Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A bem da Nação

A DIMINUIÇÃO DO DÉFICE AGRÍCOLA

 

Exportações-agricolas-2014.png

 

A destruição da agricultura, levada a cabo durante algumas décadas por diversos governos, teve como consequência os nossos mercados aparecerem inundados por produtos agrícolas vindos do estrangeiro, aumentando muito o défice da balança comercial agrícola.

 

Como escrevi neste jornal em 28-10-2010 (A agricultura e o défice); “...se é normal importar mangas, bananas ou papaias, só a enorme incapacidade dos governantes – e alguma, também, da parte dos agricultores e principalmente das suas organizações – é que importamos batatas, cebolas, cenouras, alhos, alfaces, tomates, pimentos, feijão-verde, melões, melancias, laranjas, limões, ameixas, pêssegos, nêsperas, maçãs, peras, uvas, morangos, etc. etc. etc. vindos, às vezes de bem distantes terras? De alguns destes produtos até devíamos exportar mais do que exportamos. E note-se que a agricultura portuguesa ainda exporta mais do que a maioria das pessoas pensa.”

 

Como se sabe, a referida destruição foi travada pela actual ministra Assunção Cristas. Os resultados estão a ser evidentes. As estatísticas mostram que de 2013 para 2014 o défice comercial agrícola teve um decréscimo significativo. Importámos menos e exportámos mais em 2014 do que em 2013.

 

Do que conheço da agricultura portuguesa, de um número significativo de casos pontuais e até da sua evolução ao longo do tempo, acredito no seu enorme potencial. A expressão “Portugal país agrícola” não é algo do passado. Como a Holanda, a França, a Espanha e os Estados Unidos são países agrícolas, o que não os impede de terem boa indústria. Porque a dualidade “agricultura ou indústria”, que vi expressa algumas vezes ao longo dos tempos, não tem sentido, pois até frequentemente se complementam.

 

Com base no que acredito desse potencial, publiquei neste jornal, em 5-1-2012, “De 3 mil milhões de défice para 3 mil milhões de superavit”. Importávamos então 6 mil milhões de euros de produtos agrícolas e só exportávamos 3 mil milhões. Desenvolvendo a agricultura, acredito que se poderia importar bastante menos e exportar muitíssimo mais, de forma a inverter a situação e o comércio agrícola passar a ter um saldo positivo de 3 mil milhões de euros.

 

       O número de anos que Portugal levará a atingir esse objectivo – se o quiser alcançar - dependerá da intensidade que o governo e os agricultores devotarem à sua melhoria. A redução do défice agora conseguida é apenas um pequeno começo.

 

Publicado no "Linhas de Elvas" de 30 de Julho de 2015

 

Prof. Miguel Mota

Miguel Mota

Pág. 8/8

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2006
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
  248. 2005
  249. J
  250. F
  251. M
  252. A
  253. M
  254. J
  255. J
  256. A
  257. S
  258. O
  259. N
  260. D
  261. 2004
  262. J
  263. F
  264. M
  265. A
  266. M
  267. J
  268. J
  269. A
  270. S
  271. O
  272. N
  273. D