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A bem da Nação

FRASE DO DIA

Numa entrevista publicada no fim-de-semana, Sócrates mostrou por que lhe tenho chamado 'o Vale e Azevedo da política'. Com uma diferença: Vale e Azevedo é mais educado.

 

 José António Saraiva (‘Sol’, 28 de Outubro, 2013)

O FUTURO A DEUS PERTENCE... MAS...

 

 

Velho adágio! Desde tempos imemoriais procurando ser desmentido pelos “espertos”! A esta casta pertenciam os sacerdotes da alta antiguidade, as pitonisas em Delfos, e continua nos astrólogos, cabalísticos, feiticeiras, bruxas, xinguilas, ngangas, xamãs, leitores de tarô, “intérpretes” de búzios ou das entranhas de animais, e até naqueles que “simplesmente lendo” as linhas da mão ficam a prever tudo!

 

Até Zaratustra é posto à prova. Os séculos vão passando e, depois de qualquer acontecimento de destaque sempre aparecem uns estudiosos que relacionam esse caso com escritos zaratustrianos! Vê-se que não têm muito em que ocupar a mente!

Aos profetas bíblicos não terá sido tão difícil anunciar a palavra de Deus, porque, homens santos, sempre acreditavam que os homens um dia (quando?) seriam melhores. Anunciou-a até Francisco de Assis e os homens de boa vontade; os que pregam que o paraíso pode estar mesmo aqui, na Terra.

 

Conta a Bíblia que um dia José, vendido como escravo para o Egipto, interpretou o terrível sonho do faraó e previu os sete anos de fartura seguidos dos sete de fome. Talvez o único, e assim mesmo, estando escrito na Bíblia... ninguém cientificamente garante a sua veracidade.

 

A ciência dos futuros, disse Platão, é a que distingue os deuses dos homens, e daqui lhes veio sem dúvida aquele antiquíssimo apetite de serem como deuses. Aos primeiros homens, a quem Deus tinha infundido todas as ciências, só a dos futuros lhes faltava, e esta o Demónio lhes prometeu, quando lhes disse: Sereis como Deuses, conhecendo o bem e o mal.

 

No homem “a esperança é a última a morrer”, mas apesar de muito “seguras”, as promessas dos antigos profetas, cansavam o povo de tanto esperar por elas. Esperavam e desesperavam, porque primeiro se lhes acabava a vida do que se concretiza a esperança!

 

Deixavam os pais em testamento as esperanças aos filhos, aos netos e nem estes chegavam a ver o cumprimento do esperado.

 

A Abraão prometeu Deus as terras da Palestina, mas foi preciso que Josué as conquistasse com a espada, talvez mil anos mais tarde!

 

É sempre maior a utilidade do conhecimento das cousas passadas do que só a esperança nas futuras. Por isso os egípcios não olhavam para o deus do céu porque, mesmo vivendo exclusivamente das águas para a agricultura, não era o deus do céu que as mandava, mas o Nilo que as trazia!

 

Não só a ciência como o bom senso, permitem hoje que se faça um pouco de futurologia a curto prazo! A longo... ainda não.

 

Com tanto desperdício por estupidez e cupidez, a Europa entrou numa espiral invertida. Não como os tornados que puxam tudo para cima, mas outra que a está puxando para baixo. E assim não foi difícil antever que os governos que foram apanhados pelo rebentar da crise fossem postos fora. Grécia, Itália, Espanha e Portugal, Holanda, Grã-bretanha, e agora a França, terra dos bons vinhos, gastronomia e greves, sobretudo greves, que tanto ajudam a corroer por dentro. E outros se seguirão.

 

Nenhum dos novos governos que entrou ou vai entrar para enfrentar a crise sairá indemne. Vão todos perecer porque não têm mais meios para sair da recessão. Parece que ainda não entenderam o “recado” do FMI: Não é com arrocho que se avança, mas com criação de postos de trabalho, que se faz a riqueza.

 

É aqui que entra a esperança, a tal que, mesmo anunciada pelos profetas sempre morria com cada geração. E nova espiral se forma.

 

Um dia os países vão poder voltar a viver com alguma dignidade. Quando? Por enquanto... esperança. Só.

 

A bola de cristal no que diz respeito aos EUA não também aparece muito nítida! Mas à sua volta a energia que se sente é negativa.

