Vasco Maria Eugénio de Almeida, Engenheiro Agrónomo, Socialmente reconhecido como «Conde de Vil’Alva», casado com Maria Teresa Belo Eugénio de Almeida socialmente reconhecida como «Condessa de Vil’Alva», eram proprietários de vasto património rural e urbano e não tinham herdeiros em 1º grau;
Decidiram constituir a «Fundação Eugénio de Almeida» com o objectivo principal de reinstalar os estudos superiores em Évora – e assim feito com o ISESE – Instituto Superior Económico e Social de Évora, assim ressurgiu a Universidade.
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Sem demérito para os demais objectivos da Fundação, o regresso dos «Altos Estudos» `a cidade constituía o principal instrumento para o desenvolvimento intrínseco daquela região de Portugal. O verdadeiro desenvolvimento endógeno é humano; ocupação de mão-de-obra é «política esmoler».
«Se um pobre te pedir um peixe, ensina-o a pescar».
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Como dizia o poeta, «falta cumprir Portugal»: onde persiste o analfabetismo, onde a maior parte da população em idade activa não cumpre com o ensino obrigatório, onde continuam a ser poucos os que têm alguma formação pós-secundária.
Os Condes de Vil’Alva, foram compassivos, voluntariosos e generosos mas nós, os seus beneficiários, aguardamos egoisticamente a consumir oxigénio à espera que «a da foice» nos venha buscar.
Assim, para não bulir muito com a passividade instalada, sugiro criação (mesmo que apenas informalmente) do círculo cultural Condes de Vil’alva não apenas para honrarmos a sua memória mas sobretudo para tentarmos dar algum seguimento à sua obra de valorização humana.
Hoje, pouco depois da alvorada, no topo da duna, recordei a ideia de que filósofo é pensador erudito e que pensador popular é sábio. A diferença está em que filósofo explica e sábio é axiomático. Na edição que conheço, a «Crítica da Razão Pura» de Kant tem cerca de 1ooo páginas e o António Aleixo é conclusivo logo no início da primeira página d’ «Este livro que vos deixo».
E mais me lembrei do Imperativo Categórico pelo qual Kant definiu a lei moral segundo a qual todos nós devemos nos comportar de modo que as nossas atitudes possam constituir regra universal em prol do bem da Humanidade.
Concluo que o Imperativo Categórico é a Laicização e globalização da fé luterana segundo a qual a salvação se consegue pelo trabalho em prol do bem-comum da sociedade a que cada um pertença.
Já o Imperativo Hipotético determina que, perante um determinado objectivo, a pessoa tudo deve fazer para alcançar esse desiderato. Stalin, Hitler, Putin devem ter gostado/gosta deste «mandamento». É que os fins não justificam todos os meios.
As taxações sobre as importações têm como efeito imediato a subida dos preços no mercado doméstico do país importador. Este é, pois, «um verdadeiro tiro no pé». O outro efeito imediato é o do aumento das receitas públicas. Resta saber durante quanto tempo este aumento perdurará. Tudo depende da imprescindibilidade do bem importado e do efeito redutor da procura em resultado do aumento do respectivo preço. A elasticidade da relação entre imprescindibilidade e efeito redutor da procura é questão de caso-a-caso e, muito provavelmente, incompatível com a taxação «cega» de toda a Pauta Aduaneira. E anda avisada a UE não retaliando Trump com tarifas mas sim com barreiras não tarifárias de cariz tecnológico ou quiçá político.
. Estas barreiras, sendo específicas para determinados produtos, poderão ser bem mais radicais inviabilizando certas importações.
E não haverá por cá «Patriotas» da nossa própria raiz?