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A bem da Nação

LIDO COM INTERESSE – 13

 

 

 

Bergreen-Magalhães.jpg 

Título: FERNÃO DE MAGALHÃES – para além do fim do mundo

Autor: Laurence Bergreen

Tradutor: Inês Castro

Editora: Bertrand Editora

Edição: 3ª - Outubro de 2005

 

 

- x – x -

 

 

Fernão de Magalhães desistiu de tentar convencer o rei D. Manuel I de lhe armar uma frota para alcançar as Molucas pela rota ocidental depois de o seu pedido ter sido recusado três vezes. Voltou-se para Espanha que queria para si o comércio das especiarias. Carlos I, arqui-invejoso de Portugal, fez-lhe a vontade.

 

Naquela época não se conseguia medir a longitude com exactidão, não se sabia onde passava a linha do Tratado de Tordesilhas lá no outro lado do mundo, nada se sabia sobre as dimensões do mar que ficava do lado de lá, não era certo que houvesse passagem entre o pólo antárctico e a terra que se estendia para sul do Brasil. Temia-se que o mar fervesse e terminasse num precipício, que houvesse monstros malignos e ilhas magnéticas que despregassem os navios. O fogo-de-santelmo era protecção divina, a Ciência misturava-se com a mitologia e a imaginação ilustrava os mapas de marear.

 

São 408 páginas que um português devora mas que devem nausear um espanhol; são 19 páginas de explicações sobre as fontes bibliográficas e 9 de bibliografia; finalmente, 3 de agradecimentos.

 

Afinal, o primeiro homem a circum-navegar o mundo chamava-se Henrique e a sua história daria por certo um livro bem interessante. Dá perfeitamente para lhe imaginar o percurso e apetece estudar-lhe os passos e vivências.

 

 

 

 

 

 

 

 

Punta Arenas, Patagónia, tem um belo monumento a Fernão de Magalhães 

 

Quem ousa imaginar aquelas casquinhas de noz a que chamavam navios a enfrentar ondas com 18 metros de altura na rota do Cabo das Tormentas? E como seria com os tufões no mar da China? E com o escorbuto?

 

O Autor faz-nos seguir a par e passo o relato de António Pigafetta, o veneziano fidelíssimo cronista de Fernão de Magalhães, de um modo muito realista e nada fabuloso, em contraste com relatos épicos de balofa verosimilhança tão em voga na literatura das navegações.

 

A págs. 330, um trecho sobre Ludovico di Varthema, de Bolonha, que chegara às Molucas em 1510, que não deixo que se perca: «(…) contou-se entre os primeiros a conseguir olhar por detrás do véu do Islão.»

 

Gostei e tive pena quando cheguei ao fim.

 

Lisboa, Março de 2007

Henrique Salles da Fonseca em Curaçao (2011) 

Henrique Salles da Fonseca

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