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A bem da Nação

CURTINHAS SOBRE A NOSSA ECONOMIA – 1

A VOL D’OISEAU

(Os diagnósticos sobre o estado da economia portuguesa enchem páginas e páginas de brilhante prosa. Mas será que não se pode resumir tudo isso em duas ou três frases esclarecedoras, que qualquer um, por mais desinteressado, entenderá sem dificuldade?)

 Nós, portugueses, exigimos emprego, mas sonhamos com bens (e serviços) que não está ao nosso alcance produzir (ou prestar) – e, não obstante, temos tido dinheiro para comprá-los
 Nós, portugueses, queremos ganhar como europeus, mas, se houver por aí bens (e serviços) a preços chineses, corremos a comprá-los – e o dinheiro para isso não nos tem faltado
 Nós, portugueses, ainda nos custa a crer que a regra do jogo seja só esta: ganhar a vida consiste em ter para oferecer algo que outros apreciem e estejam na disposição de pagar por isso bom dinheiro - mas não é que tem havido tanta gente interessada em adquirir o nosso endividamento, que oferecemos, aliás, de boa vontade e sem nenhum esforço?

A.PALHINHA MACHADO

...

"Ordinariamente, todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"

(Eça de Queiroz, 1867 in "O distrito de Évora")

Crónica do Brasil - 2

"Na babugem do êxodo"
Um livro de Inácio Rebelo de Andrade
Editora Vega – Lisboa 2005

Em sub-título está indicado que se trata de um romance. Não vou dizer que seja mentira – jamais me atreveria a contradizer o autor ou até autoridades em literatura. Este livro do Inácio Rebelo de Andrade é, não um romance, mas um muito valioso documento histórico.
Escrito sem pretensões literárias, que só o valoriza, texto simples, pode até chamar-se-lhe de modesto, claro, directo, tem nessa sua simplicidade grande parte do seu interesse.
O restante vem, como seria de esperar, pelas descrições que faz, com pequeninos e incríveis detalhes que, para quem viveu situações semelhantes, as revive com um colorido tão natural que chegam a impressionar, e pela clareza com que nos mostra o que foi o fim de uma época.
Ali estão os corredores estreitos dos navios passageiros, aquele cheiro perturbador misto de tinta e comida, os menus em cima das mesas, os detalhes das paragens no Funchal e S.Tomé, a viagem na “carrinha” até ao Longonjo, a vida nas casas comerciais do “mato”, os nomes das ruas e lojas de Nova Lisboa e, por fim, o desmoronar de tantas vidas construídas com um imenso e sempre jovem entusiasmo e dedicação, em cima do absentismo e ignorância política duma metrópole longínqua, cega, surda e gananciosa.
O entusiasmo e a vontade de crescer e transformar um “mato” num país, conseguiram enganar os olhos aos que queriam ignorar o óbvio: o fim desastroso de todos os lugares em África, com uma rara excepção, para a África do Sul anos mais tarde, que o deve a um dos maiores líderes mundiais do século XX, Nelson Mandela.
Sem dúvida que este livro é um precioso documento para a história daquele lugar a que hoje eufemisticamente se chama de Huambo, porque nada quase existe do que foi uma cidade trabalhadora, bonita, agradável, limpa e em constante progresso.
Completam o “documento histórico” as referências a leis, decretos e nomes de indivíduos que ocuparam em Angola lugares de responsabilidade, sempre relativa, porque a falta de liberdade não lhes permitia, mesmo que tivessem querido, proceder de modo diferente.
Obrigado ao Inácio por nos deixar um retrato tão vivo e autêntico daquela época, daquele lugar e das gentes de viveram e sofreram para serem de repente jogadas no lixo da política ignorante e incapaz.
Obrigado ainda por se ter abstido de pretenciosidades pseudo literárias, onde a maioria de outros que procuram debruçar-se sobre o mesmo tema, acabam se perdendo nas palavras em prejuízo da visão e da vivência.
Só não posso agradecer o ter terminado a sua leitura tão rapidamente. O livro com mais de trezentas e cinquenta páginas... de repente acaba, porque se lê de um só fôlego! Queria mais!

Rio de Janeiro, 27 Nov. 05

Francisco G. de Amorim

REFORÇO DA LUSOFONIA – 2


A Delegação em Goa da “Fundação Cidade de Lisboa” pretende apoiar grupos de conversação em língua portuguesa constituídos por antigos alunos dos cursos de português ministrados em Panjim e Margão.

Os grupos serão constituídos por um máximo de 10 pessoas, funcionarão durante cerca de 6 semanas e deverão ser orientados por monitora em regime de voluntariado.

Aquela Instituição pretende obter a colaboração de voluntária portuguesa, de preferência com licenciatura de nível superior, que se proponha monitorar os referidos grupos de conversação.

Viagens aéreas de ida e volta, custos de permanência e “dinheiro de bolso” assegurados.

Para mais informações, contactar:

Dr. Jorge Renato Fernandes
Tel: 00 91 0832 2226398
163-Campal
Panjim 403001
Goa – Índia
drjorge75@hotmail.com

REFORÇO DA LUSOFONIA – 1


A Universidade Lusíada de Angola pretende admitir professores para as seguintes áreas:

 Relações Internacionais
 Informática
 Recursos Humanos
 Psicologia.

Os eventuais interessados deverão contactar:
Dr. Nuno Junça
Universidade Lusíada de Angola
Tel: 00-244-222 370 298; 00-244-222 370 346
Fax: 00-244-222 370 346

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