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A bem da Nação

PRIMEIRO ENCONTRO “A BEM DA NAÇÃO”


Tudo correu como planeado. Posso mesmo dizer que tudo correu melhor do que planeado porque tudo correu muito bem e nem tudo estava planeado.

Estavam planeados o local, a data e a hora; quanto ao resto se veria . . .

E viu-se o que já era sabido: que o “A bem da Nação” motivou um grupo de pessoas de elevada craveira intelectual com opiniões fundamentadas sobre grandes questões nacionais.

Era chegado o momento de se conhecerem pessoalmente. E se as relações internéticas já eram boas mas de algum modo distantes, o conhecimento pessoal aproximou-nos, fez com que nos visualizássemos e deu rosto às ideias.

O restaurante ficou praticamente por nossa conta, o que facilitou o ambiente e as conversas correram com normalidade sem o perigo de nos vermos a dar espectáculo para quem se pudesse considerar na berma da estrada a ver a passagem dos artistas.

O jantar foi “à la carte” e cada um escolheu o que muito bem entendeu. Houve quem comesse sopa e quem a não comesse; houve quem comesse sobremesa e quem a não comesse; todos bebemos água e vinho, o tal alentejano que foi confirmado como “très raisonable”. Pela minha parte escolhi uns secretos de porco que estavam muito bons e confesso que não reparei no que os outros escolheram. A conta também foi agradável, o que nem sempre sucede nestas circunstâncias não planeadas.

Já estávamos a meio do jantar quando reparei que me tinha esquecido da máquina fotográfica. Resultado de sempre ter tido quem se ocupasse desse género de assuntos na preparação das muitas conferências que organizei ao longo dos anos.

Nos finais da sobremesa pedi ao Embaixador Soares de Oliveira que nos falasse sobre a diplomacia económica. Contou-nos que no MNE, durante décadas, os temas económicos eram considerados de segunda categoria e que os assuntos políticos é que mereciam todas as honras. Hoje, os diplomatas têm mesmo que se dedicar aos assuntos económicos pois se o não fizerem, ficam sem nada que fazer uma vez que os temas políticos estão muito esvaziados de conteúdo com a nossa integração na UE. Contou-nos também vários episódios bem curiosos do seu posto como Embaixador em Seúl mas não me vou adiantar mais pois pedi-lhe que nos escrevesse um artigo para o blog sobre estes temas. Quem não foi ao jantar tem todas as razões para alimentar grandes expectativas sobre este artigo. Cá ficamos à espera.

Pedi de seguida ao Dr. Palhinha Machado que nos fizesse um prognóstico para Domingo, dia das eleições presidenciais e assim foi que, com base neste mote, nos deliciámos a ouvir uma exposição muito interessante sobre o exercício do cargo presidencial, os temas a que o Presidente tem acesso, aqueles que apenas poderá influenciar e aqueloutros que escapam à sua esfera. Numa segunda parte da sua intervenção passou em revista muitos pontos tratados nos artigos que tem escrito no blog. Entretanto, produziu já hoje um comentário ao artigo do Professor António Brotas “Duas perguntas ao candidato Cavaco Silva” que de algum modo resume a primeira parte da exposição que nos fez ontem e que, essa sim, era inédita.

A réplica do Dr. Vilhena da Cunha incidiu sobre matérias bancárias (nomeadamente o que se relaciona com os Fundos de Pensões), com as finanças públicas e a política orçamental. Também lhe pedi que nos escrevesse um artigo e por isso não me quero adiantar mais e fico-me por aqui a fim de não estragar a grande expectativa em que ficam todos os que não foram ao Primeiro Encontro.

Portanto, como se pode ver, o Primeiro Encontro foi pródigo em temas. Mas outros houve que foram abordados mais informalmente e serão surpresa para quem não esteve presente. Levanto uma pontinha do véu: o meu cão tem um chip.

À saída houve quem me encorajasse a continuar a organizar este tipo de encontros. É claro que sim !

Lisboa, 20 de Janeiro de 2006

Henrique Salles da Fonseca

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