Crónica do Brasil
Dividir para governar
Grandes impérios acabaram divididos: sassânida, persa, egípcio, Macedônia de Alexandre, romano, árabe e inglês, União Soviética e Iugoslávia.
Em breve será a Espanha, com a Catalunha em vésperas de se desligar do governo central, seguindo-se a região basca, a Andaluzia, a Corunha e...
O Brasil é um imenso continente. E como tudo é grande, o roubo e a desgovernança são também imensos. Incomensuráveis. Em vésperas de eleições assiste-se à mais vergonhosa corrida aos arranjinhos entre políticos de todos os credos. Credos? Credo é um só: meter a mão no bolo. As mãos.
O povo pergunta e pergunta-se: como vamos sair disto?
Os antigos (e porque não os velhos?) têm sempre uma boa lição ou uma boa história para contar. Desta vez sobre impérios! O Brasil é um império que antes de o ser já desmorona! Houve entretanto várias tentativas de divisão: a Bahia, Pernambuco, Grão Pará e Maranhão, Rio Grande do Sul e até São Paulo em 1932.
Agora a ditadura lulista anunciou que vai convocar uma constituinte para a reforma política, à imagem do que fez o kamarada Chavez e está a querer fazer Morales na Bolívia. A Venezuela pode estragar dinheiro à vontade porque o povo já é pobre e o petróleo está super valorizado. Sobra. A Bolívia... vamos ver o quer porque o gás não dará para viverem todos à moda dos suíços. E o Brasil? Só quer a perpetuidade do PT no poleiro e na roubança.
Aqui vai a sugestão, para que “eles” fiquem a roubar lá em Brasília, e pouco mais. Dividir este imenso continente, cada vez mais ingovernável e mais espoliado, em vários países:
- o Sul com os três Estados sulinos,
- o Centro Sul com São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, incluindo ou não Mato Grosso do Sul,
- o Nordeste com os Estados desde a Bahia a Piauí,
- no Norte toda a região Amazônica e que se virem para defender a “floresta do mundo”!
- e a “fatia central” que vai das propriedades sarneyentas a Brasília.
Cinco países! Qualquer deles maior do que a França (549.000 km2 - o Sul teria mais de 575).
Depois, todos “muy amigos”, poderiam entrar no Mercosul, como ou sem Chavez a dar ordens.
Pode parecer pouco patriótico sugerir soluções como esta, mas não será melhor do que ficar a assistir indefinidamente a este descalabro desgovernativo? A esta roubança? O tal futuro do Brasil não chega e por este andar não chegará jamais.
A população continua a aumentar. Aumentam sobretudo as favelas e a pobreza. Ninguém mais segura o exército do cartel da droga, o PCC, e menos ainda os 250 mil homens armados que o MST ameaça pôr na rua quando quiser. Forças armadas no Brasil são de Bracaleone, o que significa que nem sequer guerra civil pode acontecer.
Bem dividido o Brasil pode resolver muitos dos seus atuais problemas.
Porque não?
Rio de Janeiro, 10 de Agosto de 2006
Francisco Gomes de Amorim