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A bem da Nação

ELES NÃO EXISTEM

Fazer um jornal é uma questão de distorcer as proporções

Bent Falbert (1947-…)
jornalista dinamarquês

(para saber mais, v. p. ex. em http://da.wikipedia.org/wiki/Bent_Falbert)

 

 

De facto, não me lembro de outra circunstância onde isto fosse tão evidente como no dia de hoje.

 

Ontem, 5 de Outubro, às 11:00, realizaram-se as habituais cerimónias comemorativas da Implantação da República na Praça do Município. Juntaram-se 30 manifestantes do «Movimento Que se lixe a Troika».

 

À tarde, muita gente, 500 pessoas disse a Rádio Renascença, desceu a Avenida da Liberdade desde a Rotunda do Marquês ao Rossio. Não me atrevo a contradizer a RR, mas peço que façam a vossa avaliação pela imagem que junto.

 

 

Hoje, o Público dedica todo o texto da página 7 à primeira manifestação. Procurei com detalhe e não consegui encontrar uma letra  dedicada à segunda. Bent Falbert tem razão. Para mentir não é preciso dizer mentiras: basta omitir e exagerar.

 

José Ribeiro e Castro fala do regresso da censura. Não é, porém, a mesma censura. Parece-me muito mais grave porque é um silenciamento que nos quer dizer que o que aconteceu não existiu; aquilo porque “eles” caminharam não existe!

 

 Pedro Aguiar Pinto

AÍNDA A TEMPO...

 

 ...O ANJO CUSTÓDIO DE PORTUGAL

 

O 10 de Junho foi escolhido por ser também o Dia Nacional de Portugal, quando a nação portuguesa celebra a morte de seu maior génio, Camões.

 


Antecedentes históricos

 

O primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, notabilizou-se não só pelo valor guerreiro e nobre, mas principalmente por uma grande santidade. É assim que o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo lhe aparece para manifestar ao mesmo o desejo de fundar um grande reino através de seus descendentes e pedindo que coloque os símbolos da Paixão no brasão de Portugal.

 

Dom Afonso Henriques tinha uma grande e entranhada devoção ao Arcanjo São Miguel. Antes do rei haver tido a visão de Nosso Senhor, apareceu-lhe um Embaixador angélico, dizendo-lhe: "Sois amado do Senhor, porque sem dúvida pôs sobre vós, e sobre vossa geração depois de vossos dias, os olhos de sua misericórdia, até a décima sexta descendência, na qual se diminuirá a sucessão, mas nela assim diminuída, Ele tornará a pôr os olhos e verá". Em seguida, declara o próprio rei: "Obedeci, e prostrado em terra, com muita reverência, venerei o embaixador e Quem o mandava. E como posto em oração, aguardava o som, na segunda vela da noite ouvi a campainha, e armado de espada e rodela saí fora dos reais, e subitamente vi à parte direita, contra o nascente, um raio resplandecente indo-se pouco a pouco clareando, cada hora se fazia maior. E pondo de propósito os olhos para aquela parte, vi de repente, no próprio raio, o sinal da Cruz, mais resplandecente que o sol, e um grupo grande de mancebos resplandecentes, os quais creio que seriam os santos anjos.." O santo rei, chorando maravilhado com a visão, vê finalmente Nosso Senhor, que lhe diz: "Não te apareci deste modo para acrescentar tua fé, mas para fortalecer teu coração neste conflito, e fundar os princípios do teu reino sobre pedra firme. Confia, Afonso, porque não só vencerás esta batalha mas todas as outras em que pelejares contra os inimigos da minha cruz. Acharás tua gente alegre e esforçada para a peleja, e te pedirá que entre na batalha com o título de rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto te pedirem lhes concede facilmente. Eu sou o fundador e destruidor dos reinos e impérios, e quero em ti e em teus descendentes fundar para Mim um império, por cujo meio seja Meu nome publicado entre nações mais estranhas. E para que teus descendentes conheçam Quem lhes dá o reino, comporás o escudo de tuas armas do preço com que Eu remi o género humano, e daquele por que Fui comprado pelos judeus, e ser-Me-á reino santificado, puro na fé e amado da minha piedade". Até os dias de hoje permanecem os estigmas da Paixão no escudo da grande nação portuguesa.

