Quem trabalha para além da superfície das coisas, embora possa enganar-se, limpa o caminho para os outros e pode até fazer com que os seus erros sirvam a causa da verdade.
Edmund Burke
In «Uma Investigação Filosófica Acerca da Origem das Nossas Ideias do Sublime e do Belo», ed. EDIÇÕES 70, Setembro de 2013, pág. 73
Esqueçamos as transcendências e admitamos (por absurdo) que a vida é só esta em que nos encontramos.
Então, que sentido faz tirar a vida seja a quem for? A resposta só pode ser uma: nenhum!
Não temos o direito de tirar aquilo que não demos. E, mesmo assim, também não temos o direito de tirar a vida a quem a demos, os nossos filhos. Porquê? Porque, ao existirem, passaram a ter vida própria e deixaram de ser nossos, no sentido de que deles podemos dispor. Não podemos! E não podemos porque também isso seria contrário ao desígnio fundamental da preservação da espécie, à tranquilidade do ânimo de quem entretanto tem vida própria e sente.
Nem sequer é necessário apelar à semelhança com a imagem de Deus, basta ver que o ser criado sente e que esse sentimento tem que ser considerado supremo na escala da intimidade, da delicadeza íntima e da nossa compaixão para com o próximo, esse sobre que temos – ou não – o poder de vida ou de morte.
A morte faz parte da vida? Não! A morte é definitivamente um absurdo.
Mas resta a convicção de que há uma outra dimensão para além da morte física. Todos queremos acreditar nisso e todos conhecemos exemplos que o provam.
Deixemos então viver e vivamos em compaixão, esse grande sentimento da vida.
Hoje, trato de duas ocorrências noutras dimensões que não nas tradicionais dos três eixos cartesianos mais a do tempo. E ambas na mesma família.
São eles irmãos, filhos, sobrinhos, netos, mulheres e maridos de quem eu gosto e tenho por amigos. Gente de fé, não beata.
A primeira história é rápida.
Um desses a que rotulo de marido (da mulher dele, está claro), quando criança, andava a certa altura muito murcho, com febres e febrinhas que não atavam nem desatavam com os antipiréticos habituais. Chamado o médico, foi o petiz auscultado demoradamente até que se concluiu que talvez fosse bom passar aos antibióticos, medicação então relativamente moderna. Mas a «coisa» não apresentava modos de cedência e chegaram mesmo a fazer-lhe umas chapas ao tórax. O diagnóstico concluiu por uma primo-infecção, esse vestíbulo da tuberculose. E o nosso «homem», cada vez mais tolhido pelas febres, tosses e tossicas… com a família a entrar em desespero. Ah! Os bifes de cavalo eram muito bons para dar forças a quem elas faltavam e o óleo de fígado de bacalhau tonificava o corpo esmorecido. Ah! Os antibióticos conjugados com os sinapismos também eram muito bons. Os quê? Os sinapismos! E o que era isso? Eram cataplasmas de mostarda que se aplicavam como revulsivo que ao irritar a pele se dizia que descongestionavam os órgãos e tecidos profundos subjacentes e, assim, contrariavam os processos inflamatórios.
E nada…
Foi já em desespero que o próprio médico assumiu que o cenário era francamente mau e que a sua ciência não lhe permitia mais fazer. Que fossem a Fátima orar.
E foram!
Rezaram com verdadeira fé pedindo que se salvasse o rapazito. Por lá ficaram um dia inteiro entre preces e lágrimas mas pela tardinha tiveram que regressar a Lisboa.
E nos dias seguintes o António deixou de tossir, a febre desapareceu e há dias fez 74 anos na companhia da mulher com quem é casado há uma porrada de anos e rodeado de filhos, noras e netos.
Haja saúde e continuemos…
A segunda história tem um final diferente.
