A ESSÊNCIA DO PROGRESSO -6
Recorrendo aos elementos compilados no European Innovation Scoreboard 2002 refiro que em 1999 Portugal tinha no grupo etário dos 20<<29 anos 5,5 % de diplomados pós secundários em Ciências e Tecnologia enquanto no Japão havia 11,2%, nos EUA 8,1% e em Inglaterra havia o máximo europeu de 17,8%. Diz-se ali também que em 2000 a percentagem da população activa com diploma pós -secundário era em Portugal de 9,8% enquanto o Japão tinha 30,4%, os EUA 34,9% e o máximo europeu se verificou na Finlândia com 32,4%; que em 1999 o EPO (European Patent Office) registou 0,4 patentes de alta tecnologia por milhão de residentes em Portugal, 29,5 por igual número de americanos, 27,4 por milhão de japoneses e novamente um máximo europeu obtido na Finlândia com o assombroso número de 80,4 patentes por milhão de residentes.
Na perspectiva mais global da OCDE, vejamos qual a repartição em 2008 do grupo etário 25<<64 anos por nível máximo de educação formal:
Níveis
Básico Secundário Superior
PORTUGAL 54 31 15
Espanha 21 49 30
Suiça 3 60 37
França 12 51 37
EUA 4 55 41
Creio que basta de ilustração circunstancial para demonstrar tanta falta de ilustração nacional.
Assim, não me restam dúvidas de que só com a valorização sistemática dos recursos humanos se consegue alcançar o desenvolvimento económico e só se este existir é que se pode medir a competitividade. Enunciado este silogismo, colhe concluir
que a qualidade dos recursos humanos é a essência da competitividade.
Contudo, não me parece legítimo fazer o diagnóstico duma situação e não apontar terapêuticas.
(continua)
Henrique Salles da Fonseca