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A bem da Nação

CRÓNICAS DO BRASIL

 

Farc e Brasil
 
Há anos que venho, insistentemente, denunciando o «jeitinho» brasileiro nos seus contactos com as Farc. Podem-me chamar de cachorro, mas o faro para estas coisas, até hoje, não me tem faltado!
O governa-se sempre de boca fechada sobre situações, no mínimo, estranhas, não conseguiu tapar a boca de todo o mundo, e há muito que é sabido que existem MESMO relações muito chegadas, a nível de primeiro escalão, entre as tais Farc e seus amigalhaços em Brasília, e não só.
A última coisa que poderia imaginar é que as Farc tivessem um tratamento tão carinhoso com o braço direito - e de ferro - do big líder, chamando-lhe inefável! Inefável! Brilhante!
Além de haver guerrilheiros, chamados terroristas - o que o nosso governa-se se recusa a admitir, e está-se a ver a razão - que desde há anos, além de terem livre trânsito para o escoamento das drogas pela nossa Amazónia (nossa, vírgula, deles!) mantém sempre uma tropa de instrutores de terrorismo junto do nosso (deles) MST.
Incrível ainda como o chefe do gabinete da presidência deste governa-se ainda tem o descaramento de informar que as Farc mantinham no Brasil um embaixador! Uma bofetada na cara de todos nós, brasileiros e em todo o mundo que condenou já, por diversas vezes as Farc como grupo terrorista. Não me venham com conversas de que são um grupo de guerrilha política, mesmo tendo, teoricamente, base maoísta, porque a realidade é o narcotráfico, os sequestros, a tortura moral e física, etc.
O Brasil afirmando, via governo, leia-se governa-se, que mantém ligações, inclusive tendo aceite um embaixador, é uma afronta! Desse muito dinheiro que rende o narcotráfico, quanto virá para as campanhas da escumalha que se elegeu e quer reeleger! Isto não é um país, ou antes, uma nação. Isto é um circo!
E os circos muitas vezes pegam fogo! O problema aqui é não há quem o queira apagar!
 
Notícia veiculada pelo provedor da Internet, sem que tenha aparecido mais qualquer referência nos jornais!....
Quinta, 31 de julho de 2008, 15h12 Atualizada às 15h29
Gilberto Carvalho: governo tem zero de relação com Farc
Laryssa Borges
Direto de Brasília
O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, negou hoje ao Terra que tenha mantido qualquer "relação estreita" com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e disse que o governo brasileiro "tem zero de relação com as Farc". "A posição brasileira é claríssima contra os métodos das Farc e os seqüestros", informou Carvalho.
 
Assessor directo do presidente Lula, ele declarou ainda que seu nome aparece nos e-mails trocados pelo ex-porta-voz internacional das Farc e número dois da guerrilha, Raúl Reyes, porque ele fez "uma ação humanitária" ao pedir ao subsecretário especial de Direitos Humanos, Perly Cipriano, que intercedesse para dar condições mais dignas para o "embaixador" das Farc no Brasil, padre Olivério Medina, então preso em Agosto de 2005.
"Em dois ou três momentos é mencionada uma gratidão ao Gilberto Carvalho. Fui procurado para (reverter) condições carcerárias subumanas", afirmou o assessor do presidente. "O pior dos mundos seria esse cidadão (padre Olivério Medina) falecer ou ficar doente. O Brasil tem que dar condições adequadas aos presos políticos", esclareceu. "Tirando a acção humanitária (nesse caso) não há nada que nos faça ter relação com as Farc", concluiu Carvalho.
Já o assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia informou que seu nome é citado nos e-mails de integrantes das Farc porque foi ele quem evitou que a narcoguerrilha colombiana se aproximasse do governo Lula. Nas correspondências, ele é citado como o "inefável Marco Aurélio Garcia".
Do Paraguai, onde representa o governo em reuniões preliminares à posse do novo presidente Fernando Lugo, Garcia disse que os e-mails mostram "explicitamente" seu papel como aquele que trabalhou para conter a infiltração da guerrilha no governo.
"As informações falam por si. Houve uma certa tentativa de aproximação, que foi barrada", comentou. "Se houve uma tentativa, não houve sucesso."
Redação Terra
 
Rio de Janeiro, 1 de Agosto de 2008
 
Francisco Gomes de Amorim

Burricadas nº 40

 