O novelo de lã era cinzento, dizia miau e tinha patas brancas. E foi o enlevo da criançada. Fez-se um gatarrão mas não era muito de se deixar ficar calmamente em casa. Saltava da varanda do primeiro andar para cima de um telheiro e daí para o jardim. Desaparecia durante uns dias e voltava sempre arranhado e com fome. É claro que andara às gatas em bulha com os outros gatos das redondezas e que nem sequer tivera tempo de procurar comida. Quando voltava, deitava-se sobre o tapete do lado de fora da porta da casa dos donos, da sua casa, até que alguém o visse e lhe desse entrada. Recomposto, era só esperar uma semana e lá ia o «Tareco» às gatas suas amigas.
Até que um dia o dono adoeceu e se sentou com uma manta sobre os joelhos. E o «Tareco» passou a ficar em casa mais do que até então era habitual deitando-se no chão sobre a ponta da manta que por ali sobrava. Mas se ficava mais tempo em casa, as passeatas eram insubstituíveis e lá ia ele… Só que voltava com mais frequência, claramente para visitar o dono que ele sabia estar doente.
Até que um dia chegou junto do sofá vazio do dono. Logo percebeu que já não havia dono a quem pudesse fazer companhia, deu um grito de desespero, saltou e desapareceu janela fora como sempre fizera.
Passados dois dias, quem abriu a porta viu o «Tareco» deitado sobre o tapete do lado de fora da porta. Sim, tinha ido fazer companhia ao dono naquela outra dimensão.
«Vera fazia 30 anos este domingo. Foi o filho de cinco anos que encontrou o corpo.»
“Correio da Manhã”, 11 de Março de 2018
Sinceramente, acho que as facadas podiam ter sido dadas noutra região da amante e não seriam necessárias as tais vinte. Se fosse na carótida, bastaria uma em vez das vinte no fundão.
Nada disto tem graça, ao contrário do que possa parecer à primeira leitura. Eu limitei-me a ler o título, não li a notícia e ignoro todo o drama envolvente.
O primeiro problema com que nos deparamos não é o assassinato – com o que nada temos a ver – mas sim o «analfabetismo» do jornalista que redigiu a notícia. Pior ainda, a negligência do chefe desse tal «analfabeto» que deixou passar tal título.
É claro que a frase deveria ter sido escrita de modo bem diferente: «No Fundão, homem mata amante com vinte facadas».
Eis como o gozo não teria oportunidade de espreitar sobre o ombro de um drama real nem sobre a incompetência de quem comunica com o público.
Triste sociedade esta que está nas mãos de tal qualidade informativa.
O dr. Ruy D’Andrade montando o seu cavalo «Vulcano» em “piaffer” e seguido pelo seu galgo «Talego»
O Dr. Ruy d'Andrade foi o último Presidente da Câmara Municipal de Elvas no período monárquico. Como se compreende, tinha muitos conhecidos na região (a sua propriedade mais conhecida é «Font'Alva» onde ainda hoje vive o neto José Luís) e foi um desses conhecidos que o informou de que se preparava o assassinato do Rei D. Carlos aquando do desembarque em Lisboa daí a poucos dias.
O Dr. Ruy pôs-se de imediato a galope (neste cavalo???) de Elvas a Vila Viçosa para avisar o Rei do que acabara de saber e, uma vez chegado, foi ter com D. Carlos e transmitiu-lhe a informação. E o Rei, pondo-lhe uma mão num ombro, respondeu: - Oh Ruy! Já viste que bonito está o tempo?
Esta história foi-me contada pelo próprio Dr. Ruy que, comentando, reconheceu que o Rei lhe cortou a conversa como se já soubesse de tudo. O Dr. Ruy entendeu que o Rei se queria imolar. Porquê, para quê? Respostas que estão no túmulo de D. Carlos no Panteão Nacional.
As quotas de género que impõem uma determinada percentagem de mulheres nas listas disto e daquilo, nos corpos directivos e outras condições profissionais e políticas, são aviltantes por constituírem um atestado de menoridade à mulher.
