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A bem da Nação

PEQUENA CASA LUSITANA

(*)

 

 

José Hermano Saraiva é alguém a quem os portugueses devem muito estimar, pela paixão que põe nas suas histórias sobre as terras e as gentes portuguesas, complementadas com um pensamento são e claro que os seus gestos comedidamente oratórios vão pontuando. Um pensamento que não se perde, no seu à-vontade discursivo, enquanto vai revelando os segredos e as maravilhas das terras do seu país, ou chamando a atenção para a incúria a que vão sendo votados tantos marcos históricos que nos deveriam ser sagrados, elogiando iniciativas daqueles que amam o trabalho e reconstroem do que a incúria estragou, ou puramente constroem, apegados ao seu país soalheiro.

 

Já António José Saraiva, seu irmão, fora outro alguém de quem eu igualmente pensava que a pátria lhe deveria ser especialmente reconhecida, pelos estudos que sobre os seus homens e a sua história sobretudo literária e política praticou, com uma argúcia de interpretação e clareza e riqueza de estilo e de dados que revolucionaram os nossos estudos literários, em novas pistas de uma interpretação corajosamente desassombrada.

 

Dois homens, dois marcos, que apontam caminhos e nos revelam quanto temos de nos orgulhar do pequeno país que somos, que, tão maltratado tantas vezes, por nós próprios, que gostaríamos de o ver mentalmente superior, não deixamos de nos abismar sempre, perante o descomunal que representou a epopeia marítima portuguesa, que Camões sintetiza nesses maravilhosos versos do Canto VII d’Os Lusíadas:

 

Não faltarão cristãos atrevimentos

Nesta pequena casa lusitana:

De África tem marítimos assentos,

É na Ásia mais que todas soberana,

Na quarta parte nova os campos ara

E se mais mundo houvera, lá chegara.

 

Por isso, quando vamos calcorreando um pouco do nosso país com a RTP e José Hermano Saraiva, em quadros histórico-geográficos e etnográficos, que nos seduzem, revelando-nos facetas de um povo que, apesar de pequeno e tantas vezes troçado, nas suas discrepâncias sociais e culturais, construiu este seu mundo alegre e vistoso, de gente simpática, agora reduzido ao seu rectângulo e às suas ínsulas, lamentamos que a visão, que delas nos dão a RTP e José Hermano Saraiva, não se possa dilatar às terras que os portugueses construíram, “na África, na Ásia, na quarta parte nova”, mau grado as contingências da sua pequenez.

 

Talvez que esse conhecimento mais amplo do passado nos fizesse reponderar sobre o valor duma pátria, cujo passado temos a obrigação de respeitar, pelo que nos deu, cujo futuro temos a obrigação de precaver. Para os nossos filhos.

 

Porque o sentimento pátrio não pode nunca ser um valor ultrapassado, mesmo quando não tivesse existido um Camões a lembrar, tão entusiasticamente, desse seu povo, que “se mais mundo houvera, lá chegara.”

 

 Berta Brás

 

(*)http://www.google.pt/imgres?q=Jos%C3%A9%2BHermano%2BSaraiva&um=1&hl=pt-PT&tbm=isch&tbnid=FABdAlgM8XvhdM:&imgrefurl=http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx%253Fnews%253D8acf4a47-d9a7-4c5b-b33a-9fac94cb963f%2526edition%253D97&docid=knrVnx3Z4SK6HM&w=327&h=245&ei=7yQ1Tpq0FM2r8QOI7eGgDg&zoom=1&iact=hc&vpx=424&vpy=254&dur=46&hovh=194&hovw=259&tx=144&ty=100&page=1&tbnh=144&tbnw=192&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:8,s:0&biw=1249&bih=615

O PORTUGUÊS

 
O facto de ter começado a aprender o francês aos 11 anos, no liceu, e alemão aos 13, autodidaticamente, e o inglês aos 14, também no liceu, iniciou em mim o gosto pelo estudo de línguas estrangeiras. Julgo que uma das grandes causas desta minha tendência aprendedora de línguas foi a II Guerra Mundial, pela simples razão de que "O Primeiro de Janeiro", jornal que lá entrava em casa, trazia frequentemente os mapas  dos países invadidos pelos nazis, a cores, que eu copiava gostosamente em papel almaço. Assim também tomei o gosto pela geografia. Até soube os nomes das capitais de todos os países do mundo.
 
Hoje, evidentemente que não.
Mas talvez a causa mais importante na minha inclinação pelas línguas estrangeiras foi eu ficar em pulgas quando ouvia um estrangeiro a falar e não entendia o que dizia. Por isso pus-me a estudar para o entender. Nunca consegui o meu objectiv, como é natural e evidente. Lembro-me perfeitamente dum filme alemão que foi exibido no Cinema de Val Formoso, à rua de Costa Cabral (?), perto do Marquês. Chamava-se "Die Frau meiner Träume" (o "a" tem um trema, a que não consigo reproduzir: Tróima). Quando regressei a casa nesse dia, agarrei-me ao meu livro "Alemão sem Mestre", que comprara na Feira do Livro, na Praça da Liberdade. Continuo a não perceber o alemão...
(*)
Dizia um Fulano: "Eu sei todas as línguas do mundo, menos o Chinês!". Diz Sicrano: "Então diz qualquer coisa em Francês!". Replica o Fulano: "Ah, Francês para mim é Chinês!"

