ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
Por uma ou outra qualquer razão, muitas pessoas não gostam do actual Presidente da República, como não gostam dos Governos que temos tido.
Em relação ao Governo e aos Deputados, estamos limitados a escolher apenas aqueles que os chefes dos partidos desejam. Para a eleição do Presidente da República não há qualquer dificuldade legal, pois são as únicas eleições livres e democráticas no nosso país.
Candidata-se quem o deseja e tem entre 7.500 e 15.000 eleitores apoiantes (cerca de um a dois por cada mil eleitores) e os partidos limitam-se a apoiar o candidato da sua preferência, o que considero correcto.
Bem gostaria que fosse esse o sistema para eleger os deputados.
Portanto, o que os cidadãos interessados devem fazer é convidar já o candidato às próximas eleições que seja da sua preferência e, se ele aceitar, começarem a falar a todas as pessoas conhecidas e que gostem desse candidato para ir preparando a lista de necessários apoiantes. Naturalmente, há que escolher alguém que, em lugares de comando, Junta de Freguesia, Câmara Municipal, qualquer serviço público ou de empresa privada, tenha mostrado grande eficiência e completa honestidade, pois são essas as características exigidas a quem vai exercer o elevado cargo de Presidente da República.
E não digam que é preciso muito dinheiro. Devem contactar os amigos, por voz, SMS ou e-mail e que esses amigos contactem outros, em reacção em cadeia, para atingirem muitos milhares de eleitores. Se, mesmo assim, o vosso candidato não for eleito, é porque a maioria dos portugueses preferiu outro e, de acordo com as normas democráticas, terão de o aceitar.
Miguel Mota
Publicado no "Linhas de Elvas" de 7 de Novembro de 2013