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A bem da Nação

PELO TOQUE DA ALVORADA - 20

Hoje, ao cantar, o galo lembrou-me o boné co de Barcelos e a cultura popular. Mas, daí, generalizei pensando no que é a Cultura «tout court». Então, banindo particularidades e centrando-me na essência, concluí como de seguida deixo à consideração de quem me lê: Cultura é História e Filosofia é o motos do futuro; o resto são Superlatividades (religiões),  Ciências, Tecnologia e Diletâncias (ao que se chama Belas Artes incluindo a música, as danças, o teatro, …).

«PAZ» RUSSA

 

• Grande Guerra do Norte e Anexação da Estónia e da Letónia, 1700-1721

• Partilha da Polónia, 1772-1795

• Anexação da Crimeia, 1783

• Supressão da Polónia, 1794-1795

• Guerra Finlandesa e ocupação da Finlândia, 1808-1809

• Guerra Caucasiana e Genocídio dos Circassianos, 1817-1864

• Pogroms de 1821 (Império Russo) 

• Guerra Russo-Persa de 1826–1828 e A

anexação da Geórgia, Arménia e Azerbaijão

• Repressão da Polónia, 1830-1831

• Intervenção na Hungria, 1848-1849

• Guerra da Crimeia, 1853-1856

• Repressão da Polónia, 1863

• Pogroms de 1881–1884 (Império Russo)

• Pogroms anti-chineses do Amur (Império Russo), 1900  

• Pogroms de 1903–1906 (Império Russo)

• Guerra Soviético-Ucraniana, 1917-1921

• Deskulakização (Rússia Bolchevique e União Soviética), 1917-1933

• Terror Vermelho (Rússia Bolchevique), 1918-1922

• Intervenção na Guerra Civil da Finlândia, 1918

• Guerra Russo-Lituana, 1918-1919

• Guerra da Independência da Estónia, 1918-1920

• Guerra da Independência da Letónia, 1918-1920

• Guerra Polaco-Russa, 1919-1921

• Anexação da Íngria Finlandesa, 1919–1920

• Invasão e Ocupação do Azerbaijão, 1920##

• Invasão e ocupação da Arménia, 1920

• Invasão e ocupação da Geórgia, 1921

• Repressão da Karélia, 1921–1922

• Sistema do Gulag (União Soviética), 1923-1961

• Coletivização forçada (União Soviética), 1927-1940

• Deportação dos íngrios finlandeses (União Soviética), 1929-1944

• Holodomor (Ucrânia), 1932-1933

• Grande Terror (União Soviética), 1936-1938

• Invasão e ocupação soviética da Polónia, 1939-1941

• Guerra de Inverno (tentativa de invasão da Finlândia), 1939-1940

• Massacre de Katyn (União Soviética), 1940

• Ordens de pilhagem de artefactos culturais e infraestrutura industrial durante a ocupação soviética da Polónia e da Alemanha Oriental, (1940-1947)

• Ocupação da Bessarábia e Bucovina do Norte, 1940-1941

• Ocupação dos Países Bálticos, 1940-1941

• supressão da Insurgência da Tchetchénia, 1940-1944

• Deportações forçadas da Bessarábia e Bucovina do Norte, 1940-1951

• Guerra da Continuação (Segunda Guerra Soviético-Finlandesa), 1941-1944

• Massacre dos prisioneiros de guerra pelo NKVD (União Soviética), 1941

• Deportação dos Gregos Pônticos (União Soviética), 1942-1949

• Deportação dos Calmucos (União Soviética), 1943

• Operação Lentil (limpeza étnica da Tchetchénia e da Inguchétia), 1944

• Deportação dos Tártaros da Crimeia (União Soviética), 1944

• Deportação dos Turcos Mesquécios (União Soviética), 1944

• Deportação dos Bálcaros (União Soviética), 1944

• Transferência Forçada das Populações Alemãs (1944–1950)

