morrer! Não mais me contenho, Nas matas me embrenho, Das frechas que tenho Me quero valer.
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Então, forasteiro, Caí prisioneiro De um troço guerreiro Com que me encontrei: O cru dessossêgo Do pai fraco e cego, Enquanto não chego Qual seja, - dizei!
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Eu era o seu guia Na noite sombria, A só alegria Que Deus lhe deixou: Em mim se apoiava, Em mim se firmava, Em mim descansava, Que filho lhe sou.
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Ao velho coitado De penas ralado, Já cego e quebrado, Que resta? - Morrer. Enquanto descreve O giro tão breve Da vida que teve, Deixai-me viver!
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Não vil, não ignavo, Mas forte, mas bravo, Serei vosso escravo: Aqui virei ter. Guerreiros, não coro Do pranto que choro: Se a vida deploro, Também sei morrer.
Em larga roda de novéis guerreiros Ledo caminha o festival Timbira, A quem do sacrifício cabe as honras, Na fronte o canitar sacode em ondas, O enduape na cinta se embalança, Na destra mão sopesa a iverapeme, Orgulhoso e pujante. - Ao menor passo Colar d’alvo marfim, insígnia d’honra, Que lhe orna o colo e o peito, ruge e freme, Como que por feitiço não sabido Encantadas ali as almas grandes Dos vencidos Tapuias, inda chorem Serem glória e brasão d’imigos feros.
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"Eis-me aqui", diz ao índio prisioneiro; "Pois que fraco, e sem tribo, e sem família, "As nossas matas devassaste ousado, "Morrerás morte vil da mão de um forte."
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Vem a terreiro o mísero contrário; Do colo à cinta a muçurana desce: "Dize-nos quem és, teus feitos canta, "Ou se mais te apraz, defende-te." Começa O índio, que ao redor derrama os olhos, Com triste voz que os ânimos comove.
Brasil de parabéns. Está a fazer umas Olimpíadas espetaculares elogiadas pelo mundo fora.
Mas... tudo muito bonito por fora mas por dentro, vamos ver.
O resto do país é um chorar e ranger de dentes: o trivial de inflação, insegurança, burocracia, etc., aquilo que para nós é mais comum do que feijão com arroz.
Lembram do Mensalão? Naquela altura os milhões ou bilhões roubados saíram principalmente dos Correios. Rebentaram com eles!
Os Correios? Ah! Uma calamidez. Pior do que calamidade.
Alguns exemplos:
1.- Sou correspondente de um jornal no Canadá, há onze anos. Tudo quanto recebo é um exemplar do jornal que, durante muito tempo chegava com regularidade, demorando cerca de uma semana a vir de Toronto ao Rio.
Este ano, passadas já 32 semanas, tudo quanto recebi foram dois jornais: um em Março e outro em Abril. Cadê os outros, senhor ministro das comunicações e senhor diretor dos Correios?
2.- Ontem chegou uma carta vinda de São Paulo. Postada dia 22 de julho, levou 19 dias para chegar. Terá vindo a pé?
3.- Encomendei pela Internet umas peças. Coisa miúda, vinda de São Paulo. Ao fim de mais de uma semana recebo informação dos Correios que teriam vindo fazer a entrega em minha casa, três dias seguidos, e não tinha ninguém em casa! Deslavada MENTIRA! Eu quase não saio de casa, e se o faço é, talvez, uma vez por semana e olha lá.
Mas agora tinha que ir até ao dia 10 ao Posto do Tanque (Rio de Janeiro). Pesquisa na Internet e encontro três postos no Tanque, 3. Fui ao primeiro, enfrentei uma fila curta porque sou idoso (e bota idoso nisso) e... não era ali. Fui ao segundo: é mentira não existe. Desisti. No dia seguinte comecei a caça ao pokemon dos Correios e acabei por encontrar. Umas dez pessoas em frente a um portão, na calçada, me fizeram pensar que ali era ponto de ónibus. Não era. Estavam à espera de entrar para reclamar os seus pertences. Por sorte não chovia!