 

Apanhados no mesmo turbilhão da Europa, e talvez o principal responsável de toda esta desgraça, lutam vigorosamente para sobreviver. Mas, oh! Perversa esperança! Aproximam-se as eleições para a presidência e o candidato da extrema-direita, um fundamentalista cristão (não será um contra-senso um cristão ser fundamentalista em vez de universalista?) vai querer continuar a manter os privilégios dos milionários, abandonando às suas sortes os menos favorecidos.

 

E os milionários são os fabricantes de armas, a indústria farmacêutica, a Bolsa, a banca. Mesmo na nebulosa que circunda a “bola de cristal” parece antever-se uma maior degradação do país mais rico do mundo! E um aumento – se tanto for possível – da tensão no Médio Oriente.

 

Além disso, segregacionistas, até hoje não se perdoam ter perdido as últimas eleições para um negro! Isso os fundamentalistas não engolem. A esperança, nos EUA, será o voto dos jovens, dos latinos e dos mais desfavorecidos, que os há aos milhões no país da teórica “Liberdade e Igualdade”. E eu gostaria de apostar nesta esperança.

 

Para o mundo inteiro a esperança está no Quinto Império! O Império do Espírito Santo, com um imperador menino, sem fome e sem presos, nem cadeias. O “quando” é que demora. Vão passar-se gerações e gerações até que isso aconteça.

 

No Brasil, o país do futuro que Stefan Zweig “previu” há mais de setenta anos, tarda também a chegar. O país não entrará no futuro enquanto tiver um congresso podre, uma corrupção incomensurável, uma educação deficiente, treze milhões de pobres, um governo de compadrios escusos, um judiciário que obedece ao executivo, e nem mesmo distribuindo dinheiro, não por caridade mas para compra de votos, em vez de investir com força, muita força, na criação de postos de trabalho.

 

O Quinto Império é um sonho. A verdadeira esperança. E é bonito sonhar. Mas não chega. Entretanto é preciso combater, os muitos “status quo” que impedem, impossibilitam, que todos os povos alcancem o seu Futuro.

 

25/04/2012

 

 Francisco Gomes de Amorim

LIBERDADE DE IMPRENSA

 

Todos os regimes tendentes à ditadura são favoráveis ao controle da mídia. É a forma de não serem investigados e, no exercício do poder, agirem sem tutela e sem que o povo saiba o que ocorre nos porões do poder.

 

Vimos que países como a Alemanha de Hitler, Cuba de Fidel, a Rússia de Stalin, Chile de Pinochet, Itália de Mussolini e outras ditaduras conhecidas sempre controlaram a imprensa para que pudessem livremente manipular o povo.

 

Na actualidade, Venezuela e Argentina, com Maduro e Cristina tudo fazem para calar os meios de comunicação livres. O sucesso maior foi de Maduro, hoje um quase ditador naquele país, que, inclusive, silenciou os órgãos contrários ao Governo, impondo a venda do mais importante canal de televisão a seus amigos. Desta forma, seu desgoverno na nação em que há alta inflação e baixo crescimento e, em que tudo falta inclusive papel higiénico – sem qualquer alusão às limpezas que devem lá ser feitas no país pelos estragos que causou – não pode ser desconhecido.

 

O mesmo ocorre na Argentina, em que pese ter maiores anticorpos democráticos.

 

No Brasil, quanto mais os governos de esquerda falham – veja-se a alta inflação, baixo PIB, máquina administrativa adiposa e outros ingredientes de uma política sem rumo – a ideia de controlo da mídia volta a ser proposta pelo partido da Presidente.

 

Fala-se que a sociedade organizada é que deveria controlá-la. Ora, não há sociedade organizada de esquerda, que normalmente monta, com um pequeno número de pessoas suas associações civis, e se manifesta como se falasse em nome de 193 milhões de brasileiros!!!

 

A sociedade organizada é aquela que vota. E a sociedade desorganizada é aquela que vai às ruas para denunciar o que não gosta.

 

Ora, a mídia constitui os pulmões da sociedade e para ser livre não pode ser tutelada nem pelo Governo, nem por pequenas instituições criadas para dar respaldo aos donos do poder.

 

A garantia maior da democracia, não vem dos governos, mas da investigação permanente da mídia. E esta deve ser sempre livre.

 

  Ives Gandra da Silva Martins

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