Agora é que são elas - III
 
v   A última vez que escrevi sobre a crise financeira, haverá um mês, tinha acabado de vir a público a situação financeira particularmente difícil em que se encontravam duas das agências de crédito hipotecário patrocinadas pelo Governo norte-americano (GSE): FREDDIE MAC e FANNIE MAE (que eu, para vergonha minha, confundi, então, com GINNIE MAE).
v   Na altura, não tinha ainda números exactos sobre a dimensão destes dois colossos do mercado de instrumentos de dívida de taxa fixa (ITF). Sei agora, graças à cortesia do FED, que será para cima de USD 5 milhões de milhões (5,000,000,000,000) – um valor que fez gelar o sangue a muito boa gente por esse mundo fora (termos de comparação: 6 vezes os twin deficits somados; aproximadamente, o total da Dívida Pública dos EUA; 40% do PIB norte-americano estimado para 2008).
v   Antes de reflectir sobre o que isto significa e prenuncia, não resisto à pergunta fatídica: Como é que tal foi possível?
v   Pois não era que a crise envolvia, apenas, créditos hipotecários subprime - justamente aqueles que as GSE estão estatutariamente proibidas de financiar? Será que a onda de créditos malparados não se confinou aos empréstimos subprime (afinal, uns “míseros” USD 400 a 600 mil milhões) e avançou pelas carteiras prime e ALT A adentro? Ou será que estas duas GSE (pelo menos estas), fazendo uma interpretação demasiado permissiva da sua missão estatutária (e para abicharem umas comissões mais), começaram a garantir a torto e a direito todo e qualquer crédito hipotecário, ainda que só financiassem directamente as tais operações prime e ALT A?
v   A julgar pelas entrelinhas das declarações oficiais (Board do FED e Secretário do Tesouro) vindas a público, terá sido um pouco de tudo – até ingerência política em momentos de aflição, durante o 2º semestre de 2007. Com a complacência do Supervisor das GSE - e sossego satisfeito dos restantes (são vários) Supervisores lá do sítio, para quem os seus supervisionados teriam assim o risco de crédito bem coberto.
v   Por fim, os danos tornavam-se previsíveis: o colapso do mercado de ITF, que arrastaria os mercados de “derivados” e faria regressar a vida financeira aos bons velhos tempos em que se transaccionava a contado umas acções e pouco mais. Além de se abrir uma guerra de taxas de câmbio com consequências, essas sim, impossíveis de prever.
v   Para evitar o caos nos mercados financeiros internacionais, o Secretário do Tesouro norte-americano (H. Paulson) não foi de modas. Solicitou e obteve do Congresso: (a) uma linha de crédito praticamente ilimitada para acorrer às GSE em apuros (só estas?) - se, quando e sempre que necessário, até final de 2009; (b) autorização para entrar no capital de FREDDIE MAC e FANNIE MAE (uma medida surpreendente em mentes tão neo con). Ou, visto a outra luz: mais uma vez os contribuintes norte-americanos a serem chamados a pagar porque alguém não fez aquilo para que estava a ser pago.
v   A estratégia é de meridiana clareza: saiba quem tem de saber que a dívida emitida, e a emitir, por FANNIE MAE e FREDDIE MAC será pontualmente servida. É claro que as yields (isto é, as taxas de retorno que as cotações actuais proporcionam) dos Títulos do Tesouro norte-americanos (que são ITF, também) deram logo um salto - e, com elas, o preço da liquidez em USD por esse mundo fora.
v   O interessante é que, graças aos mecanismos embutidos no modelo do mercado (e, sublinhe-se, à sensatez de Paulson), a realidade está a repor o cenário de eficiência dinâmica (em que pedir emprestado tem sempre um custo real para o devedor), levando de vencida a estratégia Greenspan (assente na ineficiência dinâmica e no prémio concedido a quem se endividar).
v   Pedir emprestado para especular não será mais uma decisão que possa ser tomada com a ligeireza de há uns meses a esta parte – e os mercados de commodities (sobretudo aquelas cuja procura mundial seja bastante rígida) vão conhecer finalmente alguma acalmia. Como acontece sempre que uma bolha especulativa rebenta, quem se deixou surpreender pela mudança de cenário (quem ficou com o diabrete, na feliz expressão do Prof. Jacinto Nunes), tramou-se. Estranho é que os moralistas que verberaram os lucros dos especuladores finjam não ver agora o reverso da medalha.
v   Não se pense, porém, que os preços das principais commodities vão regressar aos níveis de há dois anos. O rendimento mundial está a crescer aceleradamente e, com ele, a procura solvente, sem que se vislumbrem inovações qualitativas para os lados da oferta. Nestas circunstâncias, uma qualquer notícia poderá desencadear surtos especulativos intensos, mas de curta duração. Até que a economia baseada em USD se habitue, de novo, à eficiência dinâmica, muito haverá ainda que penar por força da imprevisibilidade.
v   A habituação mais custosa vai acontecer, porém, nos mercados financeiros, até porque a reposição de um custo efectivo para o dinheiro vai coexistir com medidas destinadas a enxugar a liquidez que os Bancos Centrais têm vindo a injectar nas suas economia para evitar o colapso de uns quantos Bancos.
v   E é a disciplina do mercado (esse 3º pilar do Basileia 2 que muitos viram como um simples adorno bem pensante) que irá impor, por fim, as suas regras, exigindo à generalidade dos Bancos (e a muitas Instituições Financeiras) que, ou revelam com maior clareza os riscos a que se encontrem expostos e reforçam os seus capitais em conformidade, ou saem de cena.
v   Mas é na regulação e na supervisão dos mercados e das instituições financeiras, que nada poderá ficar como dantes. Nos EUA, as manobras para pôr a casa em ordem, também neste capítulo, já começaram – por enquanto, a nível institucional, com o FED a assumir todo o protagonismo, como Supervisor Alfa. Na Europa, conhece-se um pouco do que a FSA (Reino Unido) anda a fazer – e quanto aos restantes países, nada.
v   Em Portugal, menos que nada - que a supervisão, por cá, é um segredo bem guardado.
 
