HÁ QUEM DIGA QUE...
A paz é fruto da árvore do silêncio
NB: Schopenhauer disse algo semelhante
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
A paz é fruto da árvore do silêncio
NB: Schopenhauer disse algo semelhante
Ela: - Como seria o mundo se os Governos tivessem gasto apenas o dinheiro que recebem?
Eu: - Por certo, bem diferente da falência por que muitos fizeram passar os respectivos países.
Ela: - Por que é que os Governos gastam mais do que recebem?
Eu: - Porque querem comprar os votos dos eleitores com benesses sucessivas a que chamam «Estado Social» e, desse modo, se eternizarem no poder.
Ela: - A quem pedem os Governos dinheiro emprestado?
Eu: - Aos mercados.
Ela: - E quem são esses mercados?
Eu: - Somos nós, os que poupámos e não gastámos mais do que tínhamos.
Ela: - E por que é que se diz tanto mal dos mercados?
Eu: - Porque não sabem o que dizem.
Ela: - Como assim?
Eu: - Devem-se ter endividado até por cima das orelhas, estão falidos e cheios de mau feitio contra quem lhes deu crédito. E como já não há Inquisição, não os podem mandar para a fogueira. Por isso dizem mal dos mercados e de quem os faz mexer, a banca.
Ela: - É esse o problema da Grécia com a Alemanha?
Eu: - É exactamente esse o problema da Grécia com a Alemanha e com todos os outros credores nomeadamente nós, Portugal, que também lhes emprestámos umas massarocas. E é o problema também de todos os «syrizados» espalhados urbi et orbe que não querem reconhecer que só podem consumir na medida do que produzem. E se, de preferência, consumirem um pouco menos do que produzem, pouparão alguma coisinha e isso não lhes fará qualquer mal.
Ela: - E como vai isto tudo acabar?
Eu: - Pagando as dívidas como nós, Portugal, estamos a fazer ou emitindo senhas de racionamento como brevemente fará a Grécia.
Ela: - Senhas de racionamento?
Eu: - Exactamente! Mas para disfarçar, até lhe vão chamar «novo Dracma».
Ela: - E depois?
Eu: - Depois... vou ali consultar a minha bola de cristal e já volto mas duma coisa tenho a certeza: se os demagogos não voltarem por enquanto ao poder, a riqueza medir-se-á novamente pelo que cada um produzir e não pelo que cada um mamar; é que aqueles a quem os devedores chamam ricos estão fartos de pagar a crise e dizem que a carnavalada acabou. Mas eu vou ali consultar a bola de cristal. Até já!
Março de 2015
Henrique Salles da Fonseca
This is the current map of Korea as of 1955. North and south Korea are separated on the 38th parallel
Aqueles que não acreditam que as fronteiras geram diferenciação cultural deveriam meditar no caso da Coreia. Até à II GM era a sociedade étnica e culturalmente mais homogénea que existia neste mundo. Em 1945, os vencedores da Guerra traçaram uma fronteira dividindo Norte e Sul. Hoje são duas sociedades com culturas altamente diferenciadas, diria mesmo antagónicas, e os rendimentos per capita de uma e de outra estão distanciados de 1 para 20. Fico na minha, a fronteira foi criada para defesa de um poder local; a especificidade da cultura foi a resultante. A fronteira precedeu.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.