“A BEM DA NAÇÃO” – 1
Pedido para que apresentasse o “A bem da Nação” a plateia menos habituada às lides internéticas, alinhavei algumas ideias que se referem ao estatuto editorial e, no limite, acabam por me localizar a mim próprio neste mundo difuso em que navegamos.
Publicar estas linhas no próprio blog não passa, pois, duma redundância mas não quero que os nossos mais recentes leitores nos antípodas se possam queixar de os não ter prevenido sobre o que podem encontrar nestas «páginas».
Assim, para quem chega de novo, começo por dizer que iniciei este blog em Janeiro de 2004, dias antes de me aposentar de facto, em 1 de Fevereiro. O servidor é o SAPO e não poderia ser qualquer outro, por este ser o único verdadeiramente português. E se eu pugno pelo bem da nossa Nação, mal seria que utilizasse um servidor de outra nacionalidade.
Salvando interrupções de cariz técnico (p. ex. inacessibilidade pontual à Internet, avaria do meu computador, etc.), todos os dias de calendário publico um texto. Mas também só publico um. Tenho com essa prática o objectivo de dar tempo ao leitor para digerir a mensagem. E se todos os dias de calendário tivermos um tema para reflexão, já não nos poderemos considerar em grande risco de anquilosamento...
Excepcionalmente, quando a fila de espera de textos a publicar já vai muito longa, então abro uns parênteses e publico dois textos diariamente. Mas essa é a excepção.
E que temas cabem no blog? Todos aqueles que nos ponham a meditar para o bem da nossa Nação.
Mas explico um pouco melhor: durante algum tempo escrevi quinzenalmente para o suplemento de economia do semanário “O Independente” e para a revista mensal “Economia pura” mas essas colaborações (graciosas, claro) chegaram ao fim por razões diversas e isso coincidiu – mais coisa, menos coisa – com a minha aposentação. Como, entretanto, eu andava muito enjoado com a vulgarizada maledicência sobre o meu país, decidi fazer algo que contrariasse esse pernicioso vício e em que se identificassem problemas importantes de que Portugal padecesse e se apresentassem soluções plausíveis, ou seja, não destrutivas e compatíveis com o modelo democrático ocidental. Comecei por republicar os textos que já havia publicado no semanário e na revista e comecei paulatinamente a convidar outras pessoas para me acompanharem na missão. O meu primeiro convidado foi o Dr. Palhinha Machado – meu vizinho na página ao lado no semanário “O Independente” – a que se seguiram outros Autores igualmente ilustres cujas mundividência, sensatez, sentidos ético e de Estado e perspectiva racional de futuro constroem o nosso timbre.
Que características mais abonatórias de uma publicação do que estas que acabo de referir? Não há! E, se há, não conheço e, como se vê, tenho passado bem sem elas.
E se os temas iniciais se referiam à economia e finanças portuguesas, cedo dei por mim a alargar o leque temático e a abrangência do conceito «nação» acolhendo todos aqueles que alguma vez na História e algures por esse mundo além tenham sigo governados por nós, Portugal.
Só para referir mais um detalhe da linha editorial: apresentar e debater ideias, referir factos para ilustração dessas ideias mas NUNCA discutir pessoas (sobretudo se vivas).
Posto isto, só falta agora explicar o nome do blog, “A bem da Nação”.
(continua)
Lisboa, Dezembro de 2011
Henrique Salles da Fonseca