Ainda Fernando Pessoa
Filho de uma açoriana da Ilha Terceira e de um português do Continente, o lisboeta Fernando Pessoa foi o maior poeta moderno da língua portuguesa. Lido e traduzido em numerosos países, é o mais discutido poeta português. Segundo o professor de Literatura da Língua Portuguesa da USP, Massaud Moisés, sua obra foi micro-filmada em mais de 130 rolos (27.500 páginas). Escreveu e assinou sob diversos heterônimos, foi muitos num só. Os embates entre seus personagens versavam basicamente sobre as idéias filosóficas e sociais. Sua obra MENSAGEM foi a única publicada ainda em vida do poeta. É um poema épico e otimista anunciando o Quinto Império de Portugal.
Foi o poeta mais retratado do século 20. Figura discreta, de chapéu, óculos, capa, cabisbaixo, vestia-se à moda da época. Solitário, nunca casou ou deixou filhos, ao que se saiba. Bebedor contumaz morreu aos 47 anos de problemas hepáticos na sua amada Lisboa.
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Ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”.
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”.
Fernando Pessoa
Maria Eduarda Fagundes
Uberaba, 25/06/09