Nunca fui  político nem internacionalista. Sou  nacionalista, acho que todo o homem amante da sua pátria é nacionalista. Por isso respeito todos os nacionalistas ou patriotas, e simpatizo com todo o estrangeiro que ama a sua pátria e a defende. Um internacionalista ou é apátrida ou hipócrita.
Sendo nacionalista e respeitando os nacionalismos alheios, eu posso admirar e gostar de todos nacionalistas sinceros e respeitadores, da sua cultura, história e língua. Por isso, não me causa engulhos estudar e aprender línguas estrangeiras. Pelo contrário, esse estudo faz-me valorizar a cultura de Portugal, a sua história e a sua língua. A história de Portugal, mormente a da expansão ultramarina, é brilhante. A língua portuguesa é uma das línguas mais importantes faladas e escritas no mundo. Só os ignorantes não sabem isto. Medem Portugal pela sua própria pequenez individual.
Amo a minha língua natal e não a inferiorizo de modo algum por comparação com outras línguas mais em moda.
Portugal é um grande país espalhado por todo o mundo, embora politicamente esfacelado. Esfacelaram-no os maus políticos para quem Portugal é apenas uma faixa de 90.000 km2, e que dele fizeram "lixo", -- que evidentemente não é, excepto para os "lixeiros".  Este poderia ser um aforismo latino:
Parvuli omnia parva faciunt 
Os parvos fazem pequenas todas as coisas.
Não sejamos parvos!

Joaquim Reis
 

ÉTICA BESTIAL

 

A mosca do estrume tem comportamentos homossexuais. E daí, que temos nós a ver com isso?

Não faz sentido procurar, no reino animal, referências que possam pautar o comportamento humano

 

 

Nas suas Memórias do Tempo de Vésperas, o prof. Adriano Moreira conta que era da praxe dos finalistas de Direito uma visita ao Jardim Zoológico, a cuja direcção então presidia o prof. Emídio da Silva. Com picardia universitária, o representante do curso cumprimentava-o nos seguintes termos: "Estando no Jardim Zoológico, não podíamos deixar de visitar o senhor professor!". O mestre, imperturbável, respondia com amável hospitalidade: "Estão em vossa casa!".

A propósito de animais, o The New York Times recentemente noticiou terem sido detectados comportamentos "homossexuais" em 450 espécies zoológicas, entre as quais cita as moscas de esterco e alguns primatas. Muito embora tais atitudes sejam, também no reino animal, absolutamente invulgares, porque a regra é o acasalamento entre machos e fêmeas, não faltou quem quisesse transpor essa excepção para a sexualidade humana, concluindo a "naturalidade" dos comportamentos homossexuais.

A referência a uma eventual "homossexualidade" animal não é inocente, porque indicia uma oculta intenção: a de humanizar os comportamentos animais ou, melhor dizendo, animalizar a sexualidade humana. Assim, a principal referência seria agora a etiologia animal, convertida em padrão do que é genuinamente natural e, por isso, normal, ou seja, norma social e ética universal. Porque o que é natural é bom.

É antiga a ambiguidade neste âmbito. Quando o Bambi chora de dor, o Dumbo é um exemplo de lealdade na amizade e o rei da selva é trespassado pelas setas de Cupido, não é apenas o mundo irracional que é antropomorfizado, mas a condição humana que é reduzida à
mera dimensão animal. O que é humanamente natural já não é o racional e social, mas o que é mais imediato e mais instintivo, o que é primário e espontâneo.

Mas, afinal, o que é natural?!

 

Num ser irracional, o instinto é normal, mas não assim na criatura racional. É natural que um cão satisfaça publicamente as suas necessidades fisiológicas, mas já não seria natural que o seu dono procedesse do mesmo modo. É por isso que não é notícia que um cão morda um homem, mas sim o contrário. Natural, no homem, não é apenas nem principalmente o que é inato, mas o que é de acordo com a sua natureza, ou seja, racional. É natural ganir ou ladrar, mas não para um ser humano, para quem não seriam normais tais irracionalidades. Mesmo quando o homem, dada a sua condição corpórea ou "animal", é acometido por alguma irreprimível reacção orgânica, como espirrar, bocejar, ou transpirar, procura racionalizar e socializar essas manifestações físicas, pois uma atitude de total desinibição seria inconveniente e irracional e, portanto, anormal.

A ética não é meramente descritiva do que são as pulsões inatas do indivíduo, mas a racionalização das suas tendências imediatas em ordem ao bem comum: é próprio do ser humano viver de uma forma inteligente a sua atracção sexual, pelo que não faz sentido procurar, no reino animal, referências que possam pautar o comportamento humano. Legitimar o que é instintivo e animal, à conta de que é natural, é renunciar à dignidade da criatura racional e rebaixar o homem à sua condição animal, abdicando do que
lhe é próprio e específico, ou seja, a sua dimensão intelectual e espiritual.

Todos os seres humanos, quaisquer que sejam as suas tendências ou opções, merecem todo o respeito devido à sua dignidade, mas isso não implica a legitimação de todos os seus actos.

 

Um documentário sobre bisontes rematava com a seguinte "moral": o homem tem muito a aprender com estes animais! Não me senti minimamente aludido, não sei se por não me seduzirem as manadas. Mas há quem ache consoladora a analogia entre certos comportamentos humanos e as práticas sexuais de algumas moscas e macacos que, segundo a referida fonte, têm, por via de excepção,
relacionamentos íntimos com animais do seu mesmo género.

 

Convenhamos que, se esse é o paradigma da sua moralidade, essa ética é mesmo... bestial.