 

Um episódio demonstra quanto os homens que cercavam o rei Dom Afonso Henriques eram também de grande valor. O rei de Leão, Afonso VII, estava cercando as tropas de Afonso Henriques e a derrota deste parecia iminente. Egas Muniz, que fora educador de Afonso Henriques, vai até Afonso VII e empenha sua palavra de que seu antigo pupilo lhe prestaria obediência. Confiando na promessa do nobre português, o rei de Leão levanta o cerco. Como Dom Afonso Henriques não cumpriu a palavra, que aliás não dera, Egas Muniz vai até junto do rei de Leão, acompanhado da mulher e filhos, em traje de penitente, pedindo que o mesmo lhe castigue por não se ter cumprido o que prometera. E o castigo, Egas Moniz o sabia, poderia ser a pena de morte. Admirado com tal grandeza de alma, o rei manda de volta e em paz o fidalgo português.

 

Dom Afonso Henriques continua suas conquistas, principalmente contra os mouros. Em 1147 domina Santarém, que era um grande baluarte islâmico. Algum tempo depois, sob o comando pessoal de Al-Baraque, rei de Sevilha, Santarém é sitiada. O santo rei vê-se impotente para liderar a defesa dos cristãos pois estava ferido numa perna e sem poder montar a cavalo. Mesmo assim, arrisca-se e vai lutar pela defesa de seus homens em Santarém. Quando se encontrava no meio dos combates, Dom Afonso Henriques vê, junto de si, um braço levantado brandindo uma espada. Percebe claramente que um Anjo do Senhor estava a seu lado para protegê-lo.

 

Quando os combates estavam em sua fase mais renhida e sangrenta, o braço angélico começou a desferir mortais golpes contra os mouros, os quais fugiam aterrorizados e deixavam o campo de batalha à mercê dos soldados cristãos. Os próprios soldados agarenos, presos durante a batalha, confessaram ter visto o braço angélico armado com a espada a lhes deferir mortais golpes.

 

Como prova de gratidão por tão insigne favor divino, Dom Afonso Henriques fundou a Ordem militar com o nome de "São Miguel da Ala" (a palavra "ala" é aplicada no sentido de "levantada" ou "alada"), em honra daquela intervenção angélica. Seus descendentes estabeleceram o costume de colocar nos seus filhos os nomes dos três Arcanjos, São Miguel, São Gabriel e São Rafael, também em honra desta batalha.

 

Cresce a devoção ao Anjo de Portugal ao longo dos anos

 

A pedido do rei Dom Manuel e dos bispos portugueses, o Papa Leão X instituiu em 1504 a festa do «Anjo Custódio do Reino» cujo culto já era antigo em Portugal.

 

Oficializada a celebração tradicional, Dom Manuel expediu alvarás às Câmaras Municipais a determinar que essas festas em honra do Anjo da Guarda de Portugal fossem celebradas com a maior solenidade. Na referida festa deveriam participar as autoridades e instituições das cidades e vilas, além de todo o povo. Por determinação das Ordenações Manuelinas a festa do Anjo de Portugal era equiparada à festa do Corpo de Deus, já então a maior festa religiosa de Portugal, em que toda a nação afirma a sua Fé na presença real de Cristo na eucaristia.

 

Esta celebração manteve o seu esplendor durante os séculos XVI, XVII e XVIII, período em que Portugal mantinha grande poder e muita religiosidade, e decaiu no século XIX quando o país já estava em decadência.

 

De acordo com o testemunho dos Pastorinhos de Fátima, em 1915 e 1916 o Anjo de Portugal apareceu por diversas vezes a anunciar as aparições de Nossa Senhora nesta sua Terra de Santa Maria e deu aos Pastorinhos a comunhão com o «preciosíssimo corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo» como ele próprio declarou.

 

O culto do Anjo de Portugal teve o seu maior brilho nas cidades de Braga, Coimbra e Évora, especialmente na diocese de Braga, Sé primaz de Portugal, onde se celebrava a 9 de Julho.

