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A bem da Nação

POSTAIS ILUSTRADOS XXXIV

 

 
 
FROM VATICAN WITH LOVE
 
Bento XVI
 I - The Annunciation *
 

"There seems to me to be absolutely no limit to the inanity and credulity of the human race. Homo Sapiens! Homo idioticus! Who do they pray to -- the ghosts?"
Sir Arthur Conan Doyle,
The Land of Mist, page 2, 1926 [1]

 
annunciation-mid
 
Foi notícia em primeira-mão, na Rádio Renascença! Bento XVI vem a Fátima em 2010! Estava a ouvir a Sonata da Anunciação, de Alceu Valença, no you tube e a música e o poema coincidem de tal forma com o anunciado que me pus logo a pensar e decidi colocar em estado de alerta a minha intuição sherlokholmiana! Foi assim como que uma série de luzinhas a acender-se e a apagar-se como nas luzes da árvore de Natal.
 
Coincidência ou uma “mãozinha” lá de “cima”? Algumas passagens do poema dizem-me muito, pela sua oportunidade temporal: ouvir a notícia e ler o poema [2]. Senão vejamos.
 
Estamos numa crise profunda e séria. Estamos na época de Natal, período das prendas... Esta vinda é como se aparecesse na hora em que de um acontecimento destes mais se carece. Um regalo? Para quê? Ainda não sei. Não conheço todos os parâmetros da decisão do Vaticano sobre a oportunidade desta visita em 2010. Nem, certamente, vou conhecer. Mas que esta visita cai como sopa no mel, isso cai. Não discuto esta decisão ao nível nem religioso, nem de Estado. Apenas vou tentar assimilá-la e equacioná-la com a situação nacional. Não quero rezar a fantasmas! Nem vou fazê-lo, mas vou tentar descortinar os benefícios e quem mais vai tirar partido deles.
 
O comércio, sem dúvida. É uma benção para os lojistas, sobretudo os de Fátima. Nunca fui tão puritano que critique o comércio religioso de Fátima. Primeiro porque ninguém obriga ninguém a comprar o que quer que seja; segundo, porque é um negócio honesto, comparando com a roubalheira e corrupção que por aí prolifera. Mas, e politicamente? Quem se vai servir disto? É o que tenciono descobrir e comunicar-vos... Certamente, que os leitores, almas puras, isentas de malícia, não estão ainda a vislumbrar quem se pode aproveitar politicamente desta vinda pontifícia, para ficarem bonzinhos e safar uns quantos corruptos. Não as que estão a pensar e costumam ser concedidas anualmente. Dão muito nas vistas se forem propostas já no “ramalhete” do fim de ano. Ainda não estão a ver? Ah já perceberam! Isso mesmo! São as amnistias que são propostas pelo Governo ao Presidente da República. Os crimes de corrupção não são crimes de sangue, não estarão abrangidos pelas limitações da Lei. As penas são quase sempre pequenas, em comparação com os crimes cometidos. Por isso se lhes chama “colarinho branco”, por se passarem num ambiente de camisa e gravata. A malta veste fatiota e tudo.
 
Esperemos que eu esteja enganado e não esteja a antecipar uma coisa que ainda não passou pela cabeça de Suas Excelências, ou então, estou a ser estúpido e a lembrar ao Diabo coisas de que ele nem se lembra. Talvez eu até esteja a ser mauzinho, mas, já tanta coisa aconteceu e com tanto descaramento e desfaçatez que deixei de ser um crente do sistema político em que, actualmente, vamos sobrevivendo.
 
À cautela, vou já aqui avisando que a vinda do Santo Padre pode vir a ser aproveitada para estas “diligências” – as propostas de amnistias. Afinal, “ninharias” administrativas – as amnistias – que até podem passar despercebidas, se não estivermos alerta... Apesar de tudo, confio que não sujeitem o Senhor Presidente da República a uma proposta de amnistia, aproveitando tão glorioso momento festivo.
 
As amnistias têm o seu momento próprio, as suas razões administrativas, de gestão de espaço prisional, e humanitárias. Com as razões humanitárias até concordo, por isso, talvez seja melhor deixar a questão ao alto critério do Senhor Presidente da República. Afinal, todos nós temos o direito a um desabafo... ou à indignação, como Mário Soares, Presidente, recordou ao actual Presidente da Republica, quando Primeiro-Ministro.
 
 Luís Santiago
 
* A Anunciação
 
[1] “Não me parece haver absolutamente nenhum limite para a inanidada e a credulidade da raça humana. Homo Sapiens! Homo Idioticus! A quem rezam eles – a fantasmas?” A Terra da Neblina, página 2, Sir Arthur Conan Doyle, Livre Domínio Público E-Books do Classic Literature Library.
 
[2] “Tu vens! Tu vens! Eu já escuto os teus sinais! A voz do anjo sussurrou meu ouvido! Eu te anuncio nos sinos das catedrais...”.
 
 
 
 
 

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