A FELICIDADE DO INFINITO
ou
A TRISTEZA DO FINITO
Há no homem uma melancolia a que podemos dar o nome de tristeza do finito.
Esta, alimenta-se de todas as experiências primitivas que se fundamentam na negação recorrendo à falta, à perda, ao temor, ao desgosto, à decepção, à dispersão e à irreversibilidade da duração.
O sofrimento, sob todas as suas formas, exalta esse momento negativo implicado em múltiplos afectos mas esta exaltação da negação não nos deve fazer ignorar a afirmação da qual ela é a negação e que é fonte de alegria pois o homem é a alegria do sim na tristeza do finito.
Felizes os que, pela fé, crêem na eternidade.
Lisboa, Setembro de 2013
BIBLIOGRAFIA:
“VOCABULÁRIO DE PAUL RICOEUR” – Olivier Abel, Jérôme Porée, ed. Minerva Coimbra, 1ª edição 2010, pág. 114 e seg.