CRÓNICA DO BRASIL
Hic... hic... hic...
Hic ipsum est:
Não é a primeira vez, nem deverá ser a última, que afirmo que
os meus conhecimentos de economia se resumem a uma
simplicidade de «tia Maria: Se gastas mais do que ganhas...
acabas entrando pelo cano!» Se alargarmos esta simplicidez
aos grandes chefões das economias mundiais, compreendemos
com extrema facilidade, o que se está a passar com os tais de
subprime, com um montão de bancos poderosos e com
algumas economias de países... sólidos.
Por aqui, sem se entender bem o que é isso de subprime e
estando os bancos a ganhar dinheiro como nunca aconteceu
em qualquer parte do mundo super capitalista, com juros que
atingem vários centos por cento ao ano, vê-se o governo a
arrecadar cada vez mais impostos enquanto se projecta para
2009 um défice crescente!
A «tia Maria» com o seu bigode mediterrâneo mal aparado, mas
não devendo um cêntimo nem ao padeiro, diz-me claramente que
algo de errado se passa “nesta frente ocidental”!
Hic est difficultas:
Com o vigor próprio dos jovens coelhos na altura da reprodução,
o nosso governa-se espalha os seus tentáculos em todos os
sectores da vida do país (nota: isto não é uma nação!)
enchendo-os de apaniguados e assim dominando a res publica
e inflacionando os custos administrativos de forma para além
de absurda.
Um dos sistemas mais em voga, além da nomeação de quase
trinta mil postos de trabalho (trabalho?) na função pública, de
confiança, por nomeação e não concurso, e a tentativa de criar
um novo ministério através de uma Medida Provisória (só aqui
mesmo, né? na terra do samba!) o recurso à multa aos
automobilistas tornou-se um verdadeiro assalto! Só no Rio de
Janeiro são largas dezenas de milhares de multas...
DIARIAMENTE!
Hic est opinio mea:
Se... em política e governo não existe o «se», o que leva a
afirmar, que sem uma profunda reforma política, administrativa,
do judiciário e da segurança social, o tal cano por onde o Brasil
acabará por entrar terá que ser um “grande cano”!
Hic est veritas:
O que se passa é que ninguém quer fazer qualquer reforma
porque iria bagunçar os poderes estabelecidos, desagradar aos
eleitores, possivelmente sofrer um ligeiro acidente com uma
metralhadora de calibre anti-aéreo (daquelas que o narcotráfico
está a receber, roubadas do exército boliviano) ou até mesmo
um pequeno acidente com o aviãozinho aero-lula. Assim sendo,
até chegarmos à entrada do cano... tudo ficará como dantes no
quartel de Abrantes!
Hic porci ambulant:
Os porcos, os nojentos, políticos, aqueles que o SUPREMO
tribunal de IN-justiça permite que com ficha cadastral sujíssima
se candidatem eternamente, repetindo, os porcos continuam
per-ambulando e metendo o focinho e as mãos cada vez mais
fundo na nossa (nossa?) res!
Conclusão:
Hic est corruptíssima republica.
Rio de Janeiro, 29 de Agosto de 2008