• Massacres de civis durante o Cerco de Budapeste (Hungria), 1944-1945

• Ocupação da Roménia, 1944-1958

• Campanha de Violações de Mulheres (Polónia e Alemanha), 1945

• Caça ao Homem de Augustów (Polónia), 1945

• Bloqueio de Berlim (Alemanha Ocupada), 1948-1949

• Oposição ao Plano Marshall, 1948-1951

• Divisão da Alemanha, 1949-1990

• Organização da Greve Geral contra o governo da Áustria, 1950 

• Repressão de Berlim e Alemanha Oriental, 1953

• Massacre de 9 de Março (Geórgia), 1956

• Repressão dos Protestos de Poznan (Polónia), 1956

• Intervenção na Hungria, 1956

• Supressão dos Irmãos da Floresta (Países Bálticos), 1945–1956

• Muro de Berlim (Alemanha Oriental), 1961-1989

• Massacre de Novocherkassk (Rússia Soviética), 1962

• Repressão das Manifestações de Yerevan (Arménia), 1965

• Operação Danúbio (Invasão da Checoslováquia), 1968

• Repressão dos Protestos de Dezembro (Polónia), 1970 

• Repressão da Sublevação da Lituânia, 1972 

• Repressão dos Protestos de Junho (Polónia), 1976

• Repressão das Manifestações da Geórgia, 1978

• Invasão e Intervenção no Afeganistão, 1979-1989

• Lei Marcial na Polónia, 1981-1983

• Tragédia de 9 de Abril (Geórgia), 1989

• Tentativa de supressão da Revolução Romena, 1989

• Janeiro Negro (Azerbaijão), 1990

• Primeira Guerra da Tchetchénia, 1994-1996

• Segunda Guerra da Tchetchénia, 1999-2009

• Guerra do Daguestão, 1999

• Guerra Civil da Inguchétia, 2007-2015

• Invasão da Geórgia e Ocupação da Ossétia do Sul e da Abecásia, 2008-… 

• Anexação da Crimeia, 2014-…

• Intervenção em Donetsk e Lugansk (Ucrânia), 2014-…

• Invasão da Ucrânia, 2014 "

 

De governantes bélicos a Paz não tem qualquer valor, portanto os seus desejos de riqueza pessoal arrastam povos para a destruição, para assim 

poderem-se apropriar das riquezas criadas pelo povo! 

 

(Por gentileza do Coronel Manuel Neves Veloso)

 

«NAMASTÊ»

ou

O SENTIDO DA VIDA

Esqueçamos as transcendências e admitamos que a vida é só esta em que nos encontramos.

Então, que sentido faz tirar a vida seja a quem for? A resposta só pode ser uma: nenhum!

Não temos o direito de tirar aquilo que não demos. E, mesmo assim, também não temos o direito de tirar a vida a quem a demos, os nossos filhos porque, ao existirem, passaram a ter vida própria e deixaram de ser nossos, no sentido de que deles podemos dispor. E não podemos porque também isso seria contrário ao desígnio fundamental da preservação da espécie, à tranquilidade do ânimo de quem entretanto tem vida própria e sente.

Nem sequer é necessário apelar à semelhança com a imagem de Deus, basta ver que o ser criado sente e que esse sentimento tem que ser considerado supremo na escala da intimidade, da delicadeza íntima e da nossa compaixão para com o próximo, esse sobre que temos – ou não – o poder de vida ou de morte.

A morte faz parte da vida? Não! A morte é definitivamente um absurdo da vida.

Deixemos então viver e vivamos em compaixão, esse grande sentimento da vida.

Nesta dimensão física, a nossa atitude sublime é, pois, a compaixão para com os sentimentos do próximo. «A minha compaixão para os teus sentimentos», «Namastê».

Março de 2022

Henrique Salles da Fonseca

POBRE LÍNGUA PORTUGUESA

O Acordo Ortográfico de 1990 – a que os preguiçosos se referem por AO90 -  contribui para abolir as ligações etimológicas da língua portuguesa e, portanto, as variantes cultas das palavras. Ao ver privilegiada a via fónica, a língua, ljtrlra significativamente erudita, transforma-se numa linguagem de boçalidade.

O português padrão (o que se fala e escreve em Portugal expurgado de regionalismos) está a transformar-se num estranho dialecto com determinações incompreensíveis que se afastam da etimologia e das restantes línguas latinas. Com a agravante de nem sequer haver qualquer uniformização com os outros países de língua portuguesa que ou não aplicam o dito Acordo ou do mesmo resulta que sigam regras diferentes, graças à pronúncia que utilizam.

