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A bem da Nação

PÁGINAS SIMPLES DE DOMINGO - 3

ERRATA

 

 

 

Nas Páginas Simples de Domingo-1 publicadas em 30 de Março de 2008 afirmei que era importante saber que foi “(…) naquela sala do castelo de Palmela, [que] o Rei D. João II apunhalou o Duque de Viseu (…)”

 

Ora, sem ter lido o que escrevi por não ser navegador na Internet, o meu amigo António Teixeira Homem referiu-me há dias que lera um trecho do cronista Rui de Pina específico a esse acontecimento e qual não foi o meu espanto quando fiquei a saber que o Duque de Viseu não foi assassinado onde muitos de nós julgamos mas sim em…

 

E seendo ElRey em Alcácer do Sal, sabendo o Duque, e os da conjuraçam, que avia de tornar por mar determinaram esperallo na praya, e ali ao sair dos batees ho matarem. Do qual perygo ordenado, ElRey foy per Dom Vasco logo avisado; pello qual mudou por isso a vynda por mar, e fez o caminho de Landeira por terra, bem acompanhado de boa gente de sua guarda, que por isso, e sem algum alvoroço, fingindo outro achaque, a mandou perceber; porque depois da morte do Duque de Bragança, sempre ElRey trouxe guarda de Câmara, e dos Ginetes, de que era Capitã Fernam Martyns Mazcarenhas, que nestes feytos, em que a vida e saúde d’ElRey e do Regno pendiam, sempre servio bem, continoada, e muy lealmente, e de quem ElRey entam mais confiava. Chegou ElRey a Setuvel sesta feira vinte e sete dias d’Agosto de mil quatrocentos oytenta e quatro; e ao outro dia Sábado mandou vyr o Duque de Viseu de Palmella onde pousava, e em se çarrando a nocte ho chamou a sua guardarroupa, que era nas casas que foram de Nuno da Cunha, em que entam ElRey pousava; onde ho Duque entrou de todo desacompanhado, e sem muitas palavras que precedessem, ElRey ho matou per sy aas punheladas… 

 

 

Como sería Setúbal no tempo de D. João II?

Portanto, ao contrário do que muitos de nós julgávamos, D. João II assassinou o Duque de Viseu, seu cunhado, em Setúbal nas casas que foram de Nuno da Cunha e não no Castelo de Palmela.

 

Quem seria aquele Dom Vasco que preveniu o Rei da existência da conjura? Como teve ele acesso à informação? Seria ele próprio um dos conjurados? Em Setúbal, onde se situarão as tais casas que foram de Nuno da Cunha?

 

Aqui ficam temas para investigação por quem pretenda desenvolver alguma tese.

 

Lisboa, Abril de 2008

 

Henrique Salles da Fonseca

 

 

BIBLIOGRAFIA: Rui de Pina, Chrónica de D. João II, Cap. XVIII, pág. 59 in Mendes dos Remédios, Joaquim – História da Literatura Portuguesa, 2ª edição, 1902, pág. 84 e seg. (por gentileza de António Teixeira Homem)

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