 

  P. Gonçalo Portocarrero de Almada

HUNGRIA

 (*)

Budapest, 1956

A 25 de Abril de 2011, o Presidente da Hungria assinou a nova Constituição que o Parlamento húngaro por esmagadora maioria, aprovou.

Ao contrário de outras nações europeias, que votaram na auto-destruição física e moral, a Hungria, com esta nova Constituição “optou por reafirmar a sua identidade nacional”. Assim, nesta Constituição, o povo húngaro, entre outros valores, destaca os valores da nação, religião, vida, dignidade, família e propriedade.

Como uma verdadeira Fénix, a Hungria faz renascer todos os valores cristãos da velha Europa! A bandeira húngara volta a ter de novo a coroa de Santo Estêvão.

Santo Estêvão (997-1038), orgulho do povo húngaro, foi o fundador do Reino Católico da Hungria. Com coroa de ouro cravejada de pedras preciosas, oferta do Papa Silvestre II (999-1003), primeiro Papa francês, Santo Estêvão foi coroado no último ano do século X (ano 1.000) e canonizado em 1083 por S. Gregório VII (1073-1086).

Os húngaros ou magiares, povo nómada, tem a sua origem nas margens do rio Volga nos montes Urais. No século V começa a sua migração para sul, no século IX instalam-se na bacia dos Cárpatos, região da antiga Província romana da Panônia.

Sob o domínio soviético entre 1949 e 1989 (40 anos), a Hungria foi o primeiro país da cortina de ferro a sublevar-se com determinação.

Em Outubro de 1956, estudantes universitários, a que se juntaram operários, intelectuais e militares revoltam-se, pondo Nagy no poder. O general Paul Maleter chefia os revoltosos. Estátua de Stálin e símbolos do comunismo são destruídos.

Pela rádio os húngaros pedem ajuda ao Ocidente.

Aguardando a reacção do Ocidente, tropas soviéticas estacionadas na Hungria retiram para a fronteira. Em simulacro de boa vontade os russos propõem conversações.

Nagy e Paul Maleter ao aceitarem o encontro, assinam a sua sentença. Com a maior deslealdade e cobardia, toda a missão húngara foi presa e fuzilada.

O Ocidente não ajudou! Limitou-se a incitar a revolta!

Miseravelmente, a Hungria ficou esquecida. Assistiu-se assim, a um dos mais tristes e dolorosos episódios da História, após a segunda Guerra Mundial.

Centenas de milhares de húngaros, após uma resistência heróica ou fugiram para o Ocidente ou foram fuzilados.

Os países ocidentais estavam noutra.

Na mesma data, decorriam os Jogos Olímpicos em Melbourne.

Na mesma data, em confronto com Nasser que nacionaliza o Canal do Suez, (inaugurado pelo francês Lesseps em 1869), franceses e ingleses são lançados de pára-quedas sobre Port-Said, enquanto israelitas avançam por terra. Travados pela O.N.U. e pelos americanos (!), tudo lhes saí furado. Barcos afundados intencionalmente pelos egípcios entopem o Canal. Petroleiros voltam a fazer a velha rota do Cabo!

Com esta Constituição, a Hungria dá uma lição á Europa.

Uma Europa decadente, adormecida em relação aos verdadeiros valores cristãos.

10 de Junho de 2011

Fernando Mascarenhas Cassiano Neves

(*)http://www.google.pt/imgres?q=Hungria%2B1956&um=1&hl=pt-PT&sa=N&tbm=isch&tbnid=y5o2ZzMzpNlrFM:&imgrefurl=http://trabalholmp.blogspot.com/&docid=lvj-cdSQbmfTfM&w=400&h=230&ei=zBMxTpiDBcigOpqA8doL&zoom=1&iact=hc&vpx=503&vpy=112&dur=3194&hovh=170&hovw=296&tx=163&ty=94&page=1&tbnh=128&tbnw=222&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:3,s:0&biw=1024&bih=753

ENTRE A GRANA E A FILOSOFIA

 (*)

Descarada inversão de valores

 

 

Enquanto uns se preocupam com o chamado “vil metal”, ou como empobrecer o próximo, ainda há os grandes filósofos ou teólogos, que gastam as suas vidas a discutir o sexo dos anjos em vez de se preocuparem, verdadeira e eficazmente, com a felicidade dos outros. No século XVI, um espanhol, jesuíta, teólogo e jurista, que leccionou em Coimbra e depois em Évora, criou uma tremenda confusão com a graça de Deus, sobre que arranjou duas “graças”: a “eficaz”, aquela que o homem aceita, e a “ineficaz”, quando o indivíduo não coopera com ela ou lhe resiste!

 

É verdade que foi há quinhentos anos, mas assim mesmo quer parecer que o tal Molina, que criou esta doutrina chamada de molinismo, depois de muito teologar, descobriu o óbvio! Mas ficou na história.

 

Meio século mais tarde aparece outro filósofo e teólogo, agora holandês, Cornelius Otto Jansen, que leccionou em Lovaina, e era contra os jesuítas. Foi depois bispo de Yvres, na região flamenga da Bélgica.

 

Diferindo poucos milímetros da doutrina molinista, o seu pensamento que ficou conhecido como o jansenismo, levou os fiéis para um maior rigor teológico do cristianismo. (O que será isto???) Mais tarde, contava Voltaire: “uma mulher molinista recusava deitar-se com o seu marido jansenista; este chamou então os vizinhos: - Senhores, disse ele, haverá entre vós algum molinista que se queira deitar com a minha mulher?”