A “sala” de espera no posto dos Correios!
O senhor é idoso tem prioridade! – Muito obrigado.
Esperei que atendessem uns 4 ou 5 que já lá estavam e finalmente mandaram-me entrar. Um cubículo miserável, uma só atendente, uma senhora com um olho tapado porque tinha sofrido uma intervenção e um outro lá mais dentro à procura do que os “bestas”, como eu, reclamavam. Uma montoeira incrível de caixas, maiores e menores, envelopes, tudo numa desorganização impressionante. A senhora, meia doente, com dificuldade para escrever e ler, mas assim mesmo estava a trabalhar, teve que me pedir para eu ler o número da minha identidade. Ela não conseguia. Brava senhora.
Esperei. O colega que andava a catar o que se reclamava, perguntava lá de dentro: É uma caixa grande????? – Não. É coisa pequena.
Finalmente apareceu!
Cartas e documentos, muitos deles com contas para pagar estão chegando depois do prazo!
Uma VERGONHA. Um tremendo descaso e desprezo pelo povo, o contribuinte, o que paga tudo, sofrendo.
De resto... vou contar o quê?
Um atleta judoca, olímpico, foi assaltado na rua e ficou com um olho negro!
Duas outras atletas foram assaltadas na rua: dinheiro, celulares, etc... sumiram.
Uma patrulha do exército entrou por engano numa favela e foi recebida a tiro. Um soldado morto. A favela é terra DELES, da banditagem. Não é do Brasil.
Fazenda Invernada de 1822 (em reforma) Morro Agudo-SP
Fonte: Informativo (Jornal da Carol) 2005
É triste ver cidades com séculos de existência destruírem o seu património histórico-arquitectónico em nome do tão sonhado progresso. Derrubada de casarões e de edifícios de época é feita da noite para o dia, sem a menor consciência. Que desenvolvimento é esse que apaga da sua história as marcas e caminhos percorridos por seus antepassados? Como exigir dos cidadãos de agora amor e respeito ao solo que os viu nascer se eles não têm referencias e exemplos a seguir? Como desenvolver sentimentos de identidade, pertença e orgulho, se eles não conhecem suas raízes, passado, lutas e conquistas! Como formar indivíduos briosos e valentes se eles não sabem de quem provêm, de onde vêm e para onde vão? Como poderão avaliar a força do gene que cada um traz em si e que foi capaz de mobilizar gerações a ir atrás do sonho?
É na sequência de gerações que o caminho se faz e se aprimora. É nas marcas deixadas por elas que o orgulho de pertença aparece. É na herança que o passado nos deixa que o futuro se assenta e o progresso acontece.
A história interiorana é tão rica quanto seu solo. Nele se achou ouro, diamantes, pedras preciosas. Plantou-se e criou-se gado. Gente aventureira, desbravadora e destemida se instalou em seu território, fez coisas boas e más, aos trancos e barrancos, acertando e errando, trouxe progresso.
Longe do Poder Central e da civilização, os portugueses, depois de lutas, mortes e expulsões, conquistaram a região. Abriram com a ajuda dos índios aculturados picadas e caminhos, vararam rios e florestas, fundaram arraias e vilas, destruíram tribos e quilombos. Ganharam sesmarias, compraram e se apossaram de terras, fizeram grandes fazendas onde desenvolveram latifúndios que, com ajuda do escravo e do caboclo, mais tarde dominaram a política do interior brasileiro.
Há quase duzentos anos, uma das famílias que marcou esse espaço fundou em Morro Agudo, na margem esquerda do Ribeirão do Carmo, a Fazenda Invernada.
