Um líder sul-americano
Pesquisas atuais colocam o Brasil como um dos piores em qualidade de ensino, situação não muito diferente de outros países da América do Sul, nomeadamente a Venezuela.
População com pouca instrução e pouca experiência na arte da cidadania é como um aprendiz que pode ser manipulado e mais facilmente ser introduzido em alguma ideologia O espírito obtuso tem menos entendimento e argumentos para questionar posicionamentos e atitudes político-sociais daqueles que se intitulam seus lideres. Enquanto as necessidades humanas se apresentam de uma maneira vital e repetitiva, o mundo caminha e evolui, à medida que essas necessidades são de alguma forma resolvidas.
Certos grupos humanos precisavam de lideres que os fizessem avançar, para o bem ou para o mal, para tirá-los do imobilismo. Quanto mais evoluído o grupo menos sujeito ficava ao líder, mais independentes e auto suficientes eram os seus componentes.
Recentemente na Venezuela surgiu uma figura caricata, populista, violenta que para se eleger e manter no poder usa o espetáculo e a deturpação de fatos e da história para influenciar a população mais carente. Suscetíveis e tocadas pelos discursos inflmados e nacionalistas, as pessoas, majoritariamente, pouco sapientes, aceitam cegamente as idéias e decisões daquele se declara seu líder, quiçá, um dia, com a permissão “camarada e amigável” dos outros governante, da América do Sul!
Hugo Chavez, copiando modelos como o de Lênin, vai se insinuando no cenário político sul americano. De uma forma arguta e inteligente, aproveita as falhas do regime capitalista dos governos vigentes, estimula o ódio e o acirramento dos ânimos contra aqueles que lhe afrontam. Na falta de uma visão mais ampla ou de alternativa, muitos aceitam suas afirmações e se deixam doutrinar nas ruas e nas escolas pela cartilha chavista, ministrada por profissionais acuados ou desiludidos com a política econômica mundial.
Quando se vê uma candidata (Sarah Palin) à vice-presidência dos Estados Unidos da América, a maior potencia do planeta, não saber que a América do Norte é mais que os Estados Unidos, que congrega também o Canadá e o México, e que a África não é um país e sim um continente, confesso, temo pela ameaça de retrocesso que o nosso continente possa ter sob a batuta esperta e oportunista do governante venezuelano, mesmo com o novo presidente eleito da América, Barack Obama, que apesar de vir das minorias, teve educação elitizada e sabe que apesar de suas idéias e valores não é um líder e sim o representante da vontade e dos interesses do povo norte-americano.
Maria Eduarda Fagundes
Uberaba, 10 de novembro de 2008.