Agosto de 2008
 A. PALHINHA MACHADO

NUCLEAR: YES, WE CAN !

 

 
Se há centrais nucleares espanholas velhas e perigosas junto à fronteira,
porque não havemos de ter das modernas e seguras cá dentro, nossas?
 
 
 
Agora que o petróleo começou a descer e bastante – 25 dólares por barril, em duas semanas, atingindo o valor mais baixo dos últimos três meses - é provável que as opiniões contra a energia nuclear em Portugal não se façam esperar e tentem rapidamente sobrepor-se àquelas que, muito por força das circunstâncias, é verdade, se fizeram ouvir à medida que o recente estado de pré-pânico se foi instalando e dominando o pensamento colectivo.
 
Declaração de interesses: nada tenho a ver com a indústria nuclear, nunca tive. Sobre a energia nuclear, formei a minha opinião há já alguns anos. Transformei-a, depois, numa opinião final, digamos, fechada. No entanto, não dogmática. De resto, há cerca de três anos, quando acompanhava Ribeiro e Castro na condução dos destinos do CDS, tive a possibilidade de revisitar o assunto, confirmar convicções e, até, actualizar argumentos. Com a visão política que hoje, mais do que ontem, muitos lhe reconhecem, Ribeiro e Castro achava que o assunto não poderia deixar de ser debatido em Portugal. Mais: devendo deixar de ser um assunto tabu, era cada vez mais urgente discuti-lo num amplo e sério debate nacional. Fazia parte das matérias que Ribeiro e Castro incluíra no que baptizara de “aprofundamento do pensamento estratégico sobre o país” e que o grupo dirigente do CDS de então adoptou e seguiu. O CDS lançou, portanto, o desafio. Iniciámos o debate no partido e também no Portugal do século XXI. Em Junho de 2005. Agora, só agora, em Julho de 2008, alguns fizeram valer o peso da sua voz para quebrar o tonitruante silêncio que tem envolvido o nuclear, isto é, a produção de energia nuclear em Portugal. Mas foi preciso apanhar o petróleo a jeito!
 
Nós podemos debater seriamente o nuclear; é escusado adiarmos mais esse debate. Nós podemos decidir informadamente sobre o nuclear; já não é cedo para tomarmos essa decisão. Por muito que não o queiramos – e, objectivamente, queremo-lo – vamos continuar a gastar cada vez mais energia. E como nós, haverá cada vez mais povos de cada vez mais países a quererem gastar cada vez mais energia. Porque, na sociedade em que vivemos, energia significa desenvolvimento, progresso, conforto. Significa qualidade de vida. E quanto mais necessitarmos de desenvolvimento ou progresso e conforto quisermos ter, mais energia vamos ter de dispender. É por isso que a solução só pode ser: primeiro, dispor de energia; segundo, dispor de energia barata; terceiro, dispor de energia barata e abundante; e, quarto, dispor de energia barata, abundante e limpa.
 
Perguntar-se-á, então: deveremos apostar tudo no nuclear? Deveremos apostar tudo na produção de energia nuclear em Portugal? Não, claro que não. Não devemos tornar dispensável o que é indispensável – e a verdade é que toda a energia é indispensável. Não, não deveremos apostar tudo no nuclear. Mas, se em Portugal já consumimos energia produzida em centrais nucleares – portanto, virgens não somos – e se em Espanha, e até na sua fronteira com Portugal, há já muitos anos que existem centrais nucleares – e não agimos para que a Espanha as desmantele – porque será, afinal, que não podemos produzir energia nuclear em Portugal?
 
 
 
Lisboa, 1 de Agosto de 2008.
 
Martim Borges de Freitas
 
 

CRÓNICAS DO BRASIL

 

BRINCANDO  ÀS  GUERRAS...?
 