Fazenda Invernada (de 1864) Morro Agudo-PS
Fonte: Informativo (Jornal da Carol) Maio/2005
A ideia inicial do Tenente Francisco António Junqueira, do seu irmão João Francisco e do seu cunhado, o alferes João José de Carvalho, era pousar para invernar, mas gostaram tanto do local que ficaram e construíram uma fazenda que subsiste até os nossos tempos. Nela Francisco António estabeleceu-se definitivamente, criou seus 21 filhos (dos quais sobreviveram sete), criou gado e produziu queijos para a venda. Um dos seus filhos, Francisco Marcolino Diniz Junqueira, herdeiro que ficou com a Fazenda Invernada, se tornou um grande produtor de bovinos, porcos, muares e cavalos.
Foi dessa geração que saíram os protótipos dos Mangalarga, orgulho da raça equina do interior. Nestes quase 200 anos de gerações da família, o património cresceu e o conjunto arquitetónico da fazenda (casa grande, senzala, dependências de serviço,...) foi preservado (1822/1864) e reformado para orgulho da Família Junqueira de Morro Agudo SP.
Sobreviver no interior brasileiro nos séculos passados não era coisa pra fracos. Enriquecer, então, era questão para destemidos aventureiros dispostos a tudo enfrentar, matas, índios, animais selvagens, grileiros, falta de alimentos e remédios. Trabalho duro e perigoso que muitas vezes levava à perda da própria vida.
Era comum fazendeiros que possuíam terras adquiridas por sesmarias, compradas ou ocupadas por grileiros, recrutassem jagunços pagos para “limpar” o terreno. Só depois assumiam e construíam naquele espaço a fazenda.
Em tempos de “limpeza”, as ferramentas mais utilizadas eram as armas de fogo, além dos instrumentos de trabalho para desbravar a terra. Guaiaca ajustada na cinta ou cruzada no peito, punhal estrategicamente escondido no cano interno das botas de couro, eram indispensáveis para impor respeito e se manter vivo. Andar por caminhos desérticos e inóspitos, ou em matas cerradas, exigia coragem e equipamento!.
Bem antes dos estrangeiros chegarem àquelas bandas interioranas já desbravador português, usando o índio amansado como guia, adentrava e “limpava” o terreno. Motiva-o a posse das terras e as riquezas que poderia tirar delas, explorando, abrindo clareiras para criar gado ou para plantar pro sustento.
Instalados, vinham as disputas pelos território e pelas águas que lhes garantiam a subsistência e influência. Animosidades por divisas e desvios de cursos de águas eram frequentemente resolvidas à bala, quando na conversa não se chegava a contento.
Naquele dia, os fazendeiros Jacinto e Fabiano se estranharam. O motivo era posição da cerca que lhes dividia as fazendas. Achando-se lesado, Jacinto reclamava que haviam entrado metros na sua propriedade, situação que Fabiano contestava. Depois de muita discussão, tudo ficou na mesma. Irritado, tempos depois, o fazendeiro Jacinto desvia o curso do riacho que nascia nas suas terras e atravessava as do vizinho, deixando sem água o pasto e o gado do outro fazendeiro. Guerra declarada, os dois não podiam se encontrar sem que essas questões viessem à baila.
Em terras de pouca água, os bichos logo buscam a fonte. E assim o gado rompeu a cerca e pulou para o pasto vizinho onde podia matar a sede e comer capim. Quando Jacinto percebeu a situação procurou Fabiano para reclamar e pedir para que ele consertasse a cerca arrebentada. Nova discussão para que o riacho e divisa fossem para o lugar original. Ninguém quis voltar atrás e tudo acabou numa cusparada tendo como resposta um tiro mortal. No dia seguinte acharam o corpo de Fabiano já em incipiente estado de putrefação. Foi uma comoção. Os filhos do fazendeiro morto juraram vingança. Suspeitaram do vizinho renitente que passou a carregar consigo dois revolveres carregados no coldre, prontos para a descarga conveniente.
Ciente da lei do sertão, Jacinto dizia para a família:
- Quando eu morrer vocês me enterrem com meus dois revólveres, vai que lá, do outro lado da vida, eu encontre um mau espírito...