 

É para isto que servem as complicadas filosofias! Nada melhor do que DEScomplicar a vida. Por exemplo, neste país abençoado por Deus (como todos os outros), mas amaldiçoado pela corrupção (como muitos outros) os ilustres filósofos dos altos escalões propõem-se conduzir todos os seus cidadãos, “a modos que” um rebanho!

 

Vejamos:

- Criaram uma lei que marca um dia do calendário como “o dia nacional do orgasmo”! Ora se isto não é uma maravilha?

- Há dias, como apareceu já neste blog, um inspirado juiz, afirmou que os órgãos sexuais são um “plus. Um bónus”! Que óptimo. Alguém à nascença não foi beneficiado com esta “dádiva da natureza”?

- Agora vai sair outra lei, ou decreto, ou coisa semelhantemente similar, obrigando os fabricantes de calcinhas de mulher, soutiens e cuecas de homem, a porem nestes artefactos de vestimenta, uma etiqueta, lembrando que as mulheres devem fazer regularmente o controle do câncer de útero, ou de mama, e os homens da próstata! Uma espécie de “livro de instruções”. Viram o que é ter cuidado com a saúde do povo? O único inconveniente é ter que ler as etiquetas, todos os dias ao se vestirem. Uma espécie do jornal do dia com as notícias de todos os dias!

- Por estas bandas, como já devem ter ouvido, há uma verdadeira fobia ao glúten. De facto há gente alérgica ao tal glúten, mas... então, para facilitar a vida do pessoal, todos, todos, os produtos alimentares, excepto os produzidos com trigo, centeio ou cevada, têm que trazer no rótulo “Não contém glúten”! Beleza, né? Até nas garrafas de vinho! Whisky, marmelada, conserva de atum, mel, açúcar, etc. Que tranquilidade.

- Sexa o ministro da educação, notem bem, da educação, pensa distribuir pelas escolas uma cartilha ensinando as crianças, crianças, que tanto faz ter relações sexuais com os meninos como com as meninas. Eles com eles, ou com elas, e vice-versa! Não é pecado e escusam de contar aos papás.

 

É um tremendo avanço na educação sexual. Vamos sugerir ao ministro que mande professores de ambos os sexos fazerem ao vivo, e durante as aulas, a demonstração deste desinibido e variado comportamento social. Desde cedo se fomenta o “à vontade” em optar por ser gay, lésbica ou... anormal, isto é, hetero.

 

Com todo este cuidado com a saúde e a educação sexual, o índice de nascimento deve começar a diminuir, ou mesmo chegar a zero, o que será óptimo para quem queira para aqui imigrar!

 

E até nisto se perde o sentido da língua portuguesa, ou até de qualquer outra: estão a querer chamar a dois indivíduos do mesmo sexo, “casal”! Dantes, lá muito no antigamente, quando se comprava um casal de patos, galinhas, porcos, etc., é porque se queria um de cada sexo para reproduzir. Hoje a tendência é outra: uns casais bestas, reproduzem e depois vendem as crianças a novos pares para adopção. Nem se pode, mais tarde, chamar a uma dessas crianças “sua filha de mãe”, quando ela tiver dois pais, nem outros mimos parecidos... Modernidade.

 

Dou graças a Deus por estar quase velhinho, porque nem sequer pretendo imaginar como estará o mundo daqui a meio século!

 

Haja tsunami, erupções vulcânicas, inundações, subida do nível do mar, ciclones e outras catástrofes mais, para ver se, os que sobrevivem, começam a ser gente ... anormal!

 

Rio de Janeiro, 2 de Junho de 2011

 

Francisco Gomes de Amorim

 

(*)http://www.google.pt/imgres?q=parada%2Bgay&um=1&hl=pt-PT&sa=N&tbm=isch&tbnid=5y6RRGbmOl4r0M:&imgrefurl=http://www.topassada.com/2011/06/09/parada-gay-vai-comemorar-15-anos-em-sao-paulo-com-valsa-para-1-milhao-de-casais-homossexuais/&docid=S9n0iy3XTZreHM&w=640&h=440&ei=rCswTvecEoOz8QPy6qi1AQ&zoom=1&iact=hc&vpx=599&vpy=133&dur=1990&hovh=186&hovw=271&tx=163&ty=117&page=1&tbnh=141&tbnw=188&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:3,s:0&biw=1024&bih=753

A QUEDA DO MURO DE BERLIM

Helmut Kohl, o reunificador da Alemanha

 

O Botão da Liberdade brotará sempre de novo

 

 

O muro da vergonha, que separava a Alemanha Ocidental (BRD) da Alemanha Oriental (DDR), caiu. Depois de várias odisseias e tragédias com os cidadãos da DDR, a 9 de Novembro de 1989 o Comité político do Regime Socialista da DDR, exausto, anunciou a abertura da fronteira. A tampa comunista, que tapava a caldeira do sistema, rebenta, iniciando-se ondas de reacções em catadupa. A resistência que se tinha formado em torno das igrejas e apoiada pela BRD vence finalmente sob o slogan “Alemanha Pátria Unida”. Na Alemanha Federal o objectivo da união tinha-se mantido de forma declarada nos partidos cristãos CDU E CSU.

 

Um sistema de pobres para pobres não pode aguentar o desenvolvimento do cidadão. Finalmente este ganha: “Nós somos a Alemanha!”

