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A bem da Nação

OS BODES EXPIATÓRIOS DA SAÚDE

 Placa de trânsito que sinaliza pronto-socorro próximo

 

Depois da Índia, temos o maior número de Escolas Médicas do mundo, e, no entanto, uma Saúde Pública que chega às raias do caos. O governo finge que não sabe, e ignora as pesquisas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina que dizem que no país não há falta de médicos (média nacional, 2 para cada 1000 habitantes), o que há é uma má distribuição deles, pela falta de adequadas políticas públicas que atraiam e fixem o profissional nas áreas mais necessitadas. No entanto, o Ministério da Educação continua incentivando, através de projectos e apoios financeiros, a abertura de escolas médicas particulares, frequentemente desprovidas de infraestrutura física e humana capaz de prover uma formação profissional de qualidade.

 

Na Saúde Publica, o que se vê é uma política governamental que privilegia a quantidade momentânea, e deixa para um segundo tempo a qualidade profissional, que será submetida, sabidamente um dia, a medidas politiqueiras de avaliação, daqueles que se tornarão com o tempo os médicos bodes expiatórios das actuais más acções do governo...

 

Sem dúvida, deve ser mais barato e rápido abrir novas escolas (particulares) e contratar profissionais estrangeiros, que entram no país com CRM provisórios e sem avaliação e revalidação de diplomas, do que dar condições aos profissionais locais de exercer seu trabalho com dignidade e seriedade, em qualquer local do país. Certamente é mais fácil manipular um profissional contratado, que submeter um concursado, qualificado, promovido por planos de carreira e salários, independente da acção das mudanças políticas e humores daqueles que ocupam cargos de confiança. Porque será que o governo ignora que para se ter um país com um sistema de assistência à saúde eficaz, é preciso haver mais que escolas médicas, ambulatórios funcionais e centros de Pesquisas? A população também precisa de hospitais de base bem aparelhados, leitos em enfermarias e UTIs suficientes para atender demanda nacional, com gente qualificada, aparelhagem e material específicos. O país precisa de cidades com locais de atendimento com infraestrutura que garantam apoio ao profissional no atendimento e tratamento do paciente, e que permitam fixação do médico e sua família. Quem sabe então não melhore o número de médicos trabalhando para o governo, dando ao país o que a sua população merece e tem direito, um sistema de saúde publica decente.

 

 Maria Eduarda Fagundes

 

Uberaba, 21/03/13

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