Se bem foi dito, melhor foi feito. Passou-se algum tempo até que um dia um sujeito mal encarado foi visto nas redondezas. Capa escura, surrada, que ia até as canelas, chapéu preto de feltro enterrado na cabeça escondia parcialmente a fisionomia. No peito, transpassada, uma cinta de couro cru, brilhante, desgastada pelo uso, onde se via uma pequena bolsa de carregar balas e um coldre preenchido. Era um matador, jagunço contratado. Já se suspeitava, era o anúncio de morte encomendada!
Jacinto foi encontrado morto na estrada, com um tiro na cabeça, vítima de uma tocaia.
Do jeito que surgiu, o jagunço desapareceu sem deixar rastro. O fazendeiro foi enterrado com suas armas, como pedira, nas terras disputadas. Respeitaram a sua vontade, sabe-se lá se ainda teria que se ver com algum mau espírito...!
Loucura ou insanidade são a mesma coisa. Descaso e corrupção andam paralelos, ignorância, egoísmo e incompetência, rolam de braços dados. E por aí vai.
Se em qualquer alguém não gostar, por exemplo de um político, pode pagar-lhe um fim de semana no Rio de Janeiro a “Cidade Maravilhosa”, porque as chances de se livrar dele são muito mais altas do que ganhar na loteria. Vejamos a capa da VEJA desta semana:
Tenho escrito muitas vezes que a Síria é aqui: média de 60.000 homicídios por ano! Só.
Mas agora temos as Olimpíadas: Fizeram-se obras e mais obras, tudo super facturado, para não sair do padrão e:
- Inaugurou-se uma ciclovia, beirando e por cima do mar. Coisa linda. Num lugar onde o mar, com alguma frequência vem bater com muita força contra o paredão. As vigas de sustentação não previam estas ondas e a via não estava bem fixada à estrutura. Muitos lugares em vez de quatro parafusos só colocaram um. Unzinho. Veio a primeira onda forte derrubou parte da via e matou dois ciclistas. O prefeito disse que ia apurar responsabilidades. Só esqueceu de dizer que ele é o responsável primeiro. Não mandou vigiar a obra.
- Inaugurou-se o BRT, um tipo de metrô de superfície, com ónibus articulados. No segundo dia começou a sair a capa de asfalto, o tal de BRT teve que sair da sua via exclusiva e acabada de fazer, para se remendar outro “erro técnico”.
- Há poucos dias inaugurou-se o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, eléctrico). Lindão. Já ficou parado umas quantas vezes porque falta a energia eléctrica.
- Despoluição da Baía da Guanabara! Mentira. Não se fez. Compraram alguns barcos especiais para isso, mas... faltou o dinheiro para o combustível! Agora, só agora, descobriram que nas praias, isto é, nas águas do mar da baía, descobriu-se uma bactéria, aliás uma super bactéria, resistente a tudo que se conhece.
Pesquisado o problema constatou-se que vem de esgotos mal tratados pela CEDAE, a companhia estadual de água e esgotos, que são despejados directamente na baía!
Os atletas do mar... alguns já disseram que vão navegar de máscara anti gases. Regatas “à la guerra de 1914-18”: máscaras!
Mas não há-de ser nada.
Há uns dois anos eu vi, repito, eu vi, escrito nas janelas de uma “igreja”: SÁBADO PROMOÇÃO DE MILAGRES
Os milagres aqui, nessas igrejas é um tipo de mercadoria que podia ser vendida nos supermercados.
Num bairro, bairrinho, com 700 x 700 metros, classe média baixa, ruas traçadas em rectas cruzando em 90°, muito comércio, todas as ruas e passeios esburacadas, carros estacionados nos dois lados, um ignorante, como eu, desconhecendo esta “organização, caiu lá dentro e andou meio tempo de ré. Só neste pedacinho do Rio existem nove, 9, “igrejas” dessas, sacando o dinheiro dos fiéis que gritam e choram durante as operações “comerciais”.
