RESTAURAR PORTUGAL
Caminhos para Sair da Crise
REFORÇAR A IDENTIDADE NACIONAL
1. A grave crise económica e ética que abala Portugal, (e outros países, pelo mundo a fora), precisa ser considerado, com certo repúdio a governos perdulários e entreguistas, que vêm inviabilizando as finanças e o civismo do país e inquietando a nação.
O país foi levado a uma constrangedora condição política, económica e social, por governos irresponsáveis e fracos, manchando a dignidade da Nação.
Temos de nos envergonhar de governos golpistas e não do país ou do povo, que deles são vítimas.
Portugal é um país de muita grandeza, que muitas pessoas das novas gerações desconhecem. A história do país real foi-lhes sonegada. A pequenez é de alguns cidadãos fracos e não do povo, que sofre as consequências.
Portugal é um país de grande projecção na história da humanidade. E um país pelo qual todo o globo se preocupa, porque todo o globo recebeu de sua presença alguns benefícios. Os portugueses têm grande responsabilidade por seu país diante dos outros povos que lhe querem bem. O que aqui se fizer ou deixar de fazer a muitos interessa. Mas interessa fundamentalmente aos 260 milhões de Lusófonos que vivem nos quatro cantos do mundo.
2. Durante mais de 35 anos, o país, com sua identidade épica, de quase 900 anos, vem sendo ocultado ao povo, na ânsia de
descaracterizá-lo e transformá-lo numa nação amorfa, manipulável, humilhando seu orgulho natural de uma nação sempre vitoriosa, de dimensões planetárias.
A história do país, há 35 anos vem sendo escamoteada. Os jovens perderam a visão conjuntural de seu país.
Dos muitos desafios com que o país se depara, referimos cinco que trazem outros: a baixa competitividade da produção económica do país; a baixa taxa de natalidade; a educação de baixa produtividade e os desperdícios de divisas; a perda de valores éticos e humanísticos. Estas são as armadilhas que precisamos superar.
Outros desafios decorrem da perda valores éticos e humanísticos:
A falta de alguns princípios que vão sendo esquecidos
O primado da honra e da honestidade, da generosidade e da alteridade, do valor do trabalho e da responsabilidade, da busca da competência e de melhorias contínuas, da convivência e dos valores espirituais, da solidariedade e da sustentabilidade ambiental, da educação séria e sólida.
3. Em meio a essa situação, precisamos recuperar o orgulho nacional, e superar a desilusão e a desconfiança geral, em má hora forjada, nos gabinetes golpistas ou despreparados. Depressão não é solução.
Precisamos recuperar o orgulho nacional, com a altivez natural, como convém. Recuperando a autoconfiança, virá a solução, que não é teórica; é prática.
O país está em crise de identidade, capitaneado por mentes medíocres e “apátridas”.
Frente a frente, com a crise e suas artimanhas, ainda pensamos com Tagore: “Mais vale acender um fósforo do que maldizer a escuridão”.
Devemos nos revoltar e reagir com veemência ao menosprezo, com que vêm, sendo tratados e levados ao esquecimento os
monumentais feitos heróicos da nação e seus heróis extraordinários, ao nível dos melhores que produziu a nossa humanidade. Mas, por outro lado, devemos compactuar alguns conceitos: reagir não é agredir, nem humilhar ninguém; devemos respeitar a dignidade de todos, como seres humanos, ainda que hajam com indignidade, em algumas circunstâncias. Só não podemos elogiar actos indignos,
mas lastimá-los e até repeli-los, quando ofensivos e ajudar a saná-los...
José J Peralta