Neste momento [Julho de 2003] não vejo qualquer interesse em debater neste país o que quer que seja, que se pareça com o sexo dos anjos.

Tanto faz que o assunto diga respeito ao índio, à negritude, às quotas, à branquidão, ao Fome Zero, à reforma fiscal ou da previdência; nada disto vale uma migalha ao lado do problema que se agiganta numa velocidade de TSUNAMI e que pouco falta para nos engolir a todos. Está quase.

Não adianta disfarçarmos. É só ler os jornais.

Todos os dias, TODOS OS DIAS, os  2 - dois - MST - Sem Teto e Sem Terra, invadem, destroem, roubam, matam gado, mandam e desmandam e ainda o chefe da quadrilha se atreve a dizer que tem um exército que não teme coisa alguma, e que não vai parar enquanto não ocupar todas as terras dos agricultores! Isto é um acintoso desafio à normalidade, uma autêntica declaração de guerra. Uma afronta à PAZ!

Isto sim é grave. E não se vê nada, ninguém, mexer uma palha para pôr cobro a este estado. Já não vivemos num estado de direito e por este andar não vamos nem passar pelo estado de calamidade pública. Não tarda estamos directamente no estado de guerra.

Discute-se muito o desarmamento da população, e o MST está armado até aos dentes, e se necessitar de mais os seus irmãos das FARC mandam o que for necessário. Já há muito que mandam treinadores de guerrilheiros - a Polícia Federal e todos nós sabemos muito bem disso - o que significa que mandar armamento, para eles é moleza.

O governo... o governo onde está? Será que temos governo? Há governo?

Ou umas dúzias de demagogos discípulos e seguidores do desastre em que se vê Cuba?

Eu não tenho fazenda, nem sítio, nem sequer uma chácara, mas já vi este filme diversas vezes, e é dos tais que não tem um Happy End.

Golpe de Estado? Forças Armadas? Quem vai aceitar um golpe tipo 1964? Onde está um líder para levantar a voz e começar a conscientizar a população do perigo que está eminente?

O Brasil está a viver um certo desafogo no seu Balanço Comercial devido à grande produção agrícola que tem vindo a crescer muito significativamente.

O MST quer, como é evidente, acabar com essa estabilidade. Quer a anarquia. Quer a sovietização. Já o pronunciou  ALTO  e  CLARO  para quem quis ouvir, e até para quem não queria.

Banca rota? Guerra civil?

Já vi muita guerra, já estive no meio delas. Desde que nasci já devem ter morrido cerca de 100.000.000 de pessoas em resultado de guerras, guerrilhas, revoluções e outras loucuras cometidas por algumas bestas-feras que se assemelham ao homem, e por isso, de entrada, nos enganam.

Eu não tenho em casa nem um estilingue. Mas não vou ficar quieto assistindo a este descalabro.

Olho por olho, dente por dente.

Cristo dava a outra face. Eu não sou Cristo.



Rio de Janeiro, 28 de Julho de 2003
 
Francisco Gomes de Amorim

A nobreza brasileira

 

 
Segundo o Dr. António Sérgio, a um grupo diferenciado de indivíduos que gozava de prerrogativas e direitos superiores aos da maioria da população e que podia transmiti-los hereditária e legalmente, dava-se o nome de nobreza.
 
Com a evolução dos tempos as sociedades humanas organizaram-se em castas ou classes, de acordo com a diferenciação e importância que os homens tinham para o governo de uma comunidade ou nação.
A partir da idade média, na Europa, os reinos construídos à custa de lutas e conquistas premiavam os seus mais valorizados guerreiros com tenças, terras, domínios, posições administrativas e de comando, e passavam a chamar de nobres a esses destacados homens. Nos séculos seguintes, além da recompensa a actos heróicos, a Coroa passou a titular aqueles que se distinguiram no campo mercantil, financeiro, político, religioso e cultural, 
quando promoviam o rei e o seu reino. Em remotas épocas, foi tamanha a sua importância que o poder da nobreza superou o do soberano. Matava-se e morria-se pela honra pessoal e pelo nome de família.
 
Nos meados do século XI a nobreza tomou na Península Ibérica, França e Alemanha os apelidos ( sobrenomes) das terras de origem, onde existiam seus domínios. E acrescentou-se a partícula de (Portugal), du (França), von (Alemanha), que persistiu até hoje nos nomes dos cidadãos comuns, indicativa do lugar de onde provinham.  
 
A partir da promulgação da lei que elevou o Brasil a reino (Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves), a 16 de Dezembro de 1815, o país passou a ter luso-brasileiros com títulos de nobreza. Foi necessário criar-se uma corte especial, com “cara brasileira”. No inicio, em 1808, com D. João, transplantava-se os títulos de Portugal, mas com D. Pedro I e D. Pedro II, os brasões passaram a ter cores e motivos tropicais, da terra sul-americana.
 
