Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

A bem da Nação

O PARAÍSO TERREAL

 

 

Sem crise, crescimento vertiginoso, big cacique com 80% de aprovação, terra sem vulcões nem terramotos nem tsunamis nem furacões, a maior reserva natural do mundo, e a perspectiva de ser governado por uma terrorista, mentirosa e “metida a macho”, não é necessário dizer qual é esse país da felicidade terrena.

 

Mas... alguns números e opiniões de técnicos e especialistas são de fazer inveja a qualquer alienígena:

Um dos números curiosos é que o país tem o sistema telefónico via celular mais caro do mundo!

Com um custo 75% superior a Honduras o segundo mais caro, e 1.945% mais caro do que na Jamaica!

Outro equilíbrio interessante entre as várias regiões paradisíacas: o gás, de consumo caseiro e industrial custa, no Rio de Janeiro, mais 37% do que em São Paulo, a capital da indústria e da finança nacional!

Como o paraíso paga os juros mais altos do mundo, o que, como é evidente, atrai capital especulativo a curto prazo, e com isto, para pagar esses juros vai-se aumentando a famosa dívida interna. Dívida essa que passa dos 61% do PIB nacional. (Um bomba relógio). A UE limita esse endividamento a 60%! E a previsão é que a taxa básica ainda aumente mais 2% até ao fim do ano!

 

É o melhor paraíso: emprestando dinheiro ao governo a mais de 10% ao ano... se tiver alguma poupança amealhada não precisa trabalhar!

 

Segundo o jornalista Elio Gaspari este paraíso “é um dos países onde mais se trabalha para sustentar o governo que, por sua vez, melhor remunera seus gordos credores. De uma lista de 135 países, o Estado paradisíaco, que tanto arrecada, disputa com o Turquemenistão a menor taxa de investimento do mundo. Um dia, bomba relógio, o efeito Madoff vai bater-lhe à porta.

 

Para o eleitor ignorante anunciou-se e propalou-se aos sete ventos que o país finalmente pagara a dívida externa – leit motiv dos raivosos ataques da ex teórica esquerda – e que passou até a credor do FMI! Sensacional. Mas pagou como? Emitiu obrigações do Tesouro a cinco e dez anos, mundo afora, garantindo (?) pagamento de 6%, limpinhos, ao ano!

 

Além disso tem coisas que as minhas meninges não conseguem alcançar. Por exemplo: há dias fui comprar um medicamento. O atendente foi buscar a caixinha, passou no código de barras e eu li na tela do computador 49,75!!! Perguntei, pasmado: - 49 reais? – Não; isto é o desconto! – 49,75% de desconto é algo inimaginável, e assim mesmo as farmácias ganham brutalidades, porque finalmente o preço do medicamento ainda conseguiu ficar em mais do dobro do que nos EUA!

 

Mas também tem coisas “óptimas”: os medicamentos pagam, SÓ, 39% de impostos ao Estado!

 

Um automóvel produzido neste paraíso e exportado para a Argentina ou México é vendido nesses países por cerca de 30% menos do que na terra onde nasceu! A média geral de impostos que os felizes habitantes deste Éden pagam é de 36,5% do PIB. Quase o mesmo do que a Noruega onde a saúde, a educação, a investigação, a... deixa p´ra lá!

 

Diz o big cacique no meio dos seus inflamados e ridículos discursos: “O povo tem que pagar impostos altos para termos um Estado rico”! Fantástica esta noção economia! Esqueceu Sua Sabedoria que a economia não se faz de impostos, muito pelo contrário, mas fomentando a produção, criando infra-estruturas e postos de trabalho em vez de distribuição de esmolas eleitoreiras.

 

E ainda surgiu em Portugal – ó pobre país! – um movimento para levar o big cacique para secretário Geral da ONU! Santa ignorância ou malvada subserviência, agora que o Éden está a crescer, à REVELIA DO GOVERNO?

 

Acaba de cair da França um ministro que gastou, oficialmente doze mil euros em cigarros! Ou ele fumava muito, ou distribuía a convidados. Soube-se disso e o ministro... dançou.

 

Neste Paraíso a dança é outra. É a famosa dança da pizza, com distribuição de tanto dinheiro da roubalheira, que os “beneficiados” têm que transportar a grana escondida nas cuecas, nas meias, na carteira da deputeda, perdão, de-puta-da (o que é o mesmo!).

 

A nossa querida empresa monopolista petroleira tem um poderio financeiro incalculável e quase inesgotável. Precisa de conselheiros. Tudo amigalhaços: ministros, dirigentes sindicalistas e até a preposta candidata a substituir o big cacique. Como já têm ordenados – altos – do governo, vão ali buscar mais cinquenta mil dólares por mês para compensar a fadiga dos “conselhos”: reúnem-se uma vez por mês, quando... Uma ONG, e eu não gosto muito de ONGs, calculou, há pouco tempo que neste Paraíso se desviam (palavra simpática para dizer roubam) todos os anos mais de 100.000.000.000, isso mesmo, mais de cem biliões de dólares. O big cacique não vê, nem sabe de nada, os filhos e a camarilha ficam podres de ricos, os sindicatos são “abastecidos” com verbas do governo, criam-se milhares, centenas de milhares de cargos públicos altamente remunerados, e assim mesmo o país cresce. Só neste ano o big chefe encontrou lugar para mais 37.000 – isso, trinta e sete mil – comparsas que endividam mais o Estado em cerca de $ 2 biliões de reais por ano! Mas são mais 37.000 votos a favor! ~

 

Às vésperas das eleições Sua Indecência distribuiu mais meio bilhão de reais! COMO? 50% para o partido do governo e o que o apoia. Para o da oposição... 0,5% !

 

Aqui se desenvolveu o mais moderno sistema de urnas de votação. Electrónico! Foi um sucesso quando apareceu, mas NENHUM outro país do mundo comprou o sistema! Porquê? Basta alterar o programinha que os votos mudam de canal!!!

 

Assim mesmo o país cresce. Não admira. As entidades privadas sabem que este Paraíso é do tamanho de um continente, que tem milhões e milhões de hectares de terras agricultáveis, que é rica em minério e agora em petróleo, e, com governo ou sem ele, fazem “acontecer”. E o país cresce.

Até quando?

 

Rio de Janeiro, 5 de Julho de 2010

 

 

 Francisco Gomes de Amorim

1 comentário

Comentar post

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2006
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
  248. 2005
  249. J
  250. F
  251. M
  252. A
  253. M
  254. J
  255. J
  256. A
  257. S
  258. O
  259. N
  260. D
  261. 2004
  262. J
  263. F
  264. M
  265. A
  266. M
  267. J
  268. J
  269. A
  270. S
  271. O
  272. N
  273. D