A mulher acaba por ser nomeada para aqueles cargos sujeitos às tais quotas por ser mulher e não propriamente por ser competente para o exercício do cargo. E a dúvida persiste por mais competente que a mulher seja: está lá por ser competente ou por causa das quotas?
Uma vergonha para a dignidade feminina.
Daqui sugiro a quem exige igual dignidade aos dois sexos que promova o fim desse atestado de menoridade.
During the 1650s, over 100,000 Irish children aged 10 to 14 were taken from their parents and sold as slaves in the West Indies, Virginia and New England. In this decade, 52,000 Irish (mostly women and children) were sold to Barbados and Virginia. Still 30,000 Irish men and women were also transported and sold to the highest bidder. In 1656, Cromwell ordered that 2000 Irish children be taken to Jamaica and sold as slaves to English settlers. Many people today avoid calling the Irish slaves called what they really were: Slaves. They use words such as "indentured servants" to describe what happened to the Irish. However, in most cases from the 17th and 18th centuries, Irish slaves were nothing more than human cattle.
The Irish Slave Trade – The Forgotten “White” Slaves The Slaves That Time Forgot.
They came as slaves; vast human cargo transported on tall British ships bound for the Americas. They were shipped by the hundreds of thousands and included men, women, and even the youngest of children. Whenever they rebelled or even disobeyed an order, they were punished in the harshest ways. Slave owners would hang their human property by their hands and set their hands or feet on fire as one form of punishment.
They were burned alive and had their heads placed on pikes in the marketplace as a warning to other captives. We don’t really need to go through all of the gory details, do we? We know all too well the atrocities of the African slave trade. But, are we talking about African slavery? King James II and Charles I also led a continued effort to enslave the Irish. Britain’s famed Oliver Cromwell furthered this practice of dehumanizing one’s next door neighbor. The Irish slave trade began when James II sold 30,000 Irish prisoners as slaves to the New World. His Proclamation of 1625 required Irish political prisoners be sent overseas and sold to English settlers in the West Indies.
By the mid 1600s, the Irish were the main slaves sold to Antigua and Montserrat. At that time, 70% of the total population of Montserrat were Irish slaves. Ireland quickly became the biggest source of human livestock for English merchants. The majority of the early slaves to the New World were actually white. From 1641 to 1652, over 500,000 Irish were killed by the English and another 300,000 were sold as slaves. Ireland’s population fell from about 1,500,000 to 600,000 in one single decade. Families were ripped apart as the British did not allow Irish dads to take their wives and children with them across the Atlantic. This led to a helpless population of homeless women and children. Britain’s solution was to auction them off as well. During the 1650s, over 100,000 Irish children between the ages of 10 and 14 were taken from their parents and sold as slaves in the West Indies, Virginia and New England. In this decade, 52,000 Irish (mostly women and children) were sold to Barbados and Virginia. Another 30,000 Irish men and women were also transported and sold to the highest bidder. In 1656, Cromwell ordered that 2000 Irish children be taken to Jamaica and sold as slaves to English settlers. Many people today will avoid calling the Irish slaves what they truly were: Slaves. They’ll come up with terms like “Indentured Servants” to describe what occurred to the Irish.
However, in most cases from the 17th and 18th centuries, Irish slaves were nothing more than human cattle. As an example, the African slave trade was just beginning during this same period. It is well recorded that African slaves, not tainted with the stain of the hated Catholic theology and more expensive to purchase, were often treated far better than their Irish counterparts. African slaves were very expensive during the late 1600s (50 Sterling). Irish slaves came cheap (no more than 5 Sterling). If a planter whipped or branded or beat an Irish slave to death, it was never a crime. A death was a monetary setback, but far cheaper than killing a more expensive African.
The English masters quickly began breeding the Irish women for both their own personal pleasure and for greater profit. Children of slaves were themselves slaves, which increased the size of the master’s free workforce. Even if an Irish woman somehow obtained her freedom, her kids would remain slaves of her master. Thus, Irish moms, even with this new found emancipation, would seldom abandon their kids and would remain in servitude. In time, the English thought of a better way to use these women (in many cases, girls as young as 12) to increase their market share: The settlers began to breed Irish women and girls with African men to produce slaves with a distinct complexion.
