VIVE LA FRANCE!
Neste Dia Nacional de França e a propósito das eleições legislativas lá concluídas em 7 de Julho, recordo Haroun Tazief – francês de origem polaca, vulcanólogo que foi Ministro do Ambiente – a quem se atribui a frase «Quando a França treme, a Europa desmorona-se».
Deixando passar o exagero, meditemos um pouco sobre «o que é o francês actual».
Pois bem, creio que o francês actual, também ele fruto da História, é um libertário e, portanto, um insubmisso.
Contudo, este é o francês urbano que claramente contrasta com o francês rural que pode tender para o integrismo.
E aqui estão os dois extremos que apenas deixaram algum espaço para o «politicamente correcto».
Já terá sido essa característica libertária e insubmissa que produziu a Revolução Francesa; o integrismo poderá ter origem na ideia da pureza teológica de Bernardo de Claraval e na firme liderança cruzadista de JACHES MOLAY, tendo eventualmente Pierre Teilhard de Chardin SJ passado em vão pela tradição religiosa Francesa – tudo contra o Concílio Vaticano II.
Quanto aos «politicamente correctos» para quem a Europa é o refúgio da Humanidade, mesmo para aqueles que querem destruir essa derradeira tábua de salvação, ficam emparedados por radicais também eles idealistas de pragmatismo duvidoso.
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Segue-se a pergunta: - E o que é que tudo isto tem a ver connosco?
Respondo que – Nós somos uma versão moderada daquela caricatura, mas convém olharmo-nos por dentro, o que fica para um texto seguinte.
14 de Julho de 2024
Henrique Salles da Fonseca