CRÓNICA DA GALIZA
Fascismo espanhol manifesta-se em Santiago protegido pela polícia.
8 de Fevereiro de 2009.
Em Santiago de Compostela, uma manifestação a favor da supremacia do castelhano na Galiza, convocada em toda a Espanha, reúne 1500 pessoas (alguns jornais espanhóis elevam esta cifra a 4000). O protesto, para pedir a derrogação da legislação protectora da língua da Galiza, e exigir a segregação dos estudantes no ensino conforme à língua familiar (galega ou castelhana), foi contestado por cidadãos galegos (250, segundo fontes policiais), convocados por diversos colectivos cívicos e culturais, e o apoio do partido político independentista Nós-Unidade Popular.
Contingentes da polícia, deslocados para proteger o protesto dos espanhóis, dissolveram com brutais agressões os galegos que se manifestavam, simultaneamente, contra a aniquilação da sua língua. Informações da imprensa indicam que doze galegos, alguns dos quais militantes independentistas, foram espancados e levados à esquadra policial. Um deles ingressou de urgência num hospital.
Os manifestantes anti galegos, alguns vindos de Madrid ou o País Basco, mostraram numerosas bandeiras espanholas e reclamaram a defesa dos seus privilégios políticos com lemas como "Derecho a elegir" e "Libertad de elección". O protesto, convocado pela associação "Galicia Bilingue", foi apoiada pelos partidos políticos Falange Española, Partido Popular, Unión Progreso y Democracia, e outras entidades como "Asociación de Vítimas contra el terrorismo", "Asociación Por la Tolerancia de Cataluña", "Circulo Balear" ou "Plataforma para la Libertad de Elección Lingüística de País Vasco".
A Galiza, em que historicamente foi imposto o castelhano, com especial violência e repressão durante a ditadura do General Franco (1936-1975), com milhares de patriotas galegos fugidos, assassinados e desaparecidos, o galego é co-oficial com o castelhano desde 1980. Na teoria, é possível exercer este direito ao uso da língua da Galiza em todos os âmbitos sociais, mas, de facto, continua excluído em âmbitos essenciais, como a justiça, enquanto o castelhano goza de completa protecção. Esta desigualdade tem provocado a perda de 20% de utentes do português galego, só nos últimos 20 anos.
8 de Fevereiro de 2009.
Em Santiago de Compostela, uma manifestação a favor da supremacia do castelhano na Galiza, convocada em toda a Espanha, reúne 1500 pessoas (alguns jornais espanhóis elevam esta cifra a 4000). O protesto, para pedir a derrogação da legislação protectora da língua da Galiza, e exigir a segregação dos estudantes no ensino conforme à língua familiar (galega ou castelhana), foi contestado por cidadãos galegos (250, segundo fontes policiais), convocados por diversos colectivos cívicos e culturais, e o apoio do partido político independentista Nós-Unidade Popular.
Contingentes da polícia, deslocados para proteger o protesto dos espanhóis, dissolveram com brutais agressões os galegos que se manifestavam, simultaneamente, contra a aniquilação da sua língua. Informações da imprensa indicam que doze galegos, alguns dos quais militantes independentistas, foram espancados e levados à esquadra policial. Um deles ingressou de urgência num hospital.
Os manifestantes anti galegos, alguns vindos de Madrid ou o País Basco, mostraram numerosas bandeiras espanholas e reclamaram a defesa dos seus privilégios políticos com lemas como "Derecho a elegir" e "Libertad de elección". O protesto, convocado pela associação "Galicia Bilingue", foi apoiada pelos partidos políticos Falange Española, Partido Popular, Unión Progreso y Democracia, e outras entidades como "Asociación de Vítimas contra el terrorismo", "Asociación Por la Tolerancia de Cataluña", "Circulo Balear" ou "Plataforma para la Libertad de Elección Lingüística de País Vasco".
A Galiza, em que historicamente foi imposto o castelhano, com especial violência e repressão durante a ditadura do General Franco (1936-1975), com milhares de patriotas galegos fugidos, assassinados e desaparecidos, o galego é co-oficial com o castelhano desde 1980. Na teoria, é possível exercer este direito ao uso da língua da Galiza em todos os âmbitos sociais, mas, de facto, continua excluído em âmbitos essenciais, como a justiça, enquanto o castelhano goza de completa protecção. Esta desigualdade tem provocado a perda de 20% de utentes do português galego, só nos últimos 20 anos.
Para o ensino, a actual legislação, que desenvolve a "Lei de Normalización Linguística" aprovada unanimemente por todos os grupos do Parlamento Autónomo (Partido Socialista, Partido Popular e Bloco Nacionalista Galego), dita que deverá leccionar-se um 50% das matérias em galego, mantendo outro 50% das matérias em língua espanhola, que continua a usufruir, em muitos casos, os mesmos privilégios do regime da ditadura do General Franco. Há casos de escolas com a maior parte das aulas leccionadas em espanhol, em que só o galego é dado em galego, situação tolerada pela inspecção do ensino, conivente com as práticas castelhanizadoras, mas muito atenta a alguns casos de uso "excessivo" da língua da Galiza, na Galiza.
A manifestação anti galega de Santiago enquadra-se na pré campanha das eleições autonómicas. As sondagens publicadas em todos os meios indicam que se repetirá o governo de coligação entre o PSOE e o Bloque Nacionalista Galego (BNG). Ambas as formações políticas manifestaram o seu rejeitamento à convocatória anti galega, e confirmaram, com maior ou menor intensidade, o seu apoio à promoção do galego. Ao nível do PSOE espanhol, no governo de Madrid, o Secretário de Organização do PSOE, José Blanco, mostrou também o seu rejeitamento a essas atitudes, que vinculou com movimentos da extrema-direita espanhola.
Notícia redigida a partir das seguintes informações:
http://www.vieiros.com/
http://www.galizalivre.org/
http://www.anosaterra.org/
http://www.lavozdegalicia.es/portada/index.htm
http://www.elcorreogallego.es/
Notícia redigida a partir das seguintes informações:
http://www.vieiros.com/
http://www.galizalivre.org/
http://www.anosaterra.org/
http://www.lavozdegalicia.es/portada/index.htm
http://www.elcorreogallego.es/
