ELES NÃO EXISTEM
Fazer um jornal é uma questão de distorcer as proporções Bent Falbert (1947-…) (para saber mais, v. p. ex. em http://da.wikipedia.org/wiki/Bent_Falbert) |
De facto, não me lembro de outra circunstância onde isto fosse tão evidente como no dia de hoje.
Ontem, 5 de Outubro, às 11:00, realizaram-se as habituais cerimónias comemorativas da Implantação da República na Praça do Município. Juntaram-se 30 manifestantes do «Movimento Que se lixe a Troika».
À tarde, muita gente, 500 pessoas disse a Rádio Renascença, desceu a Avenida da Liberdade desde a Rotunda do Marquês ao Rossio. Não me atrevo a contradizer a RR, mas peço que façam a vossa avaliação pela imagem que junto.
Hoje, o Público dedica todo o texto da página 7 à primeira manifestação. Procurei com detalhe e não consegui encontrar uma letra dedicada à segunda. Bent Falbert tem razão. Para mentir não é preciso dizer mentiras: basta omitir e exagerar.
José Ribeiro e Castro fala do regresso da censura. Não é, porém, a mesma censura. Parece-me muito mais grave porque é um silenciamento que nos quer dizer que o que aconteceu não existiu; aquilo porque “eles” caminharam não existe!
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