A MINHA FÉNIX
O meu texto nº 12 dos Lobos e Faunos (II Série) teve um comentário que me pareceu relevante por vir de um sector político que raramente frequenta o “A bem da Nação” e porque exprimiu opinião em termos que considero correctos. Por essas duas razões, entendi responder-lhe.
O COMENTÁRIO DE BERNARDO OLIVEIRA:
Depende de saber que Fénix queremos que voe. Quanto ao precipício de 2011, será que o senhor quer dizer que foi o governo anterior que o cavou? Pensar assim significa querer deitar poeira aos olhos das ovelhas e supor que a Fénix apenas pode ser aquela que leva na asa o estandarte da direita. Como se esta experiência em curso da direita não seja a maior desgraça que aconteceu até hoje ao nosso Portugal.
Bernardo Oliveira
A MINHA RESPOSTA:
A Fénix que quero que voe é a que entretanto pagou o que pediu emprestado assim se libertando dos mercados credores; que produz o que consome assim deixando de ser o escoadouro do que outros produzem e que nós pagamos com os dinheiros que eles próprios nos emprestam numa vertigem de dependência externa; que não vende mais cursos ditos superiores que para nada servem a não ser para definir um rumo certo em direcção ao desemprego; que passou a ter um perfil de instrução equiparável aos países mais desenvolvidos do mundo; que passou a ter uma homogénea distribuição da riqueza em resultado do mérito de todos e de cada um e não mais em resultado das esmolas públicas aos «desgraçadinhos»; que tem uma Segurança Social viável, um Serviço Nacional de Saúde sem gatunagem à mistura; uma Instrução Pública em que as escolas são financiadas pelo número de alunos aprovados em exames de Estado e auto-gerindo-se integralmente sem mais dependência do planeamento central ao estilo soviético actual.
A Fénix que quero que voe é a que tem orgulho em ser portuguesa; que respeita a vontade democrática dos seus esclarecidos cidadãos (e não súbditos); que exerce a sua plena soberania não mais ameaçada por demagogos.
E mais lhe digo que não penso que tenha sido só o Governo anterior a cavar o precipício de 2011 mas sim que os outros Governos já nos tinham posto à beira do precipício e esse último nos fez avançar um passo.
Serei de direita? Duvido!
Os meus cumprimentos.
Henrique Salles da Fonseca
CONVITE
É uma pena não ter ficado com o contacto internético de Bernardo Oliveira que me permita convidá-lo a desenvolver o diálogo. O convite fica aqui e se ele voltar a visitar-nos com o estilo que demonstrou saber usar, que avance pois será bem recebido.
Henrique Salles da Fonseca