Apareceram títulos nobiliárquicos novos, distribuídos à larga mano, onde as referências eram baseadas na força financeira e territorial, e  na “cor” política do agraciado, além do tradicional mérito por trabalhos prestados à Coroa. Diferentemente da nobreza europeia que provinha do seio de família tradicional e aristocrática, onde as pessoas recebiam qualificação e tratamento diferenciados, por herança dos feitos gloriosos dos antepassados, no Brasil, ser nobre,  era um estado temporário que desaparecia com a morte do agraciado.
 
Quando a república se instalou no país (15 de Novembro de 1889) um dos primeiros actos do novo governo foi acabar com os títulos de nobreza. A nobreza, diziam, fazia a Corte e como não havia mais a Corte, não havia o porquê de ela existir.
 
 Maria Eduarda Fagundes
Uberaba, 05/08/08
 

Curtinhas nº 59

 

Com a verdade me enganam
 
v   As voltas que a vida vai dando só agora me permitem concluir a série de comentários sobre a situação que se tem vivido por cá nos preços dos combustíveis rodoviários (vulgo, gasolina e gasóleo).
v   A Autoridade da Concorrência (AdC), entretanto, publicou sobre este assunto dois documentos (um longo Relatório e a Newsletter n.º 19) nos quais é evidente a preocupação de coligir e organizar o máximo da informação disponível, quer sobre o enquadramento legal do negócio de refinação e distribuição de combustíveis em Portugal, quer sobre dados estatísticos domésticos e internacionais. Questão resolvida, ponto final? Nem por sombras.
v   Continuaram, e continuam ainda, sem resposta as perguntas fulcrais no debate que a recente alta de preços veio desencadear. Como se tivesse havido a preocupação de passar de largo, de as contornar, mantendo-as longe da vista através de uma pesada cortina de informações cujo propósito seria desviar as atenções e, em simultâneo, deixar a sensação de que o problema tinha sido exaustivamente tratado.
v   Há, de facto, muito de academismo naqueles documentos, tanto na abordagem descritiva, como na escolha dos indicadores estatísticos – e só ficou a faltar mesmo um ajustamento econométrico e alguma matemática sofisticada para que os cânones da boa tese universitária tivessem ficado totalmente preenchidos.
v   E, afinal, o que havia a esclarecer era bem simples:
(a) Serão os preços CIF Roterdão, adoptados pela GALP, e seguidos pelas restantes distribuidoras, um bom indexante para os preços no mercado interno?;
(b) Sob que condições a actual estrutura do mercado de combustíveis rodoviários será compatível com um ambiente de razoável concorrência?;
(c) Como fazer para que os preços no retalho reflictam com fidelidade, em todas as circunstâncias, as variações registadas pelo indexante escolhido?
v   Não molestou a AdC que o indexante há muito adoptado por todas as distribuidoras (facto que é do conhecimento público) fosse um preço CIF – ou seja, um preço que inclui, além do custo industrial, do custo da armazenagem e da margem de lucro do produtor/vendedor (suficiente para cobrir as perdas esperadas em quebras e incobráveis), também o custo do frete (no caso, frete marítimo) e o prémio do seguro de transporte até ao local de destino (Roterdão).
v   Ora, quando as distribuidoras vendem no mercado interno não têm de suportar o custo do transporte marítimo até Roterdão, nem o respectivo prémio de seguro. Mas, por outra parte, como a AdC claramente descreve, adicionam aos preços CIF Roterdão as despesas com a entrega nos postos retalhistas. O que é dizer: somam dois custos de transporte (e dois prémios de seguro) que não correspondem à movimentação real do produto – e transformam uma dessas parcelas (por acaso a maior delas) em sobre-lucro.
v   O indexante poderia ser o preço do próprio crude numa qualidade de referência, ajustado para a qualidade que a GALP (só esta tem refinarias em território português) habitualmente refina – e, aí sim, CIF Roterdão (por não haver dados publicados, fidedignos e comparáveis, sobre preços CIF Sines, ou CIF Leixões, de crude). Mas, se assim fosse, a GALP estaria a repercutir no consumidor eventuais ineficiências na condução das suas duas refinarias (Sines e Matosinhos).
v   Melhor seria que o indexante fosse construído a partir dos preços ex-works (à saída da refinaria) das gasolinas e do gasóleo em refinarias de referência. Só que esses preços também não são objecto de divulgação. O que mais se aproxima deste indexante ideal é o preço net back – ou seja, o preço CIF Roterdão, ao qual teria de se deduzir: o custo do frete marítimo Sines/Roterdão e o correspondente prémio do seguro de transporte marítimo.
v   Estranhamente, passou despercebido à AdC que são frequentes os swaps de produto no mercado do petróleo e derivados. Num swap quem fornece de facto não é quem factura – e, assim, todos os produtores intervenientes poupam custos de logística.
v   Por isso, em Portugal, a quota da GALP nas quantidades de combustíveis rodoviários (sobretudo, a gasolina) consumidas é superior àquela que resulta das estatísticas de vendas (facto a que a AdC não prestou a menor atenção). Isto significa que só estão abertas à concorrência as componentes “lucro bruto na distribuição ao retalho” e “lucro bruto do retalhista” – ou seja, nem 20% do preço final antes de impostos. Seria grande ingenuidade esperar que a concorrência em campo tão estreito fosse visível nos preços finais – mas a AdC parece acreditar que sim.
v   Num mercado com tal estrutura, como é possível evitar que se formem cartéis de facto, com um líder – e todos os restantes fiéis e satisfeitos seguidores? Simples: contratualizando a regra de formação de preços.
v   Cada distribuidora será, então, livre de escolher a regra que melhor lhe pareça, desde que essa regra satisfaça os seguintes dois requisitos:
(a) O indexante ser pertinente – isto é, ter a ver com os mercados internacionais do crude e dos seus derivados;
(b) A regra ser simétrica – para variações do indexante iguais em valor absoluto, mas de sinal contrário, as correspondentes variações no preço de um qualquer dos combustíveis rodoviários são também iguais em valor absoluto, embora com o sinal trocado.
v   Com esta regra, vigiar em tempo real (e, não, com meses de atraso, como hoje acontece) pelo efectivo primado da concorrência que aproveite ao consumidor estará ao alcance de qualquer um. Não ocorreu à AdC. Fica para a próxima. (FIM)
Lisboa, Agosto de 2008
A. PALHINHA MACHADO

