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A bem da Nação

HOMENAGEM SENTIDA

 (*)

 

Falámos, a minha amiga e eu, naquele capitão do partido socialista que olha triste e compostinho, numa vista à miss Piggy, pálpebras descaídas sobre umas pupilas que reflectem a compaixão pelo mundo – o mundo português, esmagado pela onda drástica de extirpações sem dó nem piedade nas finanças de cada um - e que deglute com verdadeiro prazer os seus próprios discursos exaltados contra tais
ignomínias, que uma próxima subida ao poder faria imediatamente esquecer, já de olho aceso.

 

A minha amiga, embora concorde com o discurso da exaltação anti-esburgadora, que é como quem diz esbulhadora, dos novos governantes, explicita preferencialmente a matreirice de quem fala para ganhar eleições e que por isso se assume como o salvador da nação, mastigando os discursos da piedade e da condenação, a uma plateia que o vai escutando cremos que sem grande convicção.

 

Seguro é mais um menino, bem vestidinho e aprumado. E triste, naturalmente. Não que lhe falte o alimento a ele, mas sofre por todos aqueles a quem o alimento falta. Sobretudo se por culpa de um Governo tão diabolicamente indiferente ao esmagamento do povo. Governo, é certo, assustado pela dimensão de uma dívida que, todavia, nem os sacrifícios impostos vão solucionar, por muito prolongados no tempo que forem. E Seguro sabe-o bem, mas olha triste, num olhar filtrante e compenetrado, enquanto expende os argumentos da exaltação contra a injustiça social que o demarcam do partido do Governo.

 

Mas há dias ouvi a um comentarista que, apesar da dureza das medidas governativas, as sondagens apontam para nova vitória dos partidos do Governo, e comentámos sobre o crescimento de um povo que, apesar dos discursos dos dirigentes políticos contrários, prefere o discurso honesto, embora duro, dos governantes, sentindo quanto se aplicam, nas suas tentativas de desemaranhar a teia, para lhe encontrar um fio condutor aceitável.

 

Já lá vai o tempo das largas multidões vociferantes. Embora manipuladas hoje pelos mesmos, ou outros idênticos, cabecilhas, que jogam preferencialmente na destruição e na confusão, num inegável espírito virtuoso de compaixão, não só aquelas reduziram de tamanho, como as suas vozes baixaram, dentro do esquema educado que o novo Governo criou.

 

Por isso nós nos congratulámos sentidamente ao prestarmos homenagem ao povo de que somos parte empenhada.

 

 Berta Brás

 

(*)http://www.google.pt/imgres?q=sondagem+eleitoral&um=1&hl=pt-PT&biw=1024&bih=735&tbm=isch&tbnid=3RCh8c_rc4nBgM:&imgrefurl=http://etcetal.blogs.sapo.pt/2011/05/&docid=KrEnuzakPMMGbM&imgurl=https://fotos.web.sapo.io/i/B7f062485/8459106_75h5R.jpeg&w=312&h=265&ei=yiLyTqWNF-H14QSQocnBAQ&zoom=1&iact=hc&vpx=408&vpy=313&dur=2853&hovh=207&hovw=244&tx=142&ty=106&sig=108364103958560163334&page=8&tbnh=159&tbnw=186&start=99&ndsp=13&ved=1t:429,r:2,s:99

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