Para quem não acredita no que escrevo, ou para quem acredita que pode comprar um milagrito, aqui vai a sugestão (já passou esta data, mas logo, logo, terá outra, ou outras):
Nomes e endereço retirados por... precaução!
A estes pastorinhos só lhes faltam as asas de anjinhos!
Falar de economia ou política é pura perca de tempo. Vai só o parecer dum “zémané” qualquer:
- o presidente interino pertence àquele grupo dos “macacos japoneses”, de que tanto tenho falado: “não sabe nada, não viu nada, não ouviu nada” e para complicar a situação não encontra um único colaborador que não tenha telhados de vidro. E pior, para tentar fazer passar algum decreto ou lei no cão-greço tem que negociar com a banditagem: io te do um poco a te tu me dai um poco a mé.
Possivelmente uns 70 a 80% dos políticos, ou até mais, estão metidos em roubalheiras até acima dos cabelos. A Justiça – desta vez com letra maiúscula – parece ter acordado, mas não pode prender todos de uma vez. Paralisaria, ainda mais se possível isso fosse, o país, e não há cadeias para todos. Temos que aguardar pelo menos uns dois anos mais para ver a casa começar a ficar arrumada.
Mas a endemia corrupta é como a super bactéria da baía da Guanabara: muito resistente!
Vamos ver como fica o Rio pós olimpíadas. O custo para manter algumas das estruturas erguidas para este evento já começa a aparecer: uma delas parece, segundo fontes oficiais, irá custar, só para se manter, mais de R$ 100.000.000 – cem milhões de reais – por ano.
Mas tudo se resolve. Há milagres para dar e vender. Perdão, só para vender.
Muito do que abaixo se mostra, já apareceu inúmeras vezes publicado. Mas o tema é de tal forma triste que não há impeachment que possa apagar esta nódoa que o Brasil vai carregar ainda muito tempo.
Jamais alguém poderia imaginar tamanha imbecilidade a presidir um país. Faz parelha com Chavez e Maduro que também destruíram a Venezuela. É caso clínico de demência, onirismo, de transtornos psicóticos, a maioria das vezes provocados pelo consumo de alucinogéneos. Será o caso ou é de nascença?
E assim culmina a sistemática destruição a que o ptismo/lulismo levaram o país.
Mas vale a pena ler o texto do jornalista. Nós ficamos sem saber se rir se chorar. Lamentável, é impossível não rir, e muito. Por isso aqui vai.
Francisco Gomes de Amorim
“SE A DILMA VOLTAR”
O Brasil virou uma piada internacional. Outro dia vi um programa na CNN sobre nós. Tive vontade de chorar. Segundo a imprensa estrangeira, nós somos incompetentes até para sediar a Olimpíada, a economia está quebrada e o impeachment pode impedir os Jogos, pois somos desorganizados, caem pontes e pistas, os mosquitos estariam esperando os atletas, a Baía de Guanabara é um lixo só, bosta boiando, o crime campeia na cidade, onde conquistamos brilhantemente o recorde de estupros.
Até um programa humorístico famoso, o "Saturday Night Life", fez uma sátira: Dilma fumando charuto e tomando caipirinha, numa galhofa insultuosa que sobrou para o país todo.
Mas Dilma sabe defender o país. Seus discursos revelam isso. Senão, vejamos, suas ideias:
“Antes de Lula, o Brasil estava afunhunhado. Mas o presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro. O Brasil é um dos países mais sólidos do mundo, que, em meio à crise económica mundial, das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo.
Nós não quebramos, este é um país que tem... tem aquilo que vocês sabem o que é. Por isso, não vamos colocar uma meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Ajuste fiscal? Coisa rudimentar. Gasto publico é vida. Eu posso não ter experiência de governar como eles governaram; agora, governar gerando emprego, distribuição de renda, tirando 24 milhões da pobreza elevando a classe média, eu sei muito bem fazer.