 

A partir da abertura da fronteira as demonstrações escalam de tal maneira que, em pouco tempo, provocam a união das duas Alemanhas na Alemanha Federal alemã. Mais precisamente: a Alemanha Ocidental absorve a Alemanha oriental que se tinha tornado seu filho pródigo. A democracia social vence o socialismo!

 

A 18 de Março de 1990 dão-se as primeiras eleições livres na Alemanha socialista. Nelas vence o partido da CDU (União de Cristãos Democratas). A 1 de Julho dá-se a união monetária passando a haver apenas o Marco Alemão da Alemanha Ocidental. A 23 de Agosto de 1990 a Câmara Popular da Alemanha Oriental decidiu a adesão à Alemanha Federal. A 31 de Agosto é assinado o tratado da união entre os políticos dos dois Estados. A 1 de Outubro os países aliados da NATO reconhecem a soberania alemã.

 

As datas e os acontecimentos sucedem-se como que em competição. Helmut Kohl, “o chanceler da unidade” esteve à altura da diplomacia necessária para tão grande obra. Isto só de alemães!

 

Estes, para tornarem a unidade efectiva criaram um imposto suplementar novo, o “imposto da solidariedade” que corresponde a 5% dos impostos que cada cidadão paga e é transferido para investimentos nas regiões correspondentes à Alemanha de Leste. Esta, apesar dos biliões que continuamente se transferem, ainda não conseguiu atingir o nível económico da antiga Alemanha Ocidental. O buraco socialista não só se faz sentir no buraco económico como no buraco moral trazido. Isto apesar do sistema de jardins infantis, de escolas e de saúde da extinta DDR terem atingido alto nível no sistema socialista! A região actual correspondente à antiga Alemanha de Leste (DDR) ainda se encontra cerca de 20% em atraso em relação à do Ocidente (RFA).

 

Uma sociedade de cidadãos alemães sofreu muito sob a imoralidade institucional dum Estado injusto. Na antiga DDR (Alemanha democrática), aquando da divisão, foram extintos os tribunais administrativos, não precisando as decisões administrativas de ser fundamentadas; a justiça fora politicamente instrumentalizada e partidarizada como é boa prática socialista: o Poder tem sempre prioridade perante o Direito. Como é costume em ditaduras e também em democracias, as massas não pensam, subjugando-se normalmente ao Poder. Por isso se compreende que apenas se tenha manifestado resistência pública a 17 de Junho de 1953 e finalmente em 1989. Parte do povo não sente os aguilhões do Estado, tal como nas sociedades democráticas. O cão que se mantém dentro da casota ou que dorme não sente a corrente que o prende!

 

A Alemanha apesar de unida ainda não conseguiu superar o trauma da sua divisão. Actualmente, também em consequência do turbo-capitalismo, a esquerda radical sente uma certa brisa a seu favor, o que se registou especialmente na parte da república correspondente à antiga DDR. Não é irrelevante o facto de alguns votantes de centro-direita usarem o voto socialista como chicote, numa tentativa de levar o boi do capitalismo ao rego da democracia social e cristã.

 

Apesar da consciência vigente na Alemanha de que o antigo sistema da DDR era um “Estado injusto” manifesta-se em alguns cidadãos uma espécie de nostalgia branqueadora do passado. Muitos contribuintes alemães da parte ocidental não conseguem engolir tal atitude, depois de terem dispendido tanto e continuarem a contribuir tanto para os alemães do outro lado!

 

Entretanto, o que para uns é um Estado injusto pode para outros ser um Estado desejável. Não há uma opinião verdadeira e outra falsa! O direito de avaliar é livre.

 

Na verdade não há critérios seguros de avaliação que possibilitem uma comparação da injustiça praticada num Estado de Direito com a injustiça praticada num Estado ditatorial, porque neste a injustiça não pode ser atenuada pela opinião púbica, visto neste não haver liberdade de imprensa. Por outro lado, nos Estados de Direito publicam-se todos os males existentes, o que pode levar os cidadãos das ditaduras a pensar que nos seus estados há menos violência. Na Alemanha socialista não eram publicadas as condenações à morte do sistema, os assassínios sexuais e muitas outras faltas menos exemplares que o aparelho político censurava, o que poderá levar antigos cidadãos desta a julgar a Alemanha Ocidental injustamente por se fixarem apenas nos seus males, atendendo a uma informação demasiadamente fixada no negativo. Cada sistema tem os seus vícios mas o democrático é o menos injusto de todos, pelo que se pode confirmar pela experiência e pelos valores defendidos. Não pode haver comparações aproximadas entre sistemas de carácter qualitativo tão diferentes. As injustiças, intimidações e os medos e a quantidade de pessoas espias ao serviço da DDR reduzem uma PIDE portuguesa à insignificância! Todos os regimes são inclinados ao controlo exagerado de seus cidadãos. Isto pressupõe um cidadão sempre atento e crítico!

 

A Dignidade humana é um valor maior a defender por todo o Estado justo. Na república socialista o Estado está acima do indivíduo sendo este apenas seu instrumento e não o seu fim.

