OS FAZEDORES DE COMUNISTAS
Pura loucura vermelha
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Não foi por acaso que o comunismo nasceu na Rússia dos czares. Num sistema com aspectos de feudalismo, com senhores riquíssimos, vivendo faustosamente e uma imensa plebe a viver em condições miseráveis, estavam criadas as condições para um movimento apoiado nas ideias de Karl Marx que se apresentava a prometer melhores condições a essa gente. Quem nada tem a perder está aberto a qualquer promessa que lhe façam de melhoria da sua infeliz situação.
Os factos têm demonstrado que é uma utopia a total igualdade entre os homens, numa verdadeira “sociedade sem classes”, como o Dr. Mário Soares apregoava (e tem sido visto na televisão) logo após o 25 de Abril, antes de virar à direita e meter o socialismo na gaveta. Mas desse extremo igualitário ao extremo de grande desequilíbrio social, com a maioria da população a viver com enormes dificuldades, há toda uma gama intermédia. Compreenderam bem isto os países escandinavos, particularmente a Suécia, a mais notável realização politica duma sociedade equilibrada, grande geradora de riqueza e com muito boa protecção social. E por esse facto, embora bem perto da União Soviética e mesmo durante o período em que o comunismo conseguia um certo número de aderentes, como em França, o partido comunista na Suécia era uma pequena minoria, sem peso na política do país. Que é que os comunistas podem prometer a uma população com um razoável ou mesmo bom nível de vida e uma elevada protecção social? Um país onde deixou de haver pobres e onde os de menos posses fazem inveja à classe média de muitos países é um modelo que bem podia ser adoptado. Portugal não foi capaz de compreender isso, o que ficou bem evidente na conversa em que, nos tempos do PREC, Otelo, orgulhosamente, disse a Olof Palme, então Primeiro Ministro da Suécia, que “em Portugal já acabámos com os ricos”. A resposta que recebeu foi que “na Suécia tinham acabado com os pobres”.
Infelizmente, muitos países não compreendem estes factos e mantêm ou, aumentam, um grande desequilíbrio social. Com esse sistema conseguem estimular o desenvolvimento de simpatizantes dos comunistas ou de grupos semelhantes, situação que tenderá a crescer à medida que o fosso entre ricos e pobres aumenta. Que é o que tem estado a acontecer em Portugal, até com governos que têm o descaramento de se dizer “socialistas” e “de esquerda”.
Miguel Mota
Publicado no «Linhas de Elvas» em 20-1-2006