QUANTO VALE O DINHEIRO?
O dinheiro vale na razão directa da confiança que as pessoas nele depositam. Não é por acaso que se fala da moeda fiduciária.
Mas a confiança é a ponta do iceberg de tudo o que lhe subjaz, nomeadamente a estabilidade ou instabilidade social e política na zona monetária em apreço, a pujança ou debilidade da sua economia(a questão do VAB ou VAL), saldos das contas públicas e da Balança de Pagamentos, etc., etc. Por trás de uma moeda que se dá ao respeito está necessariamente uma boa governação e por trás de uma moeda fraca está, muito provavelmente, o desmando, a governança.
Nos tempos por que agora passamos só numismatas e «tesoureiros» desbancarizados se interessam pelo valor material do «vil metal» sendo que o comum dos mortais se guia pelo que ditam as Bolsas e diz a imprensa financeira. Esperemos que esta imprensa não veicule muitas «fake news» sob pena de regressarmos ao valor de um boi calculado por não sei quantas ovelhas. E para que quero eu todas essas mais bocas para alimentar?
Nota quase final – As desvalorizações discretas ou deslizantes são um disfarce para esconder a incapacidade política de introdução das medidas necessárias à defesa da competitividade da economia servida pela moeda aviltada. Sim, as desvalorizações por Decreto são inúteis pois não resolvem os problemas subjacentes como são prejudiciais ao traírem a confiança que alguém ainda depositasse nos políticos mandantes nessa moeda.
Assim se vê a diferença entre o Euro e o Dólar do Zimbabwe.
Confiança na Moeda? Não! Confiança ou falta dela nos políticos que mandam na Moeda.
Atenção Trump!
Novembro de 2025
Henrique Salles da Fonseca