Um bom exemplo disto resulta da tradução do livro da autora argentina María Gainza, que em espanhol se chama “El nervio óptico”, mas que em acordês se transforma em “O Nervo Ótico”. O problema é que sempre se utilizou na língua portuguesa a expressão “ótico” como relativa ao ouvido, reservando-se o termo “óptico” para a visão. Tal é o significado dos respectivos antecedentes gregos “otikos” e “optikos”. O Acordo Ortográfico de 1990 aboliu esta distinção essencial mas apenas no português padrão, o de Portugal, continuando a distinção a existir no português do Brasil. Puro absurdo.

E o mesmo sucede com outras palavras como “recepção” e “concepção”, que se conservam sem alterações na ortografia brasileira, mas que na portuguesa passam a “receção” e “conceção”, facilmente confundíveis com “recessão” e “concessão”. Qual a necessidade de abolir a grafia anterior se o que se consegue é criar uma ortografia que ainda mais se diferencia da dos outros países lusófonos?

Isto já para não falar da multiplicação dos erros de escrita que o Acordo Ortográfico de 1990 causou, com a absurda directriz de querer abolir as consoantes mudas, estando muita gente a abolir consoantes que continuam a pronunciar-se. É assim que já se viu aparecer erros como “fato”, “infeto”, “corruto”, que demonstram bem a falta de critério na abolição das consoantes pretensamente mudas.

Mais: a expressão culta “ruptura”, mais próxima do latim, foi transformada em “rutura”, esquecendo-se que já existia a variante popular “rotura”; fala-se em “ótico” para a visão, mas esquece-se que a medição da mesma continua a ser a “optometria”; e os egípcios, pelos vistos, passaram agora a viver no “Egito”, esquecendo-se que a palavra Egipto tem origem no deus Ptah que, tanto quanto se sabe, ainda não passou a Tah. Lastimável e, por tudo isto, denunciável.

 

Henrique Salles da Fonseca

(adaptação de texto apócrifo recebido por e-mail)

 

HEMOLIVRE

«Sem sangue», eis o significado quase óbvio para «hemolivre», palavra que ainda não consta dos dicionários e que não é sinónimo de «exangue».

Então, para desgosto do remanescente espírito feral que por aí possa vogar, imaginemos o espectáculo tauromáquico à portuguesa (sem a morte do toiro) totalmente hemolivre. Exacto, a lide tauromáquica sem «banderillas».

Do fim para o início, o espectáculo «à portuguesa» tem como objectivo a pega de caras pelos forcados. Para que a pega seja possível, é fundamental que o toiro invista bem direito (sem derrotes laterais) e com a cabeça baixa. Isto consegue-se com o trabalho do capote e com a lide a cavalo.

Então, deverá o toiro começar por ser «desenrolado» numa lide tão bilateral quanto necessário também para lhe endireitar a investida. Nesta lide poderão ter que ser utilizados 3 ou 4 cavalos. Depois de o toiro estar «desenrolado» e direito, segue-se a lide com capote para lhe baixar a cabeça e para afinar algum detalhe na rectitude da investida. Conclui-se com a pega de caras e com os aplausos entusiásticos do público por uma lide harmónica e «hemolivre».

A lide de cada toiro será assim mais demorada pelo que o curro de cada corrida não terá mais do que quatro toiros.

E assim se assegura a preservação da tauromaquia portuguesa, a de génese aristocrática.

Quanto à corrida espanhola, de origem popular, os matadores tinham que ir aos campos pela calada da noite, lidar e matar toiros para terem almoço e jantar para as respectivas famílias. Como as hienas.

Entretanto, quanto a nós, dancemos com toiros!

Março de 2022

Henrique Salles da Fonseca

EFEMÉRIDE CAMONEANA

A Sua Excelência a Ministra da Cultura

Na eventualidade de Vossa Excelência não ter sido atempadamente informada, comunico que a «Rede Camões na Ásia», constituída por estudiosos e investigadores da obra camoniana, se reuniu em Congresso no dia 12 de Março deste ano de 2022 em Jakarta com o intuito de celebrar o 450º aniversário da primeira edição d’«Os Lusíadas» e de lançar a respectiva tradução em indonésio.