 

 António da Cunha Duarte Justo

www.portugalnoticias.com

SURSUM CORDA

(*)

 

Sursum corda

 

(*)http://www.google.pt/imgres?q=meia%2Bhaste%2BNoruega&um=1&hl=pt-PT&sa=N&tbm=isch&tbnid=_yLNVxFaRNZm-M:&imgrefurl=http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/oslo-detido-fundamentalista-cristao-como-autor-do-duplo-atentado-com-fotos-e-video&docid=prdkHDAHgbByHM&w=300&h=397&ei=3UQtTsz3KojssgbPo7n3Dw&zoom=1&iact=hc&vpx=157&vpy=261&dur=122&hovh=258&hovw=195&tx=97&ty=145&page=1&tbnh=149&tbnw=144&start=0&ndsp=16&ved=1t:429,r:8,s:0&biw=1024&bih=753 

 

"Da conveniência dum Gabinete de Estudos Económicos na Estação de Melhoramento de Plantas"

 

 

De Dezembro de 1948 até ao verão de 1955 trabalhei na Estação de Melhoramento de Plantas, onde chefiei o Laboratório de Citogenética.

 

Porque me parecia (e continua a parecer...) que era importante medir o valor do trabalho produzido naquele organismo, propus, num colóquio realizado em 25 de Janeiro de 1952 e, posteriormente, num documento entregue ao Director, que fosse criado, na Estação, um Gabinete com esse objectivo.

 

Passado quase meio século e porque o Ministério da Agricultura ainda não considerou necessário esse elemento que eu considero fundamental para demonstrar, com dados muito concretos, como é fabuloso o investimento feito na investigação agronómica e como é um crime de lesa economia o que se tem andado a fazer ao sector, pareceu-me útil dar divulgação a esse escrito. O título deste artigo vai entre aspas porque é o título desse escrito, que a seguir se transcreve:

 

Da conveniência dum "Gabinete de Estudos Económicos" na Estação de Melhoramento de Plantas

 

Na evolução natural da agricultura de qualquer país verifica-se - salvo em raras excepções, resultantes de causas várias - um progressivo aumento unitário de produção, tanto em quantidade como em qualidade.

 

Esse aumento é o somatório da acção de muitos factores, dos múltiplos factores que temos sempre que considerar naquilo que se chama hoje ciência agronómica. A acção do homem tem-se verificado em escala cada vez maior e o facto primário donde veio a nascer a "agricultura" - a colheita, a única actividade exercida nos primeiros tempos - transformou-se, com o decorrer dos séculos, numa complicadíssima técnica.

 

Procurando as suas conveniências, o homem tem, sucessivamente, modificado os factores que nelas influem e - sem vaidade o podemos dizer - tem colhido resultados muito lisonjeiros, sem os quais, aliás, hoje não poderia subsistir. Actua-se, assim, sobre o solo, sobre o clima, sobre a própria planta.

 

Deixemos agora de parte os outros inúmeros sectores desses aperfeiçoamentos para olhar apenas um: o "melhoramento de plantas".

 

Velho de muitos séculos, só com o aparecimento da genética mendeliana se fortaleceu e tomou foros de ciência poderosa. O que ele conseguiu todos nós conhecemos, pelo menos nas suas linhas gerais.

 

Mas, além do facto natural de quem trabalha gostar de saber com precisão os benefícios resultantes desse trabalho, parece-me do maior interesse, não só para a Estação de Melhoramento de Plantas, como também para o País, o conhecimento exacto do que isso, em relação a nós, significa.

 

Se conhecêssemos, definido em números tanto quanto possível exactos, o acréscimo de produção - no final transformado em escudos - ano após ano, em resultado das linhas introduzidas na lavoura pela Estação de Melhoramento de Plantas, isso traria incontestáveis vantagens.

 

Não há que discutir aqui o papel e a necessidade das estatísticas. Estão patentes diante de todos e, como tal, os valores que a elas se adicionariam com o conhecimento acima apontado, justificariam, só por si, a sua conveniência.

 

Para o próprio trabalho da Estação, um conhecimento pormenorizado da expansão que cada uma das suas linhas vai tomando na cultura, é de primacial interesse.

 

Finalmente, porque temos a felicidade de trabalhar num ramo da ciência em que os benefícios utilizáveis são imediatos, o conhecimento exacto do aumento de produção obtido como consequência do trabalho de melhoramento, dar-nos-ia uma força extraordinária para exigirmos os meios de trabalho de que necessitamos, não só junto dos altos dirigentes, mas até junto das massas populacionais, nomeadamente junto da lavoura.

 

Desde que tivéssemos elementos concretos para mostrar o que o país tinha ganho com o que despendeu aqui, para lhe mostrar qual o juro exacto que tinha colhido da acção da Estação de Melhoramento de Plantas, considerada esta como uma inversão de capital - que, no fundo, é - a compreensão da existência deste organismo seria extraordinariamente maior e as facilidades que lhe seriam dispensadas aumentariam inevitavelmente. E isto, quando a Estação vai no princípio do longo e frutuoso caminho que tem a percorrer, é de valor inestimável.

 

Por estas razões e porque não há nos diferentes departamentos da Estação um a quem incumba essa função, parece-me necessário criar-se um "Gabinete de Estudos Económicos", não subordinado a nenhum departamento e, como os actuais, dependendo directamente do Director da Estação de Melhoramento de Plantas.

 

O pessoal desse Gabinete de Estudos Económicos seria, de início, constituído por um Engenheiro Agrónomo e, possivelmente, por um auxiliar. Mais tarde, se se reconhecesse necessário ou conveniente, seria aumentado, como tem sucedido a todos os departamentos da Estação, com mais engenheiros agrónomos, regentes agrícolas e auxiliares. A especialização a exigir ao engenheiro agrónomo Chefe do Gabinete de Estudos Económicos seria aquela que é necessária para a realização de inquéritos económicos. Tendo-se realizado um bom número deles, recentemente, em Portugal (entre os quais esse valioso trabalho sobre o custo da produção de trigo), não deve ser difícil encontrar a pessoa conveniente para esse lugar.