These new “mulatto” slaves brought a higher price than Irish livestock and, likewise, enabled the settlers to save money rather than purchase new African slaves. This practice of interbreeding Irish females with African men went on for several decades and was so widespread that, in 1681, legislation was passed “forbidding the practice of mating Irish slave women to African slave men for the purpose of producing slaves for sale.” In short, it was stopped only because it interfered with the profits of a large slave transport company. England continued to ship tens of thousands of Irish slaves for more than a century. Records state that, after the 1798 Irish Rebellion, thousands of Irish slaves were sold to both America and Australia.
There were horrible abuses of both African and Irish captives. One British ship even dumped 1,302 slaves into the Atlantic Ocean so that the crew would have plenty of food to eat. There is little question that the Irish experienced the horrors of slavery as much (if not more in the 17th Century) as the Africans did. There is, also, very little question that those brown, tanned faces you witness in your travels to the West Indies are very likely a combination of African and Irish ancestry. In 1839, Britain finally decided on it’s own to end it’s participation in Satan’s highway to hell and stopped transporting slaves. While their decision did not stop pirates from doing what they desired, the new law slowly concluded THIS chapter of nightmarish Irish misery.
But, if anyone, black or white, believes that slavery was only an African experience, then they’ve got it completely wrong. Irish slavery is a subject worth remembering, not erasing from our memories. But, where has this ever been taught in our public (and PRIVATE) schools???? Where are stories of Irish Slavery in the history books? Why is it so seldom discussed? Do the memories of hundreds of thousands of Irish victims merit more than a mention from an unknown writer? Or is their story to be one that their English pirates intended: have the Irish story utterly and completely disappear as if it never happened. None of the Irish victims ever made it back to their homeland to describe their ordeal.
These are the lost slaves; the ones that time and biased history books-conveniently forgot-By John Martin
“Never doubt that a small group of thoughtful committed citizens can change the world. Indeed, it is the only thing that ever has.” —
Um dos factos mais intrigantes - e que melhor caracteriza a ineficiência da gestão dos fornecedores (e das tesourarias) no âmbito do SNS - é a regularidade (diria mesmo, a fatalidade) com que as estimativas da dívida vencida que servem de base às grandes operações de saneamento financeiro são, de imediato, ultrapassadas (amplamente ultrapassadas, até) no exacto momento em que tais operações são decididas. Como se o anúncio da decisão desencadeasse, de modo absolutamente inesperado, um surto de morbidade a reclamar cuidados hospitalares urgentes, extensos e anormalmente custosos.
Tem sido assim, já lá vão 30 anos. Os fornecedores a refilarem, os administradores hospitalares a queixarem-se, quando as dívidas acumuladas dos hospitais ultrapassam a fasquia dos € 500 milhões (100 milhões de contos, em tempos idos) – e o Governo a fazer-se desentendido. Os dias passam, a dívida inevitavelmente cresce, fornecedores e administradores tornam-se mais vocais, começam a falar das suas desgraças em público – e o Governo a jurar que são exageros, pois está tudo sob controlo. E, entretanto, a barreira dos € 1.0 mil milhões (200 milhões de contos, de antigamente) a aproximar-se… Até que, uma vez transposta tal barreira, quando a ruptura das tesourarias hospitalares está logo ali, ao virar da esquina, vem o Governo anunciar, ufano, que, com enorme sacrifício próprio, lá encontrou € 1.2 mil milhões para pôr a casa finalmente (e, nas entrelinhas, dá a entender que definitivamente) em ordem. Azar: as dívidas reclamadas já excedem largamente aquele montante (€ 1.5 mil milhões talvez não cheguem). Duplo azar: quando a verba se esgota, ficam sempre fornecedores a lamentarem-se que nada receberam. Como é isto possível?
