O “NÃO” IRLANDÊS
Liffey Bank - a cloudy day
É uma vitória dos povos da União Europeia.
É um derrota dos que impediram os respectivos povos de se pronunciar, como em Portugal o governo de Sócrates, não cumprindo uma vez mais uma promessa feita e com o apoio activo do presidente Cavaco Silva.
O não irlandês junta-se ao não francês e ao não holandês pois, de facto, é o mesmo documento que está em causa.
O não irlandês testemunha a rejeição dos povos à institucionalidade que os poderes dominantes querem a todo o custo impor a toda a UE.
O não irlandês comprova o desencanto cada vez maior dos povos da Europa ante a UE que os governos pretendem impor.
De facto, quem pode concordar, por exemplo, com a medida que esses governos tomaram há apenas poucos dias de permitir que a semana de trabalho posssa ir até às 65 horas?
A reacção generalizada de governos e presidentes da UE apenas demonstra a sua mais do que duvidosa formação democrática. De facto, para eles parece que só são válidas e boas as decisões que forem como eles querem, em caso contrário dizem que não é de aceitar e que algo tem de ser feito.
Até quando vãos os povos da Europa aceitar ser governados por gente assim?
Brandão Gonçalves
Brandão Gonçalves