OREMOS...
Se tivesse algum tempo livre, leria pausadamente a declaração que António José Seguro fez ontem mas infelizmente estou de férias e não tenho tempo para isso.
Fico-me, portanto, pelo que ouvi em directo e creio poder afirmar que houve por ali algumas redundâncias (redução da despesa pública primária - também o Governo pretende isso), contradições (redução da despesa pública primária e reforço do Estado Social) e um sofisma ou outro (ou será falácia?) tais como a renegociação da dívida e dos juros.
Mas posso ter ouvido mal...
Contudo, o que ele não disse e eu ouvi claramente ouvido foi a ameaça de cisão feita por Mário Soares. Isso, sim, foi o essencial do que lhe ouvi com outras declarações à mistura como aquela tão importante de que tem que funambular para se aguentar entre moderados e jacobinos, entre sérios e os que querem regressar ao gamanço, entre os que têm algum sentido de Estado e os que sabem que o seu Partido ou está no Poder ou definha pois que está recheado de glutões insaciáveis.
Tudo isto lhe ouvi e vi-lhe um nó na garganta de desespero.
E sabem que mais, meus Amigos? Quase fiquei com pena dele. Temeu, cedeu, vai cair. E nós, dos que NADA tivermos partidariamente a ver com ele, ainda corremos o risco de dizer que «a trás dele virá quem dele bom fará». Sim, creio que Seguro nos declarou toda a sua insegurança e desespero.
Bom seria que nós, os outros, pudéssemos dizer que «o problema é dele» mas temo que dos problemas dele salpique algo para cima de todos nós, portugueses.
Oremos...
20 de Julho de 2013