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A bem da Nação

CRÓNICAS DO BRASIL

A  BAGUNÇOCRACIA - 2

 

Continuando nas belezas desta terra, que tantas tem... O (des)governo consegue, com a comprada maioria na câmara dos deputedos, perdão, deputados, impedir investigações fundamentais para o progresso da democracia. É sabido que só se melhora a democracia, com mais democracia. Por aqui caminhamos em sentido contrário: menos democracia! E assim os escândalos, o do famigerado mensalão, o do apagão aéreo (as confusões com o controle aéreo, grave), o sumiço de milhões saídos dos Correios, etc. ficou por isso mesmo. Se vão cutucar com CPIs descobrem-se ainda mais escândalos, e o nosso grande líder pode ficar chateado. Assim entre com a votação da quadrilha e impede qye se descubram as verdades. Os deputedos, perdão, deputados, não tendo nada mais para fazer recomeçaram já a discutir o reajuste dos seus proventos - os mais altos do mundo! - e vinte e quatro depois tudo estava discutido e aprovado, na surdina, aproveitando que poucos compareceram ao plenário. Só, , aumentaram os seus imensos proventos em mais 68,5%! Nos entrementes a malandragem vai sobrevivendo roubando quilômetros de cabos da iluminação elétrica do Rio de Janeiro, os painéis de alumínio que forram, forravam, o prédio da assembléia legislativa da Cidade Maravilhosa, somem sinais e camaras de controle de trânsito, os etcs., etc.. Uma farra. Faz até mal ao coração acompanhar a corrida às eleições presidenciais em França! Doze candidatos, alguns com previsão de não obterem mais do 0,5% dos votos, mas todos, TODOS,  por lei, com igual tempo e espaço nos órgãos de informação, incluindo, óbvio, a tv. Aqui... os donos do poder ficam com horas e os pequeninos, no máximo uns vinte segundos. Viva a democracia tropical! No meio de tudo isto surge, saída da manga, uma habilidade do governo - tiremos o chapéu à grande mágica - que mandou refazer os índices do PIB desde há uma meia dúzia de anos para concluir que afinal o país cresceu muito mais do que anunciado, à imagem do que fez o vizinho Kirchner quando ficou chateado com os baixos índices de desenvolvimento da Argentina sob sua governança: despediu os responsáveis por esse departamento e mandou fazer as contas a seu bel prazer. Vivam os índices controlados pelo governo! Que pena esta gente não ler a carta de Pero Vaz de Caminha. Que beleza de encontro terá sido o dos primeiros portugueses com os índios! Dançaram, cantaram juntos, os nativos ajudando, voluntariamente, a colocar a grande cruz no local designado, a acompanharem a Primeira Missa com um profundo respeito pela demonstração de uma fé que não compreendiam, a visitarem e dormirem sossegados a bordo daquelas imensas máquinas de navegar, e tudo o mais que ali se relata e mostra como os homens, quando querem, tão bem se entendem!

 

Ainda hoje, em muitos países, como na Índia, os noivos só se encontram e conhecem nas vésperas do casamento. Não há namoro. Há um imenso desejo, de parte a parte de se entenderem e respeitarem, e raros são os divórcios. Nos países «avançados» namora-se muito (hoje, na cama) e quando casam logo se divorciam. Ninguém respeita ninguém, o sentimento de família parece ser coisa do passado e a sociedade se desintegra. Se isto se dá nas células base das sociedades modernas, como se pode querer que os governos se preocupem com os seus cidadãos, se estes sãos os primeiros a destruir a possibilidade de qualquer entendimento?

Rio de Janeiro,  23 de Março de 2007

Francisco Gomes de Amorim

 

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