DIREITA DIVIDIDA
A chamada direita, que não inclui o PS e o governo mais à direita de todos desde o 25 de Abril, anda completamente desorientada.
Cavaco Silva não cometeu os pretensos erros que alguns lhe atribuem, como o totalmente inútil e até prejudicial veto do diploma, para suplantar o qual a nossa pobre Constituição não exige os dois terços dos deputados, como seria num país normal.
Se essa chamada direita não votar nele (que não tem sido a força de bloqueio que outros foram e manteve a isenção e verdades exigidas pelo cargo) já devia saber que vai continuar a mandar quem tanto já fez força a puxar pelo país para baixo.
E não deve ser esquecido que isso já vinha sucedendo em grande antes da segunda metade de 2008, quando a crise internacional passou a ser desculpa para a continuação do afundamento de Portugal, que até já foi ultrapassado por Chipre e por Malta.
Miguel Mota
Publicado no Diário de Notícias de 29 de Junho de 2010
Nota – A negro o que foi suprimido pelo jornal. Em vez de "suplantar o qual" escreveram "cuja suplantação".