A explicação é bem banal – e nada tem a ver com epidemias súbitas. Em todas as operações de saneamento que têm sido levadas a efeito desde os anos ’90 concorrem, sem excepção, duas circunstâncias:
Como os fornecimentos ao SNS são passíveis de IVA, e como o Estado que fica a dever a quem lhe fornece é o mesmo Estado que exige o pontual pagamento do IVA liquidado – a solução em que convêm hospitais e seus fornecedores (para que, uns continuem a dispôr dos medicamentos, fármacos e materiais de que necessitam, e os outros não fiquem expostos a insustentáveis pressões de tesouraria) é simples (e óbvia): fornecer sem facturar, para não haver lugar a liquidação do IVA e a eventual incumprimento fiscal. As facturas retidas, essas, surgirão à luz do dia logo que haja a certeza de que vão ser pagas daí a pouco.
Como alguns fornecimentos são essenciais à normal actividade hospitalar, fornecedores com maior poder negocial conseguem impôr, naqueles períodos em que se verifica algum desafogo financeiro, e à custa dos demais, a facturação antecipada, umas vezes paga no acto, outras garantida pela cativação de parte da verba a tanto custo orçamentada. Por isso, todas estas operações de saneamento financeiro têm sempre o mesmo epílogo: dívidas há muito vencidas que ficam por pagar.
Compreende-se que, ciente deste historial, o Ministro das Finanças queira pôr tudo em pratos limpos antes de libertar os € 500 milhões que destinou para pagamento de dívidas do SNS. Mas não é com auditorias que evita a repetição destes episódios - não é assim que evitará futuras recaídas.
O que tudo isto ilustra bem é que:
O SNS desconhece, em cada momento, qual o montante total das suas efectivas responsabilidades perante os fornecedores, o que o torna dificilmente governável, no plano financeiro;
O SNS ignora os prazos de pagamento habitualmente praticados por cada fornecedor, tal como ignora as razões que estão subjacentes a quaisquer disparidades de tratamento, por aqui e por ali;
Reside no própro SNS a causa da selecção adversa de fornecedores, e da consequente cartelização “de facto”, em benefício daqueles que disponham de maior capacidade financeira e em prejuízo do equilíbrio financeiro do sistema;
O SNS não dispõe, para efeitos de orçamentação e controlo, de um indicador coincidente (porque em tempo real) da actividade desenvolvida por cada estabelecimento hospitalar – precisamente, a evolução temporal das aquisições;
Nestas condições, a regular prestação de contas será sempre um exercício levado a efeito com bastante atraso relativamente aos actos de gestão que estejam a ser apreciados.Pague-se, então, o que for possível - que daqui a 2-3 anos teremos voltado ao mesmo.
No passado dia 15 de Novembro, na igreja catedral de Évora, sob a presidência do Cardeal Patriarca de Lisboa, realizaram-se exéquias solenes por alma do Senhor D. Manuel Trindade Salgueiro.
A presença do Eminentíssimo Cardeal de Lisboa e de muitos outros Prelados deu autêntico carácter nacional ao acontecimento.
Com a Sé repleta, foi celebrante D. Manuel Gonçalves Cerejeira, Venerando Cardeal Patriarca de Lisboa que teve como Presbítero assistente: Mons. Dr. José Filipe Mendeiros, Vigário Capitular; Diácono do sólio: Chantre dr. Jerónimo Alcântara Guerreiro; Subdiácono do sólio: Cónego Mons. João Luís de Carvalho; Diácono da Missa: Cónego dr. Henrique José Marques e Subdiácono, Cónego dr. Sebastião Martins dos Reis.