Bush x Karadzic

 

 x  
 
 
Este mundo é de uma falsidade, ou hipocrisia, se não genética, doentia. Mas praga é de certeza.
Os «honestos e «irrepreensíveis» senhores de um chamado «tribunal internacional» negociaram a entrada da Sérvia na UE desde que lhe entregassem os criminosos (sem aspas) Karadzic e Mladic para serem julgados por crimes horrendos contra a humanidade. Já caçaram um e "andam à procura" do outro, que por ser general deve ter todos os militares sérvios a protegê-lo.
Estes dois, pelo que consta, são responsáveis por centenas de milhares de extermínios, genocídio rácico, e como tal devem ser enjaulados ou transformados em ração para porcos ou urubus.
Também já declararam os tais senhores que outro facínora, Omar al-Bashir, deve ser-lhes entregue para julgamento. Quem o vai entregar? A China, seu aliado?
Mas como estes três sacripantas há, mundo fora, mais umas dezenas iguais, que os «irrepreensíveis» não se atrevem a condenar: Than Shwe, da Birmânia e sua capangada, Mugabe e uns quantos mais em África, além de condenações póstumas a Mao Tse Tung, Stalin, ao Hitler não é necessário porque a propaganda universal disso já se encarregou, e... ao «grande dono do mundo» o tal que dá pelo nome de W.Bush!
Esse cara, em oito anos, matou milhares de americanos em luta idiota, além de muitos mais iraquianos, e não contente com isso conseguiu arruinar, ou deixar em pré falência, talvez em concordata, o mais poderoso país do mundo, com um déficit que rondará uns largos trilhões de dólares.
O tal W. Bush nunca ouvira falar sobre os desastres da Coreia ou Vietname, ou mesmo sobre a Baía dos Porcos. Só deve lembrar-se da 2ª Guerra Mundial e do desembarque na Nicarágua, e depois de muito estimuladas as suas meninges, acaba de lhe vir à memória o sistema de tortura dos prisioneiros de Guantanamo, igual ao que os filmes de Hollywood nos mostravam sobre a antiga Albânia!
Agora quer desenterrar a 4ª Esquadra para "atemorizar" a América do Sul, conseguindo com isso que o Chavez gaste bilhões em equipamento militar russo em vez de desenvolver o seu país que tem a mais alta taxa de inflação do continente, apesar de ser, no momento, o 9° produtor mundial de petróleo!
Estou a pensar se a UE não vai exigir da Turquia o reconhecimento pelo genocídio de 1,5 milhões de arménios, antes de ver analisada a sua candidatura a entrar para o clube europeu!
De qualquer forma, no mesmo banco dos réus deviam sentar o Bush e o sócio Bin Laden, ou então, melhor ainda, enfiar os dois na mesma cela durante uns 10 anos!
Sem julgamento.
 