 

No tempo de Pio XII a festa do Anjo de Portugal foi restaurada para todo o País e transladada para o dia 10 de Junho a fim de que o Dia de Portugal fosse também o Dia do Anjo de Portugal.

Nota: O que muitos desconhecem é o facto de Custódio significar protector e da Lenda de S. Jorge também fazer parte da História do Anjo Português. S. Miguel, S. Jorge são idênticos em diversos aspectos, daí o nosso povo antigamente ter cruzado ambas as histórias.

Hoje sabe-se que o nosso Anjo Custodio é o Arcanjo S. Miguel e também que o nosso padroeiro é o famoso Guerreiro S. Jorge...

 

In «Portugal misterioso»

 

Selecção de

 

 Pedro Aguiar Pinto

MENOS ESTADO, MELHOR ESTADO

 

Esta altura do ano é talvez aquela em que se fala mais de política, também talvez, porque a comemoração do 25 de Abril e a proximidade do 1º de Maio, a isso convidem.

 

Porém, o debate é, a maior parte das vezes, enviesado. Há questões que não se debatem, porque para muitos, que se sentem donos do Estado, se trata de conquistas civilizacionais irreversíveis. O resultado tem sido o aumento de peso do Estado e a sua intromissão em assuntos que não lhe dizem respeito e para os quais esta intervenção não tem hipóteses de ser adequada.

 

O resultado da omnipresença do Estado, para além de caro, como agora constatamos, é muitas vezes totalmente ininteligível. A intenção é seguramente boa, mas a inteligibilidade é uma pré-condição da verdade.

 

 Pedro Aguiar Pinto

S. JOÃO DE DEUS

 

A Ordem Hospitaleira de S. João de Deus foi fundada por João Cidade, nascido em Montemor-o-Novo por volta de 1495 e falecido em Granada em 1550.

 

João Cidade, mais tarde S. João de Deus, saiu de Portugal para Espanha aos oito anos para uma vida de aventura, tendo sido pastor em Oropesa, por duas vezes e outras tantas soldado: a primeira vez na guerra de Carlos V contra Francisco I de França e a segunda em Viena contra os turcos.

 

Após algum tempo a trabalhar nas muralhas de Ceuta em que se prodigalizou a socorrer uma família aristocrata ali exilada, foi livreiro ambulante no Sul de Espanha fixando-se com essa profissão em Granada, cerca de 1537.

 

Por volta do ano de 1538 converteu-se a uma vida cristã radical ao ouvir um sermão de S. João de Ávila. Abraçou, com muita emoção, comportamentos penitenciais que alguns interpretaram como loucura, levando-o a ser internado no Hospital Real de Granada, onde foi tratado com os métodos violentos da época.

 

A experiência de ver tratar tão mal os loucos do Hospital Real maturou o desejo de os vir a tratar com humanidade. Após peregrinação a Guadalupe, dedicou-se a assistir pobres e doentes sem abrigo. Contra todas as práticas da época, passou a assisti-los num pequeno hospital na R. Lucena, o qual, por se tornar pequeno para os 120 doentes e pobres, teve que mudar para outro edifício, em que pôde assistir 200 internados.

 

Eram hospitais não apenas para assistência mas para tratamentos. Tinham médico, boticário (farmacêutico), enfermeiros e capelães. O Hospital de S. João de Deus, por dispor deste corpo de profissionais, pela separação dos doentes por doenças e pela atribuição de uma cama por doente, é justamente considerado um hospital moderno.

 

Pelo êxito assistencial que ia ganhando forma na Andaluzia, foram-se agregando ao santo alguns companheiros de hábito, que formaram o núcleo fundador da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus. Esta teve a sua primeira aprovação em 1 de Janeiro de 1572 por Pio V como congregação. Sisto V, em 1 de Outubro de 1586, aprovou-a com o estatuto de Ordem Mendicante, apesar de ser formada por irmãos leigos.

Ainda no final do séc. XVI, os Hospitaleiros começaram rapidamente a difundir-se pelas cidades de Andaluzia chegando até Madrid.

