GENES PORTUGUESES
Genes portugueses são muito diversificados, indica estudo de Investigadora do Porto.
Os genes portugueses são muito diversificados e além das linhagens genéticas europeias, os portugueses têm genes vindos de África, de acordo com estudo publicado no livro “O Património Genético Português”, de Luísa Pereira e Filipa M. Ribeiro.
De acordo com Luísa Pereira, professora no Instituto de Patologia Molecular e uma das autoras, o livro debruça-se sobre as diferenças nos genes dos portugueses e não nas diferenças que se detectam a olho nu.
Como exemplo, é referida a região sul de Portugal, onde a população não é necessariamente mais escura, mas onde há mais incidência de genes africanos do que no resto do país.
Onze por cento da população do sul de Portugal, que são tipicamente portugueses, têm uma linhagem sub-sahariana, disse Luísa Pereira.
Para além das diferenças entre regiões, as autoras do livro focaram atenções em duas localidades: enquanto em Mértola, na região do Alentejo, sul do país, se prova que a prolongada presença de mouros deixou marcas genéticas fundas, vê-se que a comunidade cripto-judaica de Belmonte – no centro de Portugal e cidade onde nasceu Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil – teve origem em pouquíssimas mulheres.
"Quando estudámos essa comunidade (Belmonte), vimos que actualmente cerca de 96% dos indivíduos de Belmonte partilham a mesma linhagem materna", disse Luísa Pereira.
Os descobrimentos portugueses também tiveram impacto nos genes de outros povos, sendo que aqui o que se observa é que quem espalhou os genes nacionais foram os homens.
Segundo Luísa Pereira, Cabo Verde tem uma elevada percentagem de linhagens paternas europeias que vão decrescendo para São Tomé, Angola e Moçambique.
A investigadora sublinha ainda que Espanha, apesar de ter tido escravos africanos, não é tão influenciada geneticamente por eles como Portugal.
Os genes portugueses são muito diversificados e além das linhagens genéticas europeias, os portugueses têm genes vindos de África, de acordo com estudo publicado no livro “O Património Genético Português”, de Luísa Pereira e Filipa M. Ribeiro.
De acordo com Luísa Pereira, professora no Instituto de Patologia Molecular e uma das autoras, o livro debruça-se sobre as diferenças nos genes dos portugueses e não nas diferenças que se detectam a olho nu.
Como exemplo, é referida a região sul de Portugal, onde a população não é necessariamente mais escura, mas onde há mais incidência de genes africanos do que no resto do país.
Onze por cento da população do sul de Portugal, que são tipicamente portugueses, têm uma linhagem sub-sahariana, disse Luísa Pereira.
Para além das diferenças entre regiões, as autoras do livro focaram atenções em duas localidades: enquanto em Mértola, na região do Alentejo, sul do país, se prova que a prolongada presença de mouros deixou marcas genéticas fundas, vê-se que a comunidade cripto-judaica de Belmonte – no centro de Portugal e cidade onde nasceu Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil – teve origem em pouquíssimas mulheres.
"Quando estudámos essa comunidade (Belmonte), vimos que actualmente cerca de 96% dos indivíduos de Belmonte partilham a mesma linhagem materna", disse Luísa Pereira.
Os descobrimentos portugueses também tiveram impacto nos genes de outros povos, sendo que aqui o que se observa é que quem espalhou os genes nacionais foram os homens.
Segundo Luísa Pereira, Cabo Verde tem uma elevada percentagem de linhagens paternas europeias que vão decrescendo para São Tomé, Angola e Moçambique.
A investigadora sublinha ainda que Espanha, apesar de ter tido escravos africanos, não é tão influenciada geneticamente por eles como Portugal.
Montpellier, 29 de Outubro de 2009