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A bem da Nação

SINAIS DIVINOS?

 

 

Um chilrear conhecido acordou-me numa passada manhã de Abril do Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e treze. Eram sete horas. Abri a janela e o dia estava a entrar para mais uma passagem pelo planeta Terra. O Sol estava indeciso. Escondia-se, o cobardolas, por cima dos lençóis de nuvens negras que pareciam castelos fantasmagóricos, a ameaçar despejar mais umas toneladas de água destilada.

 

Desde o dia da anunciada Primavera que esta se mantinha no quarto do Inverno, sem pretender abrir a porta e cumprir a sua missão de aliviar os humanos dos rigores e incómodos do frio. Uma chata incumpridora esta Primavera...

 

Estava atrasada uns vinte dias, e os seus arautos, as ternurentas Andorinhas só nesta data me apareceram no regaço da janela, o que fazia suspeitar que a Primavera estava a começar a abrir a porta do quarto do Inverno, onde se tinha confortavelmente acomodado.

O gorjeio saltitante mantinha-se em catadupas vibrantes de afinadas notas musicais. A melodia entrou-me pelo coração dentro e deu-me, na altura, uma preguiça ainda maior do que a do Sol. Deitei-me outra vez e lembro-me, de repente, que as Ideias começaram a entrar-me num fluxo, em cascata buliçosa, pelas têmporas esquerda e direita, em som estereofónico um tudo-nada irritante.

 

Fiquei agitado!

 

Tenho sessenta e cinco anos, feitos em Janeiro. Desde então, tenho andado numa busca teimosa à procura do meu... meu não sei o quê. Não me sinto perdido, nem estou acometido de complicações psicológicas daquelas que nos inundam de dúvidas existenciais, originárias da pressão diária com que a Vida nos brinda. Estar stressado é o caminho inevitável para nos lançarmos pela via psiquiátrica e alagarmo-nos de sentimentos de frustração e angústia sofredora. O sofrimento dói.

 

Eu cá, porém, agora não tenho frustrações existenciais, ou melhor, tenho algumas e sou tomado por uma espécie de fúria, quando aprecio a vida económica, política e social do meu Portugal. Descarrego no papel e ganho a taça num jogo mais perigoso, de gato e rato, que, aliás, envolveu uma opção de Vida ou de Morte. A minha bomba falhou várias vezes, ao longo dos últimos anos, contudo, Aquele que é o Alvo da Conspiração que vos venho denunciar entendeu que não me queria, ainda, do outro lado.

 

Nesse dia não choveu!

 

Mas eu estava a falar do que sentia quando estava agitado e quando as Ideias, em cascata,invadiram as minhas têmporas sem pedirem licença. Sentia-me apenas cego, como a toupeira fora do buraco.

 

E só!

 

A solidão tinha tomado conta de mim, por opção minha, acompanhava-me, voluntariamente, porque eu queria.

 

Sentia-me só, mas não infeliz, nem triste.

 

Sentia-me a viver no ar, a pairar sobre qualquer coisa que eu não sabia definir, mas que existia, estava cá e pronto, apareceria quando lhe aprouvesse ou quando fosse a hora… Não me incomodavam muito estas sensações de inquietude e fui esperando.

 

De repente, aqueles sons melodiosos das andorinhas, de uma ternura e de uma beleza que poderei, por isso mesmo, nunca ter capacidade para reproduzir em palavras –são aqueles instantâneos maravilhosamente únicos -acordaram-me e dei por mim a pensar na Natureza, nas violações que esta sofre, motivadas pela ganância daqueles que não lhes interessa para onde caminham, nem para as consequências que outros sofrerão, desde que alimentem a sua (deles) fome de poder e de dinheiro, atropelando tudo e todos porque o Pai destes se demitiu de ser Pai e não lhes puxou as orelhas ou lhes negou um bom açoite no rabo, ainda macio, e ainda disponível para aguentar um correctivo em tempo útil, justo e saudável.

 

Quem pensa na Natureza pensa, obrigatoriamente, no seu Criador.

 

As coisas nascem porque alguém as faz. Nós, os humanos, também, somos criadores à nossa escala microscópica terrena. Se a Terra nasceu de um qualquer Big Bang, foi Deus, aborrecido por estar sozinho, quem fez o Big Bang. A minha preocupação não é religiosa, nem filosófica, nem científica.

 

É de Fé! O ser humano carece de Fé!

 

Acredito num ser superior a que chamo Deus que coitado, tem tantos nomes e tantos livros a falar D’Ele -chamados Sagrados -tantas linhas de pensamento designadas de Religiões que se preocupam com o umbigo delas e procuram apresentar provas da Sua Existência, afirmando osseus (delas) argumentos como fundamentos na Palavra quando a Palavra é só Uma e Una; e, a Verdade é Única.

Muitos duvidam da Verdade porque cada um aparece com a sua!

 

Mas sei,porque tenho consciência da minha humilde existência, que há um Ser Supremo que nos olha do Universo. A Matéria por si só não justifica a Vida. E a Vida, em Deus, não justifica que em nome d’Ele se cometam tantas atrocidades e crimes hediondos contra a Humanidade.