Rio de Janeiro, 31 de Julho de 2008
 
Francisco Gomes de Amorim

COISAS VISTAS

 

 
 
O que há de comum entre Hughie O’ Donoghue , pintor irlandês em exposição no Museus de Arte Moderna, na Haia e Richard Avedon, fotógrafo americano em exposição no Jeu de Paume, em Paris? Ambos acreditam na desconstrução, à Jacques Derrida. 
Richard Avedon (N.Y., 1923 -Texas, 2004) levou anos a tentar desconstruir o pai. No último ano de vida deste, aproveitando-se de um licença que nunca antes o pai lhe concedera, fotografou-o todos os dias até ao da morte registando um documentário único sobre a decomposição física do ser humano, que expôs no Modern Art de NY. Ultrapassar sempre os limites; nada aceitar que possa converter-se em fórmula, era a sua maneira.  Sobre o seu métier, não tinha dúvidas: o fotógrafo é um ficcionista. Quem tira uma fotografia está a contar uma história. A verdade é secundária pois não se trata de documento; a mensagem é o que conta. Susan Sontag chegaria á mesma conclusão: - “o fotógrafo é o grande mitólogo”.
Avedon descobriu em Suzy Parker - a famosa modelo nova-iorquino dos anos 50 -, que a beleza da mulher é inseparável da vulnerabilidade, da ansiedade, e da solidão. E, como recomenda Derrida, recorreu ao contraste para melhor se fazer entender. Colocou o seu modelo entre elefantes! A ninguém restam dúvidas quanto ao que Avedon entendia ser a essência do belo feminino: tudo, menos paquidérmico.
 
                                           
Inspirado (literalmente) por  Avedon, Billy Willer  faria a glorificação do belo feminino servindo-se do contraste Audrey Hepburn /Humphrey Bogart na inesquecível Sabrina. No caso, coube a Humphrey vestir a pele do elefante. (Que tempos maravilhosos, os anos de 50 – antes do de Gaulle !!!. Nunca mais voltarão; os anos 60 estragaram tudo, a começar pelos Beatles). Avedon – como todos nós - perdeu-se no caminho. Os anos de 70 tornaram-no ávido do sórdido. Faria contrastes do belo manequim semi-despida com esqueletos vestidos a rigor. Aceitou Derrida e enveredou pela fotografia sistemática das deformações  que o trabalho provoca no corpo humano. Os que não compreendiam a intenção desconstrutiva, acusaram-no de falta de respeito pelos modelos. É desta fase que data a ilustração da destruição física de seu pai.
O’Donoghue faz também questão de nos transmitir a decomposição física do seu pai, no final da vida. Usou para tanto a fotografia e o pincel. Simplificou e neutralizou. A figura do pai  diluí-se como tudo o que o cerca. O pai de O’Donoghue não é destruído; apaga-se, desaparece.
 
                 
 
A mulher de O’Donoghue flutua
                  
 
A filha parece ser a única pessoa da família que se quer prender ao mundo. Procura abrigo, se bem que este pareça algo improvável. 
 
                           
 
 
 
Avedon e O’Donoghue ambos rejeitam padrões impostos ao artista, limitativos da sua capacidade de criar. Dizem isso, mas será mesmo assim? A preocupação, partilhada por ambos, de exibir exclusivamente em museus não será indício claro da aceitação dos moldes consagrados, prova de conformidade com os padrões estabelecidos? Diria que sim.
 
Estoril, 2 de Agosto de 2008
 
Luís Soares de Oliveira. 

CRÓNICAS DO BRASIL

 