S. João de Deus é proclamado, em 27 de Maio de 1886, em conjunto com S. Camilo de Lélis, patrono dos doentes e seus hospitais e, em 28 de Agosto de 1930, igualmente com S. Camilo de Lélis, patrono dos enfermeiros e suas associações.

 

A Ordem está hoje presente em 50 países dos cinco continentes, com cerca de 300 hospitais e obras assistenciais.

 

S. João de Deus, que a Igreja evoca a 8 de Março, foi beatificado em 1630 e canonizado em 1690.

 

Secretariado Nacional de Liturgia

TENNESSEE WILLIAMS

 

Tennessee Williams, autor de Um Eléctrico Chamado Desejo e Gata em Telhado de Zinco Quente, fazia parte de um grupo de 11 pessoas a quem foram atribuídos doutoramentos honoris causa nas cerimónias de graduação em Harvard em 1982. Entre os distinguidos estava a Madre Teresa de Calcutá, vencedora do Prémio Nobel da paz. Robert Kiely, actualmente professor jubilado de inglês e durante 26 anos, até 1999, superior da Adams House de Harvard, estava encarregue de acompanhar Williams durante as cerimónias académicas.

Na segunda parte das memórias dos seus anos como Master de Adams, recentemente publicadas pela revista online The Gold Coaster dos antigos alunos da casa, Robert Kiely revela este episódio que testemunhou:

 

«No jantar de gala para os homenageados na véspera das cerimónias de graduação, Williams (um homem baixo e tímido) estava nervoso e um pouco impressionado com a formalidade de Harvard, mas depois da sobremesa e de algum vinho, quando um grupo de estudantes entrou para cantar, ele sorriu e, mais descontraído, pegou na minha mão e na da senhora de idade que estava ao lado dele, dizendo (ao jeito de uma das suas personagens): “Apenas quero estar rodeado de belas pessoas”. Na manhã seguinte, quando fui ter com ele à Johnston Gate para o cortejo académico, parecia outra vez ansioso, porque vestia um casaco desportivo, não tinha traje académico e sentia-se deslocado em Harvard. Tentei sossegá-lo mas ele ficou ainda mais tenso quando nos disseram para entrar no Massachusetts Hall onde os homenageados assinariam um livro de honra. Dentro da sala de recepções, um verdadeiro rodopio de trajes vermelhos e gente “importante” em pé e a conversar, como se num cocktail académico. Pensei que Williams estaria a ponto de bater em retirada quando ele e eu vimos duas freiras muito pequenas (ignoradas por toda a gente) sentadas num sofá do outro lado da sala a rezar o Rosário. “Meu Deus!”, sussurrou Williams, agarrando o meu braço, “é a Madre Teresa!” Eu tinha feito parte da comissão dos graus honorários e sabia que ela viria, apesar de não ter estado presente no jantar. Tennesse (naquela fase já era “Tennessee” para mim) pediu-me: “Pode apresentar-nos?” Respondi-lhe que não a conhecia, mas “Sim, claro” isso é o que é suposto os Masters fazerem: apresentarem toda a gente a todos os outros. E assim atravessámos a multidão de cor crimson e eu – na mais insólita apresentação que jamais fiz – disse respeitosamente à minúscula e enrugada freira, “Madre Teresa, este é Tennessee Williams”. Ela ergueu o olhar amavelmente, obviamente sem fazer ideia de quem fosse Tennessee Williams. E então algo extraordinário aconteceu que eu tenho quase a certeza absoluta de que mais ninguém naquela sala se apercebeu. Tennessee caíu de joelhos e pôs a cabeça no colo dela. E ela acariciou a cabeça dele e abençoou-o. Depois disso e durante todo o resto do dia, ele resplandecia. Durante o cortejo, disse-me, “Agora sei por que vim a Harvard”.

 

E eu tenho para mim que isso foi um factor decisivo para ele deixar parte do seu espólio à Houghton Library»

 

 ROBERT KIELY

 

in The College Pump, Harvard Magazine, Jan-Fev 2013

 

Selecção do Professor Pedro Aguiar Pinto

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