 

Deus já se cansou uma vez e mandou toneladas de água para cima dos teimosos obscenos, para lavar tudo isto e afogar a vergonha descaradamente instalada. Fez mal em não ter usado detergente com bastante lixivia e deixou cá umas larvas que repetiram, com requinte, todas as asneiras insidiosas do cardápio.

 

Somos Filhos da Madrugada, diz o Poeta!

 

Seremos, também, dotados de sentimentos desumanos. A Verdade é que Ele, arrependendo-se da catástrofe que infligiu, criou o Arco da Aliança para que nos recordássemos da Sua promessa de não voltar a irritar-se e a castigar-nos duramente.

 

Mandou sucessivos Profetas para alertar os humanos dos perigos de uma existência na impunidade criminosa e imoral, mas a Conspiração foi crescendo lentamente, disfarçada, subtil e eficaz, determinada, dia após dia, com eficiência cirúrgica.

 

Deus, na Sua Presença Espiritual Total e na Sua Ubiquidade vê, porém, não quererá ver tudo, porque está cansado. O Arco Iris da Aliança aparece cada vez menos e cada vez menos Deus aceita que é preciso intervir como Pai.

 

Um Pai não pode demitir-se de educaros Filhos, nem Deus, a não ser que queira arriscar-se ver nascer debaixo dos Seus Olhos uns energúmenos que não aceitam as regras de viver uma vida em comum com outros seres.

 

É claro que nos deixou o Livre Arbítrio!

 

Dizem-me, ao ouvido, vozes autorizadas dos auto intitulados Teólogos de Deus, de que Ele, de vez em quando, sussurra ao Vento e ao

Mar que faça uns estragos para alertar e castigar os humanos de que estão a ir por maus caminhos e não podem usar o nome d’Ele em vão. Como já dei a entender, nãoé esta a minhaactual Razão de inquietude e para a qual acordei nessa manhã, isto é, perder tempo com Filosofias arrastadas (já existem muitas) e preocupações que não têm eficácia alguma.

 

Outros já tiverem esse trabalho e não obtiveram resultados. Confundiram tudo e toda a gente com teorias fundamentadas numa verdade de que brotaram dissimulados ideais de fundamentalismos fanáticos e violentos.

 

Dizem-se os fiéis depositários do nome de Deus e os Supremos Guardiães da Verdade. Quem é Infiel merece morrer!

 

Gostava que exibissem, como prova documental, a Divina Procuração que Deus lhes passou para em nome d’Ele se cometerem tantas atrocidades.

 

Porém, do que as ternas Andorinhas me alertaram nesse dia, nos seus trinados, foi a da urgente necessidade de denunciar esta perigosa Conspiração Global para matar Deus e deixar o lugar vago ao Caos.

 

Esta perturbante visão a que alguns chamam o Apocalipse, ou seja, o Cataclismo Final, tenho Fé de que não aconteça. Eu não sou um Vidente mediúnico, nem vou citar profecias. Ele há por aí tantas e tantos...

 

Estou a falar-vos da Conspiração para matar Deus, nos nossos corações!

 

Da forma como esta tem evoluído ao longo da Vida. Vão chamar-me ímpio. Vão chamar-me isso porque o Supremo Divino é Imortal, não há pois possibilidade de o matar. E estes Teólogos inteligentes e conhecedores da Divina Palavra vão dizer-me o óbvio. Não se pode matar o Imortal. Mas eu vou esquecer o óbvio e afirmar-vos que o meu libelo acusatório não é teoria e tenho provas. Quem fala em nome de Deus que exiba a Divina Procuração. Provem-me de que podem falar e agir como agem, em Seu nome. Eu também sei que Deus é Imortal, mas também sei que está a morrer em nós, por falta de Fé. É isso mesmo. Deus existe em nós e morrerá se não tivermos Fé. E esta Morte tem vindo a ser preparada, friamente, há muito tempo, porque estamos a deixar de acreditar na Sua existência Divina.

 

A Humanidade faz e fez várias Guerras, cada vez a tecnologia é maior, as armas de destruição maciça cada vez com maior poder destrutivo.

 

Os Homens cada vez mais inconscientes e egoístas, obcecados com a fome de poder e com a ganância pelo dinheiro.

 

A Humanidade caminha para o abismo!

 

Uma Conspiração terrível.

 

E no entanto, creio, veementemente, que Deus se prepara para fazer uma regeneração da Humanidade para chegar ao coração humano sem produzir os estragos e a violência do Dilúvio.

 

Deus já enviou Jesus o seu Filho para ser sacrificado. Não obteve resultados. Continuou tudo na mesma.

 

Mas, recentemente, fez eleger um emissário que representa Jesus Cristo, Seu Filho, na Terra.

 

O Papa da simplicidade, da humildade e da pobreza… Um franciscano!

 

Acredito que, na sua Infinita Bondade, não o sujeite ao sacrifício de Seu Filho, lhe proporcione longa vida na Terra e tenha dado início à regeneração pacífica da Humanidade.

 

Foi-nos dado um Sinal Divino?

 

Agosto de 2013

 

 Luís Santiago

 

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