160.000.000.000
 
Não, não é o censo demográfico, que esse já ultrapassou este número. Também não é o somatório dos prejuízos da banca americana e européia (cujos valores são cem vezes mais elevados), mas, SIMPLESMENTE, a quantidade em moeda (ou nota, ou cheque) que todos os anos a corrupção faz desaparecer dos dinheiros públicos no Brasil!
160 biliões de reais, mais de 100 biliões de dólares!  10% do PIB nacional!
Quase o valor do PIB da Dinamarca que se rouba todos os anos! É muita sem vergonhice, tudo às escâncaras, a começar no topo da pirâmide e vindo até à base.
O país está MESMO entregue à bicharada, não em sentido metafórico aos do jogo do bicho, a quem também está, mas ao narcotráfico, às milícias que controlam algumas favelas, ao MST, e sobretudo a um bando asqueroso de políticos a quem as leis não conseguem (ou não querem?) condenar!
São eles que fazem as leis, onde sempre fica um item ou um parágrafo que... safa a onça da canalha. São os filhos do big líder a enriquecer de um dia para o outro sem que o papá se tenha apercebido, deputados, senadores, ministros, governadores, etc., etc. Uma podridão que nem no “quinto dos infernos” se vê igual. Ou igualha.
Imagino que a maioria das pessoas que lê estas informações imaginará que, possivelmente em breve, o meu epitáfio seja algo como “Aqui jaz um cara que incomodou e não se cansou de mentir”, ou era louco! Mentira. Por ter sempre abominado a mentira, pela vida fora levei muita bordoada e... não aprendi! Agora de louco, felizmente tenho o suficiente, ou talvez, melhor ainda, um pouco mais.
O nosso, ia a chamar-lhe desgoverno, mas é melhor o nosso governa-se (e de que maneira!) consegue com isto alcançar uma popularidade de uns 70%. Vejam como o povo, que é bom, mas ignorante, é estúpido! Todos os dias assistimos a escândalos de dimensões que acabam sendo ignoradas ou camufladas e... o governa-se, como por aqui dizem, não está nem aí. Estamos nós, para pagar a conta! Viva a democracia! A gente reclama (pouca gente, claro) e a banditagem rouba descaradamente.
Há tempos uma pobre mulher roubou, aliás “retirou” de um supermercado um pacote de 200g de manteiga. A segurança viu, foi presa, e ao fim de seis meses, foi preciso que um juiz do supremo se condoesse com a crítica nos jornais e mandasse soltar a pobre.
Se ela tivesse roubado 160 milhões no dia seguinte teria um habeas corpus ad aeternum!
Agora alguns ultra querem rever a lei da amnistia que pretendeu pôr uma pedra sobre os anos brutos da ditadura militar. Mas esquecem-se que envolvendo o topo da governança há gente que roubou, matou, sequestrou, em nome da “liberdade”.
Se a ditadura ainda por aqui estivesse não se roubariam 160 milhões. Não. Não quero de volta a ditadura. Ninguém quer. Mas menos ainda esta descarada roubalheirócracia irresponsável.
O ideal de “governo” é que este não exista. A anarquia. Anarquia, melhor ainda autonomia municipal (sem prefeitos nem vereadores!) unidos à volta de uma bandeira que até pode, e deve, ser verde e amarela!
Como é difícil sonhar!
 
Rio de Janeiro, 29 de Julho de 2008
 
 Francisco Gomes de Amorim

Conselho das Comunidades Portuguesas

 

 
 
 
O fundador da Indo – Portuguese Friendship Society-Goa, Dr. Jorge Renato Baylon Fernandes, foi designado representante de Goa no Conselho das Comunidades Portuguesas tendo-lhe sido recentemente conferida posse pelo Cônsul-Geral de Portugal em Goa, Dr. Paulo Neves Pocinho.
 
Em conformidade com a nova legislação (Lei nº 66-A/2007 de 11 de Dezembro), o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) representa os portugueses residentes no estrangeiro e é o Órgão consultivo do Governo para as políticas relativas à Emigração e às Comunidades Portuguesas.
Mais concretamente, representa as organizações não governamentais (ONG’s) de portugueses no estrangeiro bem como os elementos das Comunidades que, não fazendo parte dessas organizações, pretendem participar, directa ou indirectamente, na definição e acompanhamento das referidas políticas.
Os 73 membros do CCP são maioritariamente eleitos (63) por mandatos de quatro anos, por sufrágio universal, directo e secreto sendo outros (10) designados.
São eleitores do CCP os portugueses inscritos no posto consular português da respectiva área de residência que tenham completado 18 anos de idade.
 
As eleições realizaram-se no passado mês de Abril.
 
Fundamentalmente, compete ao Conselho emitir pareceres a pedido do Governo ou da Assembleia da República, produzir informações e emitir pareceres por de iniciativa própria e fazer propostas e recomendações sobre os objectivos e a aplicação dos princípios da política de emigração.
 
COMPOSIÇÃO
 
— O Conselho é composto por 73 Membros, entre os quais:
 
a) 63 Membros eleitos;
b) Um membro designado pelo Conselho Permanente das Comunidades Madeirenses;
c) Um membro designado pelo Congresso das Comunidades Açorianas;
d) Dois membros a designar por e de entre os luso-eleitos nos países de acolhimento na região da Europa;
e) Dois membros a designar por e de entre os luso-eleitos nos países de acolhimento nas regiões fora da Europa;
f) Dois membros a designar por e de entre as associações de portugueses no estrangeiro, nos países da Europa;
g) Dois membros a designar por e de entre as associações de portugueses no estrangeiro, nos países fora da Europa.
 
 
O “A bem da Nação” deseja ao empossado os maiores sucessos no desempenho de tão importante função e desde já lhe pede que sirva de elo de ligação entre Portugal e os «portugueses abandonados no Oriente», os que ficaram nas “praças” do Império Português do Oriente e que ainda não têm representante no Conselho das Comunidades Portuguesas.
 
Agosto de 2008
 
Henrique Salles da Fonseca

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