Ocupavam lugar na Capela-mor Suas Excelências Reverendíssimas os Senhores: D. Francisco maria da Silva, Arcebispo Primaz de Braga; D. Ernesto Sena de Oliveira, Arcebispo-Bispo Conde de Coimbra; D. Manuel Ferreira da Silva, Arcebispo de Cízico; D. Agostinho Lopes de Moura, Bispo de Portalegre e Castelo Branco; D. Policarpo da Costa Vaz, Bispo da Guarda; D. Manuel de Jesus Pereira, Bispo de Bragança e Miranda; D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo de Aveiro; D. José Pedro da Silva, Bispo de Viseu; D. Eurico Nogueira, Bispo de Vila Cabral (Moçambique); D. Francisco Rendeiro, Bispo Coadjutor de Coimbra; D. José Joaquim Ribeiro, Bispo Coadjutor de Díli (Timor); D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico do Porto; D: António Xavier Monteiro, Bispo Auxiliar de Vila-Real; D. Júlio Tavares Rebimbas, Bispo eleito do Algarve. Também na Capela-mor, além dos membros do Cabido da Sé de Évora e de muito outro clero da Arquidiocese, viram-se inúmeras representações capitulares e Sacerdotes de outras Dioceses portuguesas e Badajoz.
Em cadeirões especiais imediatamente em frente do trono pontifical encontravam-se os Senhores: José Félix Mira, Governador Civil que representava o Chefe de Estado e o Governo; Eng.º Arantes e Oliveira, Ministro das Obras Públicas e Professor Vitória Pires, Secretário da Agricultura que se encontravam a título particular. Noutros lugares viam-se: Governador Civil de Beja, dr. Marques Fragoso, presidente da Câmara Municipal de Évora, dr- Serafim de Jesus Silveira, presidente da Junta Distrital, dr. Armando José Perdigão, comandante da 3.ª Região Militar general Ferreira Margarido, vereadores da Câmara Municipal de Évora, Cavaleiros do Santo Sepulcro, presidentes das Câmaras Municipais da Arquidiocese, chefe do Estado-Maior, comandantes dos regimentos aquartelados em Évora, comandantes da Guarda Fiscal e Polícia de Segurança Pública, escuteiros, filiados da Mocidade Portuguesa, Dr.ª Deolinda Santos e Dr.ª Ofélia Martins, directora e subdirectora do Instituto de Odivelas com numerosa deputação de Professoras; Dr. Ruy d’Andrade que também representava a Fundação da Casa de Bragança; D. Manuel de Portugal que representava o Conselho Administrativo da Fundação da Casa de Bragança; Padre Dr. Alves de Campos, em nome pessoal e em representação do Comissariado Nacional da Mocidade Portuguesa e da União Gráfica; D. Maria Guardiola, D. Aurora David e D. Alice Guardiola, Comissárias adjuntas; prof. dr. António Matos Beja, pela Universidade de Coimbra; Padre Caetano Fidalgo pelo Correio de Vouga; Bombeiros Voluntários de Évora, Academia do Liceu, organismos da Acção Católica, associações de piedade, numerosos elementos do clero diocesano e religioso, etc. As Novidades fizeram-se representar pelo seu redactor José Maria de Almeida.
Enchendo completamente a vasta catedral eborense viam-se pelas naves representações de quase todas as freguesias da Arquidiocese bem como religiosas e religiosos de todas as ordens e congregações existentes na Arquidiocese, Escolas, Colégios, Asilos, o Reverendo Padre Manuel Tavares Folgado, Pároco das Galveias, representava a Fundação Maria Clementina Godinho de Campos e seu Presidente Vitalício, Sr. José Godinho de Campos Marques; o Sr. José Manuel Mendes Marques representava o Secretário Geral da Fundação Maria Clementina Godinho de Campos, Sr. José Augusto Nunes.
Estavam presentes os seminaristas dos dois Seminários da Arquidiocese.
No final da Missa o Senhor Bispo de Aveiro, no púlpito proferiu a notabilíssima Oração Fúnebre, escutada com a maior atenção e respeito.
In A Defesa – Ano XLIII; Nº 2216; 24/12; p. 1.3.6.7
Textos do elogío fúnebre e da notícia de «A Defesa» gentilmente fornecidos pela Arquidiocese de Évora.