Havendo quem defenda a tese de que Camões possa ter iniciado em Ternate a composição do nosso panegírico, compreende-se o interesse indonésio na celebração da obra, da efeméride e da respectiva tradução para a sua língua nacional.

E nós, Excelência?

Dando-se a provável eventualidade de a nossa sociedade civil estar atordoada com a pandemia e com a guerra da Rússia, compreende-se a falha na comemoração da efeméride mas, precisamente por isso, conta-se com a liderança de Vossa Excelência na necessária celebração.

Celebração cautelosa no que respeite à saúde pública, sem custos que agravem o défice das contas públicas mas, isso sim, com a solenidade que Camões merece.

E se deixámos passar a data em que «Os Lusíadas» saíram dos prelos de António Gonçalves, 12 de Marco de 1572, não deixemos escapar 2022 sem, pelo menos, uma Sessão Solene na Biblioteca Nacional e a deposição de coroa de flores junto ao túmulo do poeta. E que tudo decorra sob a égide de Sua Excelência o Presidente da República.

A bem dos Valores Nacionais,

Henrique Salles da Fonseca

UCRÂNIA - 5

A tenacidade demonstrada pelos ucranianos na defesa do seu País contra a Invasão russa destrói por completo os argumentos de que a Ucrânia faz parte da Rússia - argumentação historicamente caduca, etnicamente falsa e politicamente aberrante. Os factos demonstram-no.

Como alguém disse numa TV, «Putin poderá ganhar a guerra mas perderá a paz». E é para que os problemas militares possam ser resolvidos que nós, os outros europeus, temos o dever de proporcionar aos refugiados ucranianos (velhos, mulheres e crianças, quer saudáveis quer doentes) as melhores condições de vida. Até para que os combatentes saibam que as famílias estão a recato.

Pelas notícias, constatamos que a nossa sociedade (pública e privada) se aplica com entusiasmo em iniciativas de acolhimento. Aliás, outro procedimento não seria expectável.

Do que os refugiados necessitam imediatamente é da recuperação emocional e física mas logo de seguida necessitarão de arranjar um modo «normal» de vida pois ninguém sabe por quanto tempo cá ficarão.

Nesta incerteza, lanço duas sugestões:

  • A instituição da «Escola Luso-Ucraniana»;
  • A instituição do «Hospital Luso-Ucraniano» onde médicos ucranianos possam exercer enquanto não aprendem português (e, daí, não serem membros da nossa Ordem dos Médicos).

Em situações normais, iniciativas deste género seriam bilaterais dos Estados envolvidos, mas com a situação por que actualmente o Estado Ucraniano atravessa, a iniciativa só poderá ser unilateral, do Estado Português.

Ficam as sugestões na certeza, porém, de que há muitas matérias por definir, a começar por «onde», «como», «com quem», «para quem»… e se ficarmos à espera que a nossa Administração Pública decida avançar com soluções, mais valerá que nos sentemos. Acho bem melhor que apareçam particulares que se constituam em grupos luso-ucranianos (um grupo para cada iniciativa) de estudo, promoção e pressão que «levem as respectivas cartas a Garcia».

Quem se oferece?

Março de 2022

Henrique Salles da Fonseca

UCRÂNIA - 4

Diz-se que «há males que vêm por bem» ou que «por bem fazer, mal haver».

Eis como a militância feminina no esforço desenvolvimentista conduziu à redução do número de filhos por casal, fenómeno este que, em paralelo com o significativo aumento da esperança média de vida, conduziu ao envelhecimento da nossa pirâmide etária. Assim se fez perigar a viabilidade financeira do sistema da segurança social.  Tudo, apesar da redução drástica da mortalidade infantil. E assim é que a conjugação de três ou quatro factores muito positivos nos conduzem para um grave problema, o da viabilidade do sistema que funciona em regime de solidariedade (os activos financiam as pensões dos aposentados) e não pela capitalização dos descontos (de cada um para si mesmo na futura aposentação).

