PAZ
Dedos ágeis dedilham a viola
E das cordas saem longos trinados.
Na noite; notas, quais entes alados,
Fugindo do círculo da gaiola.
Cantam-me os astros o meu destino,
Traçado em estrelas cintilantes,
Arrebatadoras e fulgurantes,
Que me acompanham desde menino.
Sou um ser dum Poema ocasional.
Vivo num espaço intemporal,
Muito para lá do vasto além.
Rodeia-me o silêncio sagrado
Que gosto muito de sentir fechado.
Assim sou só eu, Deus e mais ninguém!
Sintra, 23 de Julho de 2012