Entre nossos projetos, nós vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metro. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT.
A mesma coisa nós vamos fazer com o Seguro Defeso, por exemplo. Nós somos a favor de ter Seguro Defeso para o pescador, sim. Agora. Não é possível o pescador morar no semiárido nordestino e receber Seguro Defeso, por um motivo muito simples: lá não tem água, não tendo água não tem peixe. Também não seremos vencidos pela zika e dengue; quem transmite a doença não é o mosquito; é a mosquita.
Antes, também os índios morriam por falta de assistência técnica. Hoje não; pois temos muitas riquezas. E aqui nós temos uma, como também os índios daqui e os indígenas americanos têm a deles. Nós temos a mandioca. E aqui nós estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.
Vocês, dos jogos indígenas, estão jogando com uma bola feita de folhas, e por isso eu acho que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da capacidade que nos distingue como... Nós somos do género humano, da espécie sapiens. Então, para mim, esta bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens ou mulheres sapiens.
Eu ouço muito os prefeitos — teve um que me disse assim: eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes, que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado.
Aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos municípios... Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los.
A única área que eu acho que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área de... Na área... Eu diria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola.
A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazónia. Aliás, a Zona Franca evita o desmatamento, que é altamente lucrativo — derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo.
Eu quero adentrar agora pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista destes dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder. A autossuficiência do Brasil sempre foi insuficiente.
Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando... aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. E de um outro europeu muito importante, junto com o Monet.
Até agora, a energia hidrelétrica é a mais barata, em termos do que ela dura com a manutenção e também pelo fato de a água ser gratuita e de a gente poder estocar. O vento podia ser isso também, mas você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento. Então, se a contribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você estocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso? O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.
Aliás, hoje é o Dia das Crianças. Ontem eu disse que criança... o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.
Por isso, afirmo que não há a menor hipótese do Brasil, este ano, não crescer. Eu estou otimista quanto ao Brasil. Eu sou algo que a humanidade desenvolveu quando se tomou humana.
É isso aí, gente, se Dilma voltar, ela tem em mente um projecto ambicioso de país.Estamos salvos.
Tinha que ir! Quando um fazendeiro inábil, ladrão, corrupto, quer ser mais esperto que todos, um dia deixa a vaca ir para o brejo!
Passou-se algo semelhante nas minhas barbas quando chegámos ao Brasil. No meio do sufoco de sobrevivência fui trabalhar numa fazenda, onde um dia ajudei, com um tractor, a tirar uma vaca que... estava no brejo! De modo que sei um pouco do “assunto”. E em Angola outra vez.
A fazenda, dum sujeito que em tudo era o que se podia dizer um mau carácter. Um cafajeste. Só não andei aos tiros com ele porque não estava na minha mentalidade matar gente!
Eu era o administrador da fazenda e um dia ele voltou duma exposição de cavalos e disse-me que tinha comprado um exemplar por 50.000 (já nem sei que dinheiro era, mas lembro dos 50.000) e que ia ganhar um bom dinheiro em cima. Assim que a pessoa que tinha ido com ele apareceu, disse-me que não entendia por que o “X” tinha comprado aquele pangaré por 5.000! Até a mim quis enganar para roubar o primeiro que aparecesse.
Depois que de lá saí o “X” conseguiu comprar um monte de políticos e anexar alguns milhares de hectares duma reserva do Estado.
Na política passam-se coisas semelhantes.
O denominado sapo-barbudo conseguiu fazer presidentA alguém que não tinha quaisquer habilitações, na esperança de reganhar o tacho ao fim de quatro anos. Não ganhou. O país é que ganhou duas figuras execrandas ambas a mandar, perdão a desmandar.
Credenciais da madama: a coitadinha que tinha sido presa pelos generais, depois de sequestrar pessoas, assaltar bancos e participar em assassinatos, foi nomeada presidente do conselho de administração da Petrobrás, a jóia da coroa do Brasil. Pois foi essa madama presidenta que, como presidente, assinou a compra da refinaria de Pasadena nos EUA, uma golpada de 2.000.000.000 – isso mesmo, dois bilhões – de Reais, por uma empresa que não valia nem 20% desse dinheiro.