 

A actividade do Gabinete de Estudos Económicos constaria da elaboração, por inquérito anual, do mapa das áreas cultivadas com as linhas produzidas pela Estação de Melhoramento de Plantas e a avaliação, tanto quanto possível exacta, do aumento de produção daí resultante, quando em confronto com a cultura típica regional. Esse aumento de produção viria expresso em quantitativo dos produtos agrícolas e em valor em escudos. Nalguns casos especiais seria conveniente indicar os benefícios de segunda ordem, como possibilidade de alimentar maior número de cabeças de gado por hectare, novas possibilidades de ocupação de mão de obra, benefícios qualitativos de qualquer ordem, etc.

 

Após o seu primeiro ano de trabalho ou logo que isso lhe fosse possível, seria publicado o relatório referente ao período que vai desde o dia em que a Estação de Melhoramento de Plantas forneceu as primeiras sementes à lavoura, até à data da elaboração desse relatório. No futuro - e salvo qualquer alteração, que não é de prever neste momento - a publicação desse relatório seria anual. A publicação desses relatórios estaria perfeitamente bem na revista "Melhoramento".

 

Para o seu trabalho normal o Gabinete de Estudos Económicos pediria elementos, não só, dentro da Estação, aos outros departamentos - especialmente ao Departamento de Adaptação e Multiplicações - mas também às Brigadas Técnicas e a outros organismos que estão em condições de lhos poderem facultar. Bem entendido, que a maior parte do trabalho não poderia deixar de ser feita por inquérito directo.

 

Elvas, 29 de Janeiro de 1952

 

 

Miguel Eugénio Galvão de Melo e Mota

Engenheiro Agrónomo

 

Publicado no “Linhas de Elvas” de 18 de Agosto de 2000

 

GERAÇÃO À RASCA FOI A DELA!

 

"Sei o que quero e para onde vou..."

 


 «Geração à rasca» foi a minha. Foi uma geração que viveu num país vazio de gente por causa da emigração e da guerra colonial, onde era proibido ser diferente ou pensar que todos deveriam ter acesso à saúde, ao ensino e à segurança social.

Uma Geração de opiniões censuradas a lápis azul. De mulheres com poucos direitos, mas de homens cheios deles. De grávidas sem assistência e de crianças analfabetas. A mortalidade infantil era de 44,9%. Hoje é de 3,6%.

Que viveu numa terra em que o casamento era para toda a vida, o divórcio proibido, as uniões de facto eram pecado e filhos sem casar uma desonra.


Hoje, o conceito de família mudou. Há casados, recasados, em união de facto, casais homossexuais, monoparentais, sem filhos por opção, mães solteiras porque sim, pais biológicos, etc.

A mulher era, perante a lei, inferior. A sociedade subjugava-a ao marido, o chefe de família, que tinha o direito de não autorizar a sua saída do país e que podia, sem permissão, ler-lhe a correspondência.

Os televisores daquele tempo eram a preto e branco, uns autênticos caixotes, em que se colocava um filtro colorido, no sentido de obter melhores imagens, mas apenas se conseguia transformar os locutores em "Zombies" desfocados. 

Hoje, existem plasmas, LCD ou Tv com LEDs, que custam uma pipa de massa.

Na rádio ouviam-se apenas 3 estações, a oficial Emissora Nacional, a católica Rádio Renascença e o inovador Rádio Clube Português. Não tínhamos os Gato Fedorento, só ouvíamos Os Parodiantes de Lisboa, os humoristas da época.

Havia serões para trabalhadores todos os Sábados, na Emissora Nacional, agora há o Toni Carreira e o filho que enchem pavilhões quase todos os meses. A Lady Gaga vem cantar a Portugal e o Pavilhão Atlântico fica a abarrotar. Os U2, deram um concerto em Coimbra em 2010, e UM ANO antes os bilhetes esgotaram.

As Docas eram para estivadores, e o Cais do Sodré para marujos. Hoje são para o JET 7, que consome diariamente grandes quantidades de bebidas, e não só...

O Bairro Alto, era para a malta ir às meninas, e para os boémios. Éramos a geração das tascas, do vinho tinto, das casas do fado e das boites de fama duvidosa. Discotecas eram lojas que vendiam discos, como a Valentim de Carvalho, a Vadeca ou a Sasseti.

As Redes Sociais chamavam-se Aerogramas, cartas que na nossa juventude enviávamos lá da guerra aos pais, noivas, namoradas, madrinhas de guerra, ou amigos que estavam por cá.

Agora vivem na Internet, da socialização do Facebook, de SMS e E-Mails cheios de "k" e vazios de conteúdo.

As viagens Low-Cost na nossa Geração eram feitas em Fiat 600, ou então nas viagens para as antigas colónias para combater o "inimigo".

Quem não se lembra dos célebres Niassa, do Timor, do Quanza, do Índia entre outros, tenebrosos navios em que, quando embarcávamos, só tínhamos uma certeza... ...a viagem de ida.

Quer a viagem fosse para Angola, Moçambique ou Guiné, esses eram os nossos cruzeiros.

Ginásios? Só nas colectividades. Os SPAS chamavam-se Termas e só serviam doentes.

