CRÓNICAS DO BRASIL
PAC 2
Por estas terras do Novo Mundo o desenvolvimento social vai ainda atravessar algumas crises de dimensão e profundidade difíceis de imaginar.
Como em França em 1789 e na Rússia em 1917, ninguém teria sido capaz de adivinhar o tamanho do banho de sangue que as novas ideias iriam provocar. Por aqui algo fermenta, o bolo cresce e não haverá PACs que aguentem.
Muito menos com este que foi aqui anunciado e... deve esfumar-se como neblina na madrugada!
O desenvolvimento de um país tem que se fazer com a criação de emprego, este necessita de investimento e sobretudo de gente com um mínimo de instrução e cultura, e que não clame ao mundo sermos os melhores só quando ganhamos uma Copa ou tivemos o Ayrton Sena. Fora disso, o brasileiro em geral sente-se frustrado mas já consegue reflectir sobre a verdade ou mentira das falas dos governantes.
Nos últimos quatro anos o governo não fez qualquer investimento, o crescimento médio do PIB tem sido uma vergonha e procura tapar-se os olhos com o tal Bolsa Família, filho mal disfarçado do Bolsa Escola.
Há pouco o senhor Mahmud Ahmanideyad veio fazer uma visita ao senhor Hugo Chavez. Muy amigos, unem-se em volta do profundo ódio ao hoje inimigo número um de quase toda a humanidade, o tal senhor George W. Bush. Los dos muy amigos estabeleceram um pacto que parece atingir a própria demência. Pétrodolares sobrando, dinheiro fácil que não tem, em nada, ajudado a desenvolver os países que o produzem, com raras excepções, como é o caso da Noruega, decidiram promover a frente anti-USA, começando por ajudar a financiar as campanhas de candidatos sul-americanos chamados esquerdistas, passando ao descaramento de oferecer, via Chavez, ao Morales da Bolívia, a ajuda necessária para a construção de bases militares junto às fronteiras do Brasil e do Peru, incluindo o equipamento militar que lhes for necessário.
Entretanto para a reunião do Mercosul, que um comentarista renomeou de Merconada, porque de fato nada adianta, cada país fazendo acordos bilaterais dentro das suas conveniências, à margem deste Merconada, o tal Chavez voltou ao Brasil.
O que dará vontade de rir a este Senhor e que terá ele a ver com o Brasil?
Num dos intervalos das magnas reuniões mercosulistas, o dito ditador teve uma reunião particular, a portas fechadas com os sovietes brasilienses Marco Aurélio Garcia, conselheiro do nosso grande líder e o cabecilha do MST, Luís Stédile, o tal que já uma vez anunciou que em 24 horas pode ter nas ruas 250.000 homens armados!
O que trataram, só eles sabem. Só podemos calcular que não vão ainda usar armas atómicas, porque o Irão só as terá, segundo dizem, daqui a três anos, mas dinheiro não lhes faltará para todo outro tipo de armamento, enquanto o orçamento das nossas Forças (des)Armadas mal chega para dar de comer aos militares. Não sobra nem para uma bala!
Entretanto até o novo governador do Rio de Janeiro, que assumiu com roncos de leão, já começou a mostrar as garras: reduziu as verbas para a educação (será porque aqui o nível é altíssimo?) e a alguns outros sectores onde ainda mandam adversários políticos.
De resto... «o Rio de Janeiro continua lindo!»
Rio de Janeiro, 30 de Janeiro de 2007
Francisco Gomes de Amorim