Ou porque as políticas de incentivo da natalidade têm pecado por timidez ou porque deixou mesmo de haver condições para a constituição de famílias numerosas, a realidade é que nos encaminhamos para uma redução absoluta da população portuguesa, nomeadamente a residente em Portugal.

Face ao que duas alternativas se nos colocam: ou fazemos mais portugueses ou recorremos ao retorno dos nossos emigrantes e à imigração de estrangeiros.

O retorno de emigrantes é sentimentalmente reconfortante, a atracção de lusodescendentes com formação técnica ou superior poderá constituir factor de dinamização não só económica mas também social (quiçá genética) mas a imigração de estrangeiros culturalmente harmónicos connosco pode ser factor de grande desenvolvimento. O acolhimento de refugiados ucranianos (tantos quantos eles queiram) poderá ter um especial significado humanistico – Portugal, país de paz; acolhedora Nação Portuguesa.

No actual transe ucraniano, é do nosso (português) próprio interesse «fazer o bem olhando a quem».

Como?

Conversemos…

Henrique Salles da Fonseca

UCRÂNIA - 3

NOTA PRÉVIA

Sugiro enfaticamente a quem me lê que atente aos comentários ao texto anterior:

  • O Doutor Amândio Coelho Pereira, natural de Goa, é cardiologista (cirurgião cárdio-toráxico?) em Bombaim e, seguindo uma postura histórica indiana, aponta culpas à NATO e à UE. Pedindo-me que comente o seu comentário, refiro que a Ucrânia é ubérrima em recursos naturais e é um dos maiores fornecedores de cereais da UE; as suas Universidades contavam (até há uma semana) com significativa população estudantil estrangeira, nomeadamente indiana; foi o Governo Ucraniano presidido por Zelensky que pediu (repetidamente) a adesão da Ucrânia à NATO e à UE e não o contrário;
  • O meu colega (e camarada de armas em Moçambique) Carlos Traguelho traça-nos uma fundamentada recusa da legitimidade de qualquer afronta à soberania de todo e qualquer Estado reconhecido internacionalmente;
  • Isabel Pedroso, minha amiga desde a campanha militar moçambicana, traz-nos, lá do alto da sua enorme sabedoria, a questão de sabermos qual a atitude da NATO caso dois dos seus membros se envolvam nalguma bulha;
  • O Senhor Coronel Adriano Miranda Lima, sempre clarividente, chama a nossa atenção para o caracter extremamente letal que o exemplo das democracias liberais (mais do que as ogivas nucleares) representam para os regimes ditatoriais.

Mas estes apontamentos não substituem a leitura dos comentários a que se referem.

 

* * *

Se, nos primórdios desta disputa territorial da Rússia com a Ucrânia, Putin pudesse ter alguma razão histórica, deitou tudo a perder com os métodos que vem seguindo. Cada ruína (material ou humana) de estatuto civil constitui, neste século mais humanista do que todos os antecedentes, prova de crime de guerra. Não se trata de julgar factos antigos ao abrigo dos critérios actuais; trata-se, isso sim, de julgarmos actos presentes ao abrigo de critérios seus contemporâneos. E a culpa está amplamente documentada por toda a comunicação social livre. Mais: não me ocupo a acusar os executantes, apenas a culpar o mandante, Putin.

Não me atenho tão pouco a comentar o desenrolar dos acontecimentos pois não sou (nem pretendo ser) reporter de guerra e porque o que agora é verdade, dentro de minutos pode estar ultrapassado. Tento, se possível, meditar um pouco no meio do pandemónio.

Pergunta: - Quantos séculos tem a História russa?

Resposta: - Tantos quantos os das agressões aos povos circundantes.

Pergunta: - Durante quanto tempo viveram os russos em democracia?

Resposta: - Durante o efémero «banho de vodka» de Boris Yeltsin.

Conclusão: pobre povo russo.

Eis por que não acuso os executantes e apenas culpo o algoz Putin.

Pergunta: - E agora?

Resposta: - Três hipóteses: 1. Esmagamento militar russo da Ucrânia e início duma interminável guerra de guerrilha; 2. Golpe palaciano no Kremlin e substituição de Putin; 3. Terceira guerra mundial.

A ver… julgo que «a processão ainda vai no adro».

E Taiwan?

Henrique Salles da Fonseca

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