CRISE!!!
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Palavra fantástica que desperta os nossos sentidos. Para uns sinónimo de problemas; para outros sinónimo de oportunidades.
Não é contudo verdade que há já uns bons anos que vivemos em crise? Ou será que alguma vez vivemos sem ela?
Somos arrastados, empurrados, abanados, como se de uma folha seca nos tratássemos. Quando um País, lá longe ou até mais perto, resolve divulgar os seus problemas nós, de brandos costumes, aceitamos ser arrastados, empurrados, abanados como se fossemos solidários com a sua dor.
A nossa Economia, os nossos Bancos, as nossas empresas sofrem com a crise dos outros... mesmo que existam garantias que em 5 anos tudo está seguro (como acontece agora com a Grécia). Continuamos amedrontados com esse espectro negativo que vai tudo dar para o torto... nem que seja daqui a 5 anos.
Quantas empresas estão de rastos, de acordo com as suas cotações em Bolsa? No entanto essa cotação depreciativa serve apenas para alguns poderem encher-se de acções a preço da chuva para daqui a uns meses as venderem por 4 ou 5 vezes mais... esquecem-se é dos particulares que infelizmente tiveram de as vender para alimentar as suas famílias. Essas empresas, supostamente falidas, continuam a dar cartas, a pagar ordenados, a contratar, os Bancos continuam a emprestar dinheiro,...... a vida continua!!!
Vamos pois viver amedrontados e retraídos durante este período de supostas incertezas? Será que a nossa Economia não pode tentar ser auto-suficiente com a nossa força?
Afinal Portugal, que já foi dono de metade do Planeta, pode viver em vez de sobreviver?
Basta de nos deixarmos diminuir e amedrontar por medos alheios; vamos ter que viver com o que temos. Vamos acreditar nas nossas empresas, nos nossos Bancos, em nós, Portugueses.
Se daqui a 5 anos a crise voltar vamos fazer como até agora – vamos p'rá frente, pois esse é o caminho.
Invistam, arrisquem, revitalizem a Economia. Depende de todos nós. Produzam riqueza, façam girar o capital, comprem imóveis, comprem acções, dêem trabalho, procurem trabalho e, quem sabe, provaremos que a crise é para os outros.
Brites de Sousa
Economista