Coca-Cola e Pepsi, eram proibidas, o "Botas", como era conhecido o Salazar, não nos deixava beber esses líquidos. Bebíamos, laranjada, gasosa e pirolito. 

Recordo que na minha geração o País, tal como as fotografias, era a preto e branco.

A minha geração sim, viveu à rasca. Quantas vezes o meu almoço era uma peça de fruta (quando havia), e a sopa que davam na escola. E, ao jantar, uma lata de conserva com umas batatas cozidas, dava para 5 pessoas. 

Na escola, quando terminei o 7ºano do Liceu, recebi um beijo dos meus pais, o que me agradou imenso, pois não tinham mais nada para me dar. Hoje vão comemorar os fins dos cursos, para fora do país, em grupos organizados, para comemorar, tudo pago pelos paizinhos.

Têm brutos carros, Ipad's, Iphones, PC's, .... E tudo em quantidade. Pago pela geração que hoje tem a culpa de tudo!!!

Tiram cursos só para ter diploma. Só querem trabalhar começando por cima. 

Afinal qual é a geração à rasca...???

 

Da autoria duma jovem não identificada de 61 anos (isso mesmo!)...

“QUEM NÃO QUER SER LOBO NÃO LHE VESTE A PELE”

(*)

AGÊNCIAS DE RATING

 

 

Encontro-me entre os que desconfiam das boas práticas das Agências Americanas e não só. Para mim é claro que a Bolsa de Chicago, local onde são fixados os preços dos cereais e das oleaginosas que todo o Mundo vai consumir e pagar é manipulada por “Fundos” de especulação Americanos e pela própria FDA, defendendo, obviamente os interesses e a estratégia do Governo dos USA.

 

Mas, diz o adágio popular “quem não quer ser lobo não lhe veste a pele”. Será que a EU e o BCE andam vestidos de “pele de lobo” e estão mesmo a jeito para “levar um tiro” do caçador?

 

escrevi sobre os Estatutos do BCE e sobre o que é hoje a sua limitada acção “manter o valor aquisitivo da moeda, o Euro, e via taxas de juro, reduzir ou aumentar a massa monetária e controlar a inflação na Zona Euro”.

 

Também já escrevi sobre a política de “espaço aberto” da EU, que transformou o espaço Europeu num mercado paradisíaco para os produtores e exportadores de qualquer parte do Mundo. Seja da China, da Malásia, da Indonésia, da Índia, da Argentina e até das Zonas Livres instaladas em Marrocos ou noutro qualquer País.

 

O BCE aumenta a taxa de juro sem se importar com os efeitos devastadores que essa atitude vai ter na economia de Países como Portugal, Espanha ou Grécia. Para o BCE o que interessa é controlar a inflação, ainda que essa inflação seja consequência dos preços dos cereais, das oleaginosas e do petróleo, manipulados nas Bolsas de Chicago e N.Y.. Não vai baixar inflação nenhuma mas vai ter
consequências nefastas na nossa economia. Isso não lhes interessa, querem lá eles saber!!!

 

A UE faz (in)convenientes acordos com Países Terceiros, parece que muito preocupada com as economias desses Países. Trama a economia de Portugal, da Espanha e da Grécia, mas querem lá eles saber disso, se da Zona Livre de Tânger (Marrocos) vêm cablagens mais baratas para a indústria automóvel alemã.

 

Isto sempre se resolveu com umas obras públicas nos Países periféricos, que, além do mais permitem encapotar subsídios à produção de equipamentos sob a forma de ajuda ao País de destino. Todos sabem que tais obras não vão ter qualquer impacto no desenvolvimento económico futuro desses Países, mas ao mesmo tempo que os “amarra” a dívidas impagáveis, permite que os fabricantes de maquinaria franceses e alemães vendam mais uns equipamentos (é o caso do famoso e famigerado TGV).

 

A UE e o seu BCE não têm nenhum programa de desenvolvimento económico para Portugal. Tal programa não interessaria à Alemanha ou à França. As Agências de Rating sabem disso, e vêem “empurrar com a barriga” a dívida Portuguesa, que nos próximos três anos, pela simples soma dos deficits orçamentais aprovados vai aumentar cerca de 20.000 milhões de euros (cerca de 12,5% do PIB), e nada de Planos para o crescimento da economia. O que é que têm de concluir? Lembro que são apenas Agências de Rating, não Santas Casas da Misericórdia.

 

Caros Leitores, o cartão amarelo ou vermelho da Mooddy´s, que não é inocente, tem, infelizmente impacto directo em Portugal, mas ele é realmente mostrado às duas instituições UE e BCE, que ou se reformam urgentemente ou acabam com o projecto Euro e até com o projecto Europa.

 

Lisboa, 8 de Julho de 2011-07-08

 

João A. J. Rodrigues

Empresário, Gestor e Livre-pensador em Economia

 

(*)http://www.google.pt/imgres?q=pele%2Bde%2Blobo&um=1&hl=pt-PT&tbm=isch&tbnid=D2Sj7J-6JJQWpM:&imgrefurl=http://freakshow.blogtv.uol.com.br/2009/10/18/designer-do-cazaquistao-cria-um-chapeu-que-e-a-cabeca-de-um-lobo&docid=7y514Nc79Ny4KM&w=392&h=574&ei=PacqTp2FMcmy8gPV9PyNDA&zoom=1&iact=hc&vpx=329&vpy=47&dur=1582&hovh=272&hovw=185&tx=111&ty=150&page=1&tbnh=128&tbnw=105&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:1,s:0&biw=1140&bih=562

 

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