Depois que se presidenteou, conseguiu aumentar o tsunami político-económico iniciado nos oito anos anteriores do seu mentor, fingindo, como o papaizinho e sempre chefe, que nada sabia, nada tinha visto, nem nada tinha ouvido, e melhor, que nada tinha surripiado aos cofres públicos.
Levou o país à pior fase de toda a sua história, mentindo, apresentando contas públicas falsas, levando o índice de desemprego no país, há anos estável à volta de 5%, a mais de 10,9%, com 6 milhões de trabalhadores a perderem, só neste último ano, os seus postos de trabalhos.
Arrogante, ignorante, com ideias de “estocar o vento” para gerar energia, dizendo que “a energia das hidroeléctricas é de graça porque a água não se paga”, ou quando falava em programa de economia – coisa que ela nem sabe o que significa – dizia, com aquele ar de demência irreversível que “nós não temo meta, mas quando atingirmos a meta, duplicaremos a meta”!
Tinham que lhe pegar por qualquer das muitas razões, e foram as “pedaladas fiscais” – dinheiro emprestado no banco para distribuir por apaniguados, sem que fizesse constar nas contas anuais, que a apanharam.
A dita madama estava mais perdida que cego em tiroteio, financiando obras em Cuba, na Venezuela, Bolívia, etc., como o seu mentor a ensinou, e o país sem investimentos e com despesas acima das receitas. Hoje a dívida interna já passa dos 67,5% do PIB que continuará negativo, pelo menos até final de 2017 ou 18.
Podia o pais continuar nesta situação? JAMAIS.
A Constituição prevê que fraudar as contas públicas é crime. E quem comete crime tem que ser punido.
Surgiu o impeachment!
Ela, o papai, o PT, os afilhados e mamadores na res publica e os bolcheviques, começaram a gritar “É golpe”. Têm razão. No boxe, esgrima ou caratê vence quem aplica o melhor golpe. Neste caso venceu quem aplicou um golpe constitucional, referendado pela tristemente vergonhosa Câmara dos Deputados, e por um pouco menos vergonhoso Senado Federal, cabendo agora ao Supremo Tribunal Federal ditar o veredicto final.
Entretanto os derrubados vão fazer o impossível para espalhar pelo mundo que houve um golpe contra a democracia. Coisa que o PT e essa corja não sabe do que se trata.
Preparam-se para fazer tudo quanto possam para atrapalhar e prejudicar o novo governo que, aliás já nasce com um tipo de microcefalia que se manifesta por admitir para cargos superiores indivíduos que têm às costas um monte de processos que correm (correm, não, estagnam) pelos tribunais e que têm mais telhados de vidro que antigas estufas de flores.
Não começa bem este novo governo, apesar de ter alguns nomes isentos. Deviam ser TODOS. Mas o senhor Temer, teme que se não agradar a gregos e troianos encontre maiores dificuldades em fazer algo positivo.
Não tem ele na mão a possibilidade, legal, de dissolver a Câmara dos deputedos e convocar eleições para uns 90 dias depois, fazendo valer a Lei da Ficha Limpa?
E se a banditagem quiser pôr as unhas de fora, não tem ainda o poder de pedir a intervenção das Forças Armadas, não para ajudarem no governo, mas para evitarem a baderna?
Será que o sr. Temer tem coragem para isso, ou teme que lhe caiam em cima as investigações do Ministério Púbico sobre situações que o podem levar, também para a cadeia?
Vamos assistir, nestes próximos meses a muita reviravolta neste Brasil, meu Brasil brasileiro.
Até as Olimpíadas vão pagar por esta bagunça em que o país está.
O Deus, que diziam, era brasileiro... há anos já desistiu e foi embora.