Em Janeiro de 2019, a Execução Orçamental revela que o saldo global das Administrações Públicas apresenta um valor de 1.542,1 milhões de euros, o que compara com 791,1 milhões de euros no período homólogo.
E DIGO EU QUE
Já vi bem pior do que isto mas se não fossem as cativações «centenárias», estaríamos bem «à pega» com o Orçamento que a Geringonça engendrou.
- Faz-me o favor de perguntar à tia onde está a pomada para a pele, o meu creme para o rosto. Diz-lhe, por favor, que é o antigo porque o novo não presta para nada. E saberás tu, por acaso, a enorme diferença que existe entre «O Redentor» na língua dos góis e o nosso «messias»? Para nós, messias é apenas alguém que foi ungido com óleo: todos os sacerdotes e reis da Bíblia são messias e em hebraico a palavra «messias» é uma palavra totalmente prosaica e de todos os dias, muito próxima da palavra «pomada» - ao contrário das línguas dos gentios nas quais «messias» é chamado «O Redentor» e «O Salvador».
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O tio era Yosef Klausner (1874-1958) - professor de História e Literatura na Universidade de Jerusalém, foi candidato (derrotado a favor de Chaim Weizmann) à presidência de Israel nas primeiras eleições pós-independência, principal redactor da Enciclopédia Hebraica.
O sobrinho era o escritor Amos Oz (1939-2018) de cuja autobiografia romanceada «Uma história de amor e trevas», transcrevi o breve trecho[1] acima.
Fevereiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca
[1] - Publicações D. Quixote, 1ª edição, Março de 2016, pág.82
Os cónios (em francês – Occitano; piemontês – Coni; italiano – Cuneo; Latim - Conii) eram os habitantes das actuais regiões do Algarve e Baixo Alentejo em data anterior ao séc. VIII a.C., até serem integrados na Província Romana da Lusitânia. Inicialmente foram aliados dos Romanos quando estes últimos pretendiam dominar a Península Ibérica.
A origem étnica dos cónios permanece uma incógnita. Para os defensores das teorias linguísticas actualmente aceites, a origem comum na Anatólia ou no Cáucaso das línguas europeias e indianas, ou seja, línguas indo-europeias, os cónios teriam uma origem celta, proto-celta, ou pré-céltica ibérica. Estas teorias, relativamente recentes, foram facilmente aceites, principalmente por aqueles que registavam qualquer ligação dos europeus a África. Antes da teoria da origem caucasiana, muitos europeus julgavam-se descendentes de Jafé, conforme escrito na Bíblia, no livro de Génesis 10:5. Cronistas da antiguidade greco-romana, enumeram mais de 40 tribos ibéricas, entre elas a tribo cónia, como sendo a dos descendentes de Jafé, terceiro filho de Noé e pai dos europeus.
O mapa estilizado "T e O" (de Guntherus Ziner, de 1472) faz alusão à Europa como o lar dos descendentes de Jafé, a África sendo dos de Cam (segundo filho de Noé) e a Ásia dos descendentes de Sem (primogénito de Noé).
FIM
Adaptação de texto recebido por e-mail, Autor não identificado
Em 1199, D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo. Este território era delimitado, de modo muito sumário, a norte pelo Rio Tejo e a sul detinha parte do território dos actuais concelhos de Nisa, Castelo de Vide e parte do território espanhol junto à actual fronteira.
Estas doações tinham como objectivo fixar moradores em zonas ermas e despovoadas e consequentemente defender o território. Os Templários edificaram uma fortaleza que os defendesse dos infiéis e sinalizava a posse desses territórios.
Nisa
Ao mesmo tempo, o monarca anuncia a vinda de colonos franceses que chegaram de forma faseada, sendo o último grupo destinado ao povoamento do território da Açafa. Instalaram-se junto das fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações, fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de origem. É neste sentido que surge possivelmente o de Nisa, ou seja, sendo os primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a sua “Nova Nice” ou, melhor dizendo, “Nisa a Nova” que encontramos nos documentos e quando surge o termo “Nisa a Velha”, este refere-se à sua antiga terra de origem, a Nice francesa.
Segundo alguns documentos, os ciganos estão em Portugal há cerca de 500 anos, tendo chegado à Europa vindos do Nordeste da Índia. Um movimento migratório feito através de longas caminhadas e que levou alguns grupos a ficar pelos países que estavam nas suas rotas de passagem. Esses movimentos originaram a apropriação de culturas e línguas diferentes, mas com raízes comuns. A história dos ciganos em Portugal nunca foi fácil.
Ciganos
O primeiro grupo que chegou a Portugal em meados do século XV terá causado alguma estranheza devido ao facto de ser um povo com uma língua estranha e que se vestia de forma exótica, com hábitos e culturas diferentes. Factores que tanto atraem o interesse da sociedade como a afastam - antigamente e na actualidade.
Embora seja um pormenor desconhecido pela maioria dos portugueses, a zona do vale do Sado foi povoada por escravos negros.
É frequente atribuir-se ao Marquês de Pombal a iniciativa de promover a fixação de populações negras no vale do Rio Sado mas não é verdade. Existem registos paroquiais e do Santo Ofício que referem a existência de uma elevada percentagem de negros e de mestiços em épocas muito anteriores a Pombal. Segundo tais registos, já no séc. XVI havia pessoas de cor negra vivendo nas terras de Alcácer.
Mulatos
No séc. XVI, muitos portugueses embarcavam nas naus, o que agravava ainda mais o défice demográfico existente. Terá também sido esta a razão por que, naquela época, os proprietários das férteis terras banhadas pelo Sado terão resolvido povoá-las com negros, comprados nos mercados de escravos; a outra razão por que optaram por negros foi a de essas pessoas já estarem de algum modo imunizadas contra as sezões (paludismo).
Os mulatos do Sado dos nossos dias são, portanto, descendentes desses antigos escravos negros.