Os Cempsos foram uma tribo que habitou o sudoeste da Península Ibérica na Antiguidade. Habitavam a região do Cinético, nome dado na Antiguidade ao Algarve (?) e faziam parte dos cinetes, motivo pelo qual, mais tarde, Avieno deu o nome de lugum cempsicum ao actual cabo Espichel. Os cempsos viveram na região conhecida como Cuneum Ager (“Campo Cónio”), sendo assim uma variante étnica dos cónios, talvez com fortes influências lígures ou célticas.
Cromeleque do Xerez
Estas hipóteses, no entanto, permanecem em aberto, na falta de qualquer indício significativo que permita elucidar melhor esta questão. Nicolae Densusianu, na sua obra Dacia Pré-histórica, localiza a tribo dos cempsos nas proximidades do Cănicea, numa aldeia da Roménia habitada nessa época pelos coniscos. Os cempsos terão fundado Sesimbra.
A passagem dos Sefes como força invasora pelas planícies do Alentejo encontra-se arqueologicamente documentada, seja pelo desaparecimento súbito e inexplicável de povoados na Serra de Huelva e nas duas margens do Guadiana (o povoado de Passo Alto, na margem direita do Chança, é um caso paradigmático), seja pela alteração do modelo de povoamento no Alentejo Central, com as populações abandonando as suas quintas na planície, sem preocupações defensivas e recuperando ou construindo grandes povoados fortificados no cimo dos montes como se pode comprovar nos povoados da Serra d’ Ossa.
Cromeleque dos Almendres
Fundam uma primeira cidade, Dipo, que sobrevive até à época romana e que muitos acreditam estar no subsolo de Évora Monte. E avançando para oeste e para noroeste fundam sucessivamente Beuipo (Alcácer do Sal), Olisipo (Lisboa) e Colipo (Leiria), avançando até às margens do Mondego. A terminação em “-ipo” das povoações que fundaram (os topónimos que o tempo não devorou), não nos ilude quanto à sua proveniência, pois a esmagadora maioria dos povoados em “-ipo” encontra-se a sul do Guadalquivir.
Os livros de História, quando mencionam os antepassados dos portugueses, fazem referência sobretudo aos Lusitanos, à presença Romana e aos Mouros. No entanto, os povos que deram origem aos portugueses estão longe de ser apenas esses.
Ainda antes dos Lusitanos, muitos povos habitaram o território que hoje corresponde a Portugal. Alguns desses povos não deixaram vestígios e tudo o que sabemos sobre eles provém da leitura das crónicas históricas dos gregos e dos romanos. É o caso, por exemplo, dos Estrimníos, dos Sefes ou dos Cempsos, cuja história apenas pode ser conhecida através das crónicas do escritor latino Avieno, no século IV.
Note-se ainda que muitos povos são catalogados como pertencendo a tribos celtas e falar de todos eles é uma tarefa complicada. Exemplo disso são os Tamagani, na zona de Chaves, ou os Gróvios, na zona do Minho. E há ainda algumas surpresas, como os escravos negros que foram usados para povoar a zona do Sado ou os Franceses que vieram povoar algumas partes do Alentejo no século XII.
São 17, os povos antepassados dos portugueses que deram origem à Nação que somos hoje.
Estrimnios
Os Estrimnios (em latim: Oestremni) são dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal. Oestremni significaria (povo do) extremo ocidente. Estendiam o seu território da Galiza até ao Algarve. Este povo de hábitos rudes dormia no chão, alimentava-se de carne de bode, de pão feito a partir de farinha de bolotas e praticava sacrifícios humanos durante os quais examinavam as vísceras das vítimas para predizer o futuro.
Castros
Vindos de leste, chegaram os Sefes, guiados pela sua deusa-serpente, Ofiusa. Estes eram menos numerosos que os Estrimnios. No entanto, os Estrímnios eram um povo de agricultores pacíficos e os Sefes, além de bons guerreiros, possuíam uma religião mais desenvolvida e quase exterminaram os Estrímnios, tendo sobrevivido apenas alguns povoados dispersos pelo território que antigamente dominavam.
A denúncia é internacional contra a limitação da liberdade de acção da Amnesty India por parte das Autoridades indianas.
Camuflada de nacionalismo, a proibição de as ONG’s operando na Índia se financiarem no estrangeiro e se deverem limitar aos financiamentos indianos. E como os financiamentos privados internos são extremamente escassos, a acção das ONG’s só se torna eficaz com o financiamento público. Então, todas aquelas que critiquem as Autoridades indianas, não recebem financiamento público e aproximam-se da extinção ou, pelo menos, da ineficácia.
Eis como o Governo Indiano castra muitas das vozes que se lhe opõem.
E por que é que se lhe opõem?
No caso da Amnesty India, porque denunciam os atropelos aos Direitos Humanos, prática muito mais vulgar na Índia do que a comunicação social deixa transparecer. Prática essa exercida tanto a nível das Autoridades centrais como das estaduais uma vez que tanto Delhi como muitos Estados da União são governados pelo mesmo Partido, esse para quem os Direitos Humanos parece terem que seguir um padrão que se molde aos interesses da nomenklatura no Poder.
Sim, em Portugal a Amnistia Internacional actua em total liberdade e também é por isso que eu prefiro ser cidadão duma pequena democracia que se constrói diariamente do que da «maior democracia do mundo» que se avilta a todo o momento.
Fevereiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca
(no Tamil Nadu, Maio de 2017)
Publicado também no «NIZ GOENKAR», Fevereiro de 2019
No final de 2018, face a 2017, o endividamento do Sector Não Financeiro diminuiu 0,7 mil milhões de euros (-0,1% VH), fruto de um acréscimo de 4,8 mil milhões de euros no Sector Público (1,5% VH) e de uma redução de 5,5 mil milhões de euros no Sector Privado (-1,4% VH).
E DIGO EU QUE
O Sector Privado está a «arrumar a casa» mas a bagunça pública continua apesar das cativações «centenárias».
Quando em 1938 Thomas Mann chegou aos Estados Unidos, fugindo ao nazismo, deu uma conferência de imprensa em que disse: «Onde eu estiver, está a cultura alemã».
Logo houve quem atribuísse esta frase a uma grande dose de arrogância e a simpatia com que foi recebido ficou claramente moldada pela impressão assim causada. Foi necessário esperar alguns anos para que essa frase fosse explicada pelo seu irmão mais velho, Henrique, quando nas suas memórias se refere ao episódio e o explica com a frase de Fausto: «Aquilo que de teus pais herdaste, merece-o para que o possuas».
Não fora, pois, arrogância mas sim um profundo sentido de responsabilidade que levara o escritor a identificar-se daquele modo com a sua própria cultura. O conhecimento do que outros fizeram antes de si já levara Hölderlin (1770 - 1843), o poeta atacado de mansa loucura, a afirmar que «Somos originais porque não sabemos nada».
Em 1518, Ulrich von Hütten (1488-1523), companheiro de Lutero, escrevia a um amigo que, embora fosse de origem nobre, não desejava sê-lo sem o merecer: «A nobreza de nascimento é puramente acidental e, por conseguinte, insignificante para mim. Procuro noutro local as fontes da nobreza e bebo dessa nascente. A verdadeira nobreza é a do espírito por via das artes, das humanidades e da filosofia que permitem à humanidade a descoberta e reivindicação da sua forma mais elevada de dignidade, aquela que faz distinguir a pessoa daquilo que também é: um animal.»
Ou seja, a nobreza conquista-se, não se adquire por via hereditária. Afinal, era isso que Mann significava quando chegou à América …
E o que é, então, a essência da cultura? É o conjunto das obras intemporais, as perenes, as que não passam de moda, as grandes obras humanistas, as que desenvolvem o pensamento especulativo. É a conjugação lógica de axiomas para a construção de novos silogismos e para a definição de doutrinas inovadoras. Eis o âmago da cultura, de uma qualquer cultura: o raciocínio especulativo, a independência relativamente à letra, a interpretação dessa mesma letra, a busca do significado. Quanto mais uma cultura se identificar com os valores humanistas e os promover, quanto mais convidar ao significado, mais elevada é essa cultura.
E o que é ser culto? Será saber muitas coisas? Não, isso é uma enciclopédia. O conhecimento dos factos não define a cultura mas apenas a dimensão do conhecimento. O culto é aquele que está aberto à nova interpretação, o que busca o significado.
E o que é ser educador? É «convidar os outros para o significado».
Eis ao que as elites devem andar: a transmitir o significado das coisas;
eis ao que elas têm andado: a imprimir um cunho pessoal aos acontecimentos.
Portugal é constituído por um só Povo, que fala uma só Língua. Não está dividido por quaisquer conflitos étnicos ou religiosos. Não tem sequer nenhuma tradição de administração regional autárquica – a menos que alguém queira tomar como exemplo, ou termo de comparação, o poder arbitrário e quase absoluto exercido pelos senhores feudais sobre os camponeses, na Idade Média.
Eles, ali em baixo assinados, declararam solenemente cumprir com lealdade as funções que lhes foram confiadas.
A ver… dentro de meses, o veredicto será dos contribuintes eleitores.
Entretanto,
DIZ A DIRECÇÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO E DO EMPREGO PÚBLICO QUE
Em Dezembro de 2018, o emprego no sector das administrações públicas se situava em 683.469 postos de trabalho, revelando um aumento de 2,1% em termos homólogos (mais 14.190 postos de trabalho).
E DIGO EU QUE
Não há Contribuinte que possa suportar tamanha carga fiscal e que está mais do que na hora de desvincular o sistema de ensino.