Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

A bem da Nação

CURTINHAS Nº 77

 

PONTO DE ORDEM À MESA

 

 De cada vez que ouvir funcionários públicos, funcionários de empresas públicas, funcionários de empresas de capitais públicos, funcionários de fundações constituídas e alimentadas com dinheiros públicos, sindicalistas e outros que tais a gritarem que não podem ser eles, sempre os mesmos, a suportar a saída da crise, levantar-me-ei para dizer bem alto:

 

- Não me endividei para comprar o que não podia pagar;

- Não foi por minha causa que os Bancos se endividaram no exterior até à ponta dos cabelos;

- O Estado não me deu emprego (nem sequer a misericórdia de um trabalho);

- O Estado não me pagou salários;

- O Estado não me fez a atenção de uma prestação social (que também não requeri);

- O Estado não cuidou de mim (porque felizmente não estive doente);

- A Justiça não me inspira confiança;

- Se tivesse filhos em idade escolar, benzer-me-ia porque o Estado não me dá o direito de escolher a escola que melhor me pareça;

- Em suma, nada recebi do Estado (e também nada pedi) - e não terá sido por minha causa que o Estado se endividou para lá do razoável;

- E vou pagar esta crise, como todos os demais, com língua de palmo;

- E faço-o na esperança (ténue, muito ténue) de que os sacrifícios que me esperam tenham algum préstimo.

 

 Já agora, aproveitarei para esclarecer funcionários públicos, funcionários de empresas públicas, funcionários de empresas de capitais públicos, funcionários de fundações constituídas e alimentadas com dinheiros públicos, sindicalistas e outros que tais que quem tem pago crises e desvarios é, sempre e só, o contribuinte (onde eles também se incluem, naturalmente, na medida da carga fiscal que suportem).

 

 Aqueles de Vosselências que estejam na mesma situação que eu, façam o favor de se pronunciarem.

 

 A. Palhinha Machado

2 comentários

  • Sem imagem de perfil

    apmachado 06.04.2010 17:11

    Estou de acordo, embora pense que os partidos políticos têm também um papel a desempenhar, sempre que, através do debate interno, criem um segundo círculo democrático, mais apertado e mais intenso, como forma de contrabalançar a tendência para o caciquismo que invariavelmente acompanha o método de círculos uninomiais. Para mim, a Democracia (como p modelo de mercado) nao é caminho seguro para nenhum "óptimo social". É sim uma organizaçao da "polis" que nao faz da mudança um drama, ou uma tragédia. E, nessa medida, faz apelo â paciência, â tolerância - e â persistência. As 3 virtudes que a actual realidade exige.
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

    Mais sobre mim

    foto do autor

    Sigam-me

    Subscrever por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    Arquivo

    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2023
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2022
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2021
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2020
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2019
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2018
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2017
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2016
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2015
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2014
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2013
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2012
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2011
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2010
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2009
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2008
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2007
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2006
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2005
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D
    261. 2004
    262. J
    263. F
    264. M
    265. A
    266. M
    267. J
    268. J
    269. A
    270. S
    271. O
    272. N
    273. D