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A bem da Nação

DEFENDER A LÍNGUA PORTUGUESA EM OLIVENÇA – 1

 Território português ocupado por Espanha desde 1802
 
"ALÉM GUADIANA" – TRÊS ANOS DE ACTIVIDADE

A inesperada recuperação do português em Olivença
(resumo de acontecimentos de três anos: 2008-2011)



INTRODUÇÃO



Portugal é um País de contradições. Ambiciona ser conhecido, reclama que a sua cultura é pouco divulgada... mas, contraditoriamente, parece envergonhar-se de assumir manifestações concretas da sua cultura.


Desde 2008 (em Março de 2011, celebrou-se o terceiro aniversário), algo de novo surgiu no panorama cultural português... ou, se se quiser, lusófono.
Previamente, a União Europeia chamou a atenção para a falta de protecção de que a Língua Portuguesa era vítima por parte do Estado Espanhol em Olivença e Táliga (antiga aldeia de Olivença).
Mais importante, na própria Olivença, um grupo de locais fundou a Associação "Além Guadiana", que, sem se preocupar com a questão, que se mantém, algo discretamente, sobre a soberania legal (ou efectiva) sobre a Região, decidiu meter "mãos à obra", e começar a lutar pela recuperação da sua cultura e da sua História.
Entenda-se: Cultura e História portuguesas.


Menos de um ano sobre a sua fundação, o grupo conseguia, em 28 de Fevereiro de 2008, organizar uma "Jornada do Português Oliventino", que decorreu na Capela do Convento português de São João de Deus (em Olivença, naturalmente).


Quer se queira, quer não, fez-se História: pela primeira vez desde 1801, a Língua Portuguesa manifestava-se livremente em Olivença, com a "cobertura" das autoridades espanholas máximas a nível local e regional.


Quase 200 pessoas foram testemunhas disso, entre as quais o arqueólogo Cláudio Torres, o "herói" do mirandês Amadeu
Ferreira, e outros!

Vale a pena fazer um resumo do que então se passou.

 Carlos Luna
(continua)

ÁGUA VS ENERGIA: UM DILEMA OU UMA TOLICE

(*)

 

 

O trabalho apresentado hoje (20FEV12) no DN sobre “O estado do ambiente!” inclui um artigo sobre a barragem do Tua que me chamou a atenção para, mais uma vez, ser essencial analisar a questão que é: a gestão da água das barragens ser realizada pelos responsáveis pela energia em vez de o ser pelos responsáveis pela água.

 

Para começar vejamos o que se passa com essa água, o que é fácil pois ela vem da chuva que cai no nosso território.

 

Se nos dermos ao trabalho de analisar os registos da pluviosidade ao longo das últimas décadas pode concluir-se o seguinte:

 

1º - O volume de água anual é suficiente para as nossas necessidades de for devidamente capturada;

 

2º - Há enorme irregularidade quer ao longo de cada ano quer ao longo dos anos;

 

3º - Há também irregularidades do ponto de vista geográfico.

 

Daqui se pode inferir que, para garantir a segurança do abastecimento de água ao País, terá que ser feita a sua gestão abrangendo períodos da ordem dos dez anos e nunca de dois ou três e além disto ter mais albufeiras menores e interligadas de forma a diminuir os impactos ambientais provocados pelas grandes albufeiras e poder controlar mais eficazmente os riscos das cheias. Com a vantagem adicional de ter albufeiras de reserva alimentadas nos períodos de elevada pluviosidade sem custos de consumo de energia.

 

(**)

 

Muitas destas barragens serão propícias para a produção de energia e para a utilização na cobertura de pontas e aqui chegamos ao ponto crítico atrás levantado: quem deve ser responsável pela gestão da água?

 

A água é o bem mais importante para a vida em geral e para a humana em particular e a sua origem principal é a chuva.

 

A energia é essencial à vida de uma sociedade mas a sua produção é possível de várias fontes a saber: combustíveis (lenha, carvão, gás natural, petróleo), eólica, solar, geotérmica, ondas e marés, hídrica (barragens), nuclear, para focar apenas as principais.

 

Em Portugal, quanto a combustíveis, os mais importantes têm que ser importados e são produtores de CO2, as ondas e marés são insignificantes, a geotérmica situada nos Açores, e ficamos aqui apenas com a eólica, com a solar, com a hídrica e a nuclear (para a qual temos matéria prima).

 

Ora sendo a energia um factor essencial da competitividade de um país, teria sido uma prática de gestão excelente pelos responsáveis portugueses privilegiarem as fontes que nos poupassem importações o que implicaria também cuidar do ordenamento do território e dos sistemas de transportes de forma a minimizar a necessidade de utilizar combustíveis.

 

Curiosamente, combateu-se o nuclear com base em preconceitos e pretensos cuidados ambientais mas não temos os mesmos cuidados nem com as barragens nem com o ordenamento, e os resultados vão aparecendo com a dimensão conhecida.

 

Com a agravante de, se alguma vez faltar a tão essencial água, os actuais responsáveis pela sua gestão não poderem ser de facto responsabilizados porque o planeamento das barragens é feito por outros, cujo objectivo é outro.

 

Por isso o título se justifica: será um dilema real ou “apenas” mais uma tolice?

 

Lisboa, 20 de Fevereiro de 2012

 

 José Carlos Gonçalves Viana

 

Publicado no DN em 15 de Março de 2012

 

(*)http://www.google.pt/imgres?q=cani%C3%A7ada+barragem&um=1&hl=pt-PT&sa=N&biw=1024&bih=735&tbm=isch&tbnid=pOpSGHS81lZVGM:&imgrefurl=http://www.portugal-on-line.com/gallery/album_showpage.forum%3Fpic_id%3D36%26vote%3Dviewresult&docid=Xq-eG3dBAcm3PM&imgurl=http://r29.imgfast.net/users/2912/20/58/91/album/dscf6411.jpg&w=448&h=336&ei=gyxwT5XUAqiu0QXj582NAg&zoom=1&iact=hc&vpx=90&vpy=279&dur=2496&hovh=194&hovw=259&tx=148&ty=91&sig=109573699884915906692&page=1&tbnh=122&tbnw=163&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:5,s:0

 

(**)http://www.google.pt/imgres?q=linhas%2Bde%2Balta%2Btens%C3%A3o&um=1&hl=pt-PT&biw=1024&bih=735&tbm=isch&tbnid=q4cGi9ntxTmw2M:&imgrefurl=http://maisalenquer.blogspot.com/2011/08/linha-de-alta-tensao-carregado-rio.html&docid=mGyhnoRVHiiijM&imgurl=https://1.bp.blogspot.com/-lmyh2sC47oY/TlPq4HuA3UI/AAAAAAAACM8/fwoE7t4rzVo/s1600/Linhas-de-alta-Tensao-de-Transmissao-de-Energia-450-338.jpg&w=450&h=338&ei=4ixwT6nAL6PF0QXH7LiOAg&zoom=1&iact=hc&vpx=115&vpy=211&dur=4691&hovh=194&hovw=259&tx=150&ty=119&sig=109573699884915906692&page=1&tbnh=144&tbnw=213&start=0&ndsp=14&ved=1t:429,r:0,s:0

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