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A bem da Nação

ASSIM DANÇA ZORBA – 3

 Dança do Zorba.jpg

 Grandes vergonhas que a Europa deixou a Grécia alcançar e que esta se recusa a reconhecer.

 

  1. O Estado Grego causou a falência da banca

 

Outra verdade inconveniente é que, no caso da Grécia, a falência dos bancos foi da responsabilidade directa do Estado grego e não vice-versa!   As instituições financeiras gregas carregaram-se de dívida pública durante os anos da “bolha” para financiar os enormes e sumptuosos gastos dos vários Governos. Assim, depois de ter sido aprovado um segundo plano de resgate com a troika (2011), os bancos gregos foram à falência com um “haircut” de 50% das obrigações gregas, detidas pelos credores privados.  Mais tarde, a Europa teve de injectar dinheiro extra para salvar os depósitos gregos!     

 

Ou seja, os depositantes gregos foram resgatados com dinheiro dos contribuintes europeus através da troika, após a insolvência de Atenas arrastando os bancos nacionais para a bancarrota.

 

(continua)

 

Recebido por e-mail; Autor não identificado

 

O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990 – 7

 

 AO90-NÃO.jpg

 

Qualquer crítica – e qualquer defesa – que se baseie sobretudo em chamar nomes aos defensores e aos críticos, não é crítica nem defesa: é mero desabafo, auto- regozijo pela certeza que transborda da alma de cada um. Não vale nada.

 

Por isso não me atrevo a ser contra a adopção do Acordo Ortográfico de 1990 sem

apresentar as razões em que me baseio.

 

Os argumentos que se seguem são de ordem operatória, fonológica, morfológica, de linguística histórica, sociológica, diplomática, económica e de preservação histórica.

 

Há mais, porém fico por aqui.

 

  1. Argumento diplomático

 

O Acordo Ortográfico 1990 tinha‐se proposto unificar a escrita de todos os países de língua oficial portuguesa. Este objectivo não foi conseguido.

 

Portugal impôs unilateralmente uma grafia que não tem o acordo de todos.

 

O AO90 foi feito, essencialmente, para aumentar as vendas de livros portugueses no Brasil. Para isso pretendia unificar a escrita. Não unificou. Temos, por exemplo, acentos agudos onde os brasileiros têm acentos circunflexos (fenómeno /fenômeno), o que corresponde a diferenças de pronúncia; e eliminamos o “c” e o “p” que são pronunciados em palavras brasileiras e não o são nas correspondentes portuguesas. Por exemplo, no Brasil: respectivo, perspectiva, recepção; em Portugal, segundo o AO: respetivo, perspetiva, receção – embora os “e” destas palavras não se pronunciem como os de “repetido”, “recessão”.

 

O Brasil adiou para 2016 a assinatura.

 

A história dos acordos tentados durante todo o século XX demonstrou à saciedade que os brasileiros sempre escreveram como bem entendiam e melhor lhes parecia.

 

Angola e Moçambique não assinaram o AO 90 (o que me parece um grande exemplo de bom senso, sobretudo se tivermos em conta o argumento que se segue).

 

A opinião destes países de língua oficial portuguesa devia ser ponderada e tida em conta pelas autoridades portuguesas.

 

(continua)

 

Manuela Barros Ferreira, Mértola.jpg

Manuela Barros Ferreira

Campo Arqueológico de Mértola

PASSOS COELHO NOS SEUS MELHORES DIAS

PORTUGAL DEU O PONTAPÉ DE SAÍDA EM FAVOR DA GRÉCIA NA CIMEIRA DO EURO

 

Passos Coelho e Merkel.jpg

 

 Numa altura em que o eixo da Europa (França e Alemanha) parecia atolar-se, Portugal foi bem-sucedido ao intervir na cimeira da zona euro com uma proposta que deu oportunidade para a saída do lamaçal em que a Grécia e as instituições da UE se encontram.

 

Segundo informações da imprensa e as declarações do PM Passos Coelho, Portugal teve um grande papel no desbloqueamento das relações entre a Grécia e os outros 18 países no que respeitava à criação de um fundo das privatizações gregas (50.000 milhões de Euros) como fundo de garantia para os credores. Passos Coelho adiantou que do valor dos 50 mil milhões de euros do Fundo das Privatizações a criar, "25 mil milhões fossem usados para recapitalização dos bancos” e os outros 25 mil milhões fossem empregues, “no abatimento da dívida pública” e no “ financiamento do crescimento", o que corresponderia, destes 50% do Fundo, 12,5 mil milhões para “baixar o rácio da dívida sobre o PIB e os restantes 12,5 mil milhões para investimento”.

 

Quanto ao recurso ao fundo de ajuda de emergência (EFSM) para apoio da Grécia não será fácil, também porque nele participam os 28 Estados membros da UE não sendo possível consenso tão rápido dado a Inglaterra e países com nível de vida inferior à Grécia não estarem para já de acordo.

 

A cimeira política de Bruxelas, mostrou boa vontade mas o busílis da questão vem da economia e das condições exigidas à Grécia. A situação não promete porque o governo grego não tem confiança no Euro grupo nem os países europeus têm confiança na Grécia.

 

Bruxelas, depois de um parto longo e indesejado, deu à luz uma esperança curta que se manterá mais ou menos estável até passarem as eleições alemãs e francesas em 2017. Então seremos brindados com um novo baralhar de cartas, novamente a ser apresentado pelos interesses financeiros que então justificarão uma nova crise de que bem vivem.

 

Na realidade quem manda é a economia que se encontra sediada nas grandes potências. Qualquer base de discussão tem de partir da realidade e do compromisso por muito má ou injusta que seja ou pareça ser; nos países nórdicos mais que política discute-se economia, mais que opiniões analisam-se as medidas governamentais e os correspondentes custos e discutem-se factos, também eles não isentos de interesses próprios. Nos países do sul é-se menos exacto mas vive-se mais.

 

Com etiquetas negativas chega-se a açaimar a opinião

 

A notícia referida custou a passar na opinião pública portuguesa dado não servir o sistema da lamentação sobre Portugal. Anteriormente, numa certa vertente da opinião pública portuguesa, havia saraivadas de crítica ao governo pelo facto de exigir, da parte da Grécia, capacidade de compromisso.

 

O que os governos portugueses fazem ou deixam de fazer, sejam eles sociais-democratas ou socialistas, é sistematicamente comentado negativamente pela parte da oposição. Uma focalização unilateral, negativista parece revelar características de perturbação Bordaline. Muitas vezes, Portugal é reduzido ao que se fala dele - a um Portugal dos outros. Isto talvez se deixe explicar por uma tradição de extremo republicanismo de perspectiva partidária e sem pátria, todo ele feito de clubes e adeptos em que o que conta é a cor da camisola. A má consciência fomenta uma cultura da desconfiança e promove um espírito de adepto/admirador que vive da negação do outro e se contenta com a afirmação da própria opinião. Cada qual recolhe para si louros que muitas vezes não passam do maldizer do outro.

 

A demagogia política é paciente e tem como demarcação fronteiriça a opinião a favor e a opinião contra!

 

António Justo.jpg

António da Cunha Duarte Justo

DEU O SINAL A TROMBETA LUSITANA

 

Passos-Coelho.jpg

 

Ouvi a entrevista na SIC a Passos Coelho, por Clara de Sousa. Calculei que, apesar do prazer que me foi dado viver, na audição de um discurso educado, sereno, inteligente, cônscio do seu trabalho, que outros pretendem inverdadeiro, atidos às promessas primeiras de poupar funcionários, contribuintes e a população em geral das garras do empobrecimento que se chamou, afinal, de austeridade, ele seria sempre admirado pelos do seu partido, desprezado pelos das oposições. E de facto, mesmo António Vitorino, inteligente que é, não o poupou a seguir, no debate com Santana Lopes, este sempre embrulhado nos dizeres da calma delicadeza, falsamente humilde, com o parceiro fronteiro, nem carne nem peixe, como é costume hoje, atidos que estamos às dietas vegetarianas. Realmente, Passos explicou que as contas, quando tomou o poder, estavam erradas, para justificar a mentira das suas promessas eleitoralistas de há quatro anos.

 

Salazar, ao menos, nunca teve que se justificar, foi posto a governar em sossego, como a linda Inês, e apenas lhe coube impor regras e distribuir dinheiros parcimoniosamente, com pulso de ferro. Todos sabem que as ordens para a austeridade vêm de cima – ou do centro distribuidor dos fundos – e que foi necessário cumprir. Mas fingem ignorá-lo, consideram Passos cobarde, porque não se impôs como Tsipras e os camaradas de luta. Agora que já viram que a coragem de Tsipras e do seu staff não passou de rapaziadas atrevidas - que todavia resultam (na absoluta situação de impotência do povo grego, habituado de longa data a esquemas mamários), pela opção europeia de não deixar a Grécia afundar-se, perdoando a dívida ou prolongando (irrisoriamente) o prazo da sua solvência – continuam a atacar Passos Coelho, por não ser bom companheiro, colaborando, como os nossos defensores syrízicos, meladamente, na salvação grega. Também António Costa se esmera no discurso atacante, monocórdico, repetitivo, vão.

 

O que é certo é que não pensam na pátria, esses que atacam o Governo. Preferem a ironia dos lugares comuns: diz o roto ao nu, vira o disco e toca o mesmo, chover no molhado, o mais do mesmo… Somos uns filósofos e peras.

 

Berta Brás.jpgBerta Brás

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