LIBERDADE DE ESCOLHA
Gostaria de lembrar que "é ao povo que cabe a escolha" do Primeiro Ministro, mas não entre todos os cidadãos, como seria se em Portugal houvesse democracia.
O povo está limitado a escolher o PM apenas entre a meia dúzia de chefes de partido, o que, em qualquer país que raciocine é ditadura.
Bem gostaria que, em vez desta ditadura partidocrática que nos impuseram sem referendo, tivéssemos, para a Assembleia da República, eleições livres, como para o Presidente da República, as únicas democráticas.
Numa democracia os partidos têm toda a razão de existir como associações de cidadãos com o mesmo credo político, mas nunca como órgãos de poder e muito menos como órgãos de poder ditatorial.
Foi para haver democracia e eleições realmente livres - e não para isto - que se fez o 25 de Abril.
Miguel Mota
Publicado no